Clube apela à boa vontade do proprietário ...
“VAMOS PROCURAR ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO PARA, PELO MENOS, ACABARMOS A ÉPOCA”
As instalações que pertenciam ao Grupo CUF foram adquiridas por uma entidade privada para a construção de uma academia internacional, desse acordo resultou um entendimento que foi esquecido na escritura
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“Houve uma boa vontade do novo proprietário, no sentido de permitir que tudo continue a funcionar com normalidade, pelo menos, até quarta-feira. Neste período, vamos tentar chegar a negociações para que as coisas regressem à normalidade e haja harmonia para trabalhar”, disse à agência Lusa o presidente do clube, Pedro Miguel Lima.
Os dois espaços chegaram a estar encerrados por deliberação judicial, na senda de um processo interposto pelo proprietário dos terrenos, que tem em vista um projeto imobiliário.
“Nesta fase, prefiro ter o pensamento positivo de que nos vamos conseguir entender. No entanto, temos de pensar em planos B. Com a ajuda da Câmara Municipal do Barreiro ou de clubes da zona, vamos procurar encontrar uma solução para, pelo menos, acabarmos a época e, na próxima, pensar como nos vamos ajustar. Isto não é o fim do Fabril. Este é um clube centenário e temos de estar preparados para os próximos 100 anos”, afiançou.
O pavilhão Vítor Domingos concentra as equipas de hóquei em patins, judo e patinagem artística do Fabril, bem como as aulas de Educação Física do Agrupamento de Escolas Augusto Cabrita, enquanto o Estádio João Pedro acolhe as camadas jovens do futebol.
“Se tivermos de sair, o espaço ficará vazio, porque não há qualquer projeto nem existe licenciamento aprovado na autarquia para fazer lá seja o que for. É sair para ficar vazio”, admitiu Pedro Miguel Lima, eleito na presidência do clube do Barreiro em abril de 2024.
As instalações pertenciam ao grupo Companhia União Fabril (CUF), mas o Fabril do Barreiro - designação adotada a partir de 2000, em sucessão do Grupo Desportivo da Quimigal -, tinha o direito de superfície para utilizá-las com fins desportivos por 50 anos.
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Assegurando desconhecer as razões desse desfecho, Pedro Miguel Lima diz que a atual direção do Fabril tentou “encetar negociações por todas as vias” com o proprietário, mas sem sucesso, cenário que precipitaria o fecho temporário dos dois espaços desportivos.
“Quando tomámos posse, procurámos sempre, com a mediação da autarquia, estabelecer um entendimento para que o clube continuasse a desenvolver as atividades, pelo menos enquanto não nascia o novo projeto desportivo. Só que a outra parte não quis reconhecer esse acordo e fez executar a escritura”, referiu Pedro Lima, apelando ao “bom senso” do proprietário.
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