CRI»» Treinador Nelson Bento em entrevista - JORNAL DE DESPORTO

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

CRI»» Treinador Nelson Bento em entrevista

No regresso do futebol sénior ao clube...




“OS RESULTADOS NÃO SÃO OS QUE QUALQUER UM DESEJA E NÓS NÃO SOMOS EXCEPÇÃO

 



O clube encontra-se em 14.º lugar com apenas 7 pontos e de acordo com o treinador o objectivo passa por tentar amealhar o máximo de pontos.


 




O Clube Recreio e Instrução (CRI), de Alhos Vedros, é uma das novidades esta época na 2.ª Divisão Distrital onde voltou a competir quase 30 anos depois. O projecto inicial sofreu alterações e daí surgiram algumas dificuldades que aos poucos foram sendo superadas, conforme refere o treinador nesta entrevista.

 

Nelson Bento, de 48 anos, foi jogador de futebol no Barreirense, jogou futebol de salão no 1.º Maio do Barreiro que foi o primeiro clube português a ser campeão europeu na vertente pavilhão, após a sua extinção passou para o futsal onde representou também o Luso FC, Independentes de Sines, GD Fabril e Casa do Benfica em Alcochete. Como treinador de futebol teve passagens pelo FC Barreirense, Escolinhas SL Benfica (Barreiro), Brejos Azeitão e Clube Olímpico do Montijo, sempre ligado a gerações de atletas nascidos entre 2004 e 2006, percurso que culminou esta época com o convite do CRI no regresso do futebol sénior. Em suma, fica a passagem, enquanto treinador, por todos os escalões de formação, lhe faltava mesmo treinar uma equipa sénior, oportunidade que surgiu agora.


 


O que o levou a entrar neste projeto?

 

A entrada neste projeto deve-se principalmente ao desafio proposto pelo Alberto Lisboa que, com base no seu trabalho de parceria firmado entre o Atlético Pernambucano e o CRI, numa vertente de potenciar a formação em contexto sénior, fez tudo para que eu estivesse aqui e após várias conversas, aliado ao facto de eu ser aqui de Alhos Vedros, me convenceu a aceitar o desafio no regresso do futebol sénior a este clube centenário.

 

 

Como foi o arranque e o processo de recrutamento?

Não foi fácil. O que estava previamente idealizado era que a base da equipa fosse a de Sub-22 e, que, depois conseguíssemos recrutar jogadores jovens, principalmente de primeiro ano de seniores para colmatar potenciais lacunas e formar um grupo muito jovem e com qualidade, capaz de competir no Campeonato Distrital da 2ª Divisão. Por algum motivo que não sei dizer, nenhum dos atletas que constituíam a equipa Sub-22 continuou no clube. Foi preciso começar tudo do zero e formar uma equipa sénior para competir em 15 dias. Fizemos captações e durante este período tivemos em cada unidade de treino cerca de 50 atletas por dia a pedir para serem observados, foi interessante ver tanta vontade em representar o CRI, mas muito difícil para conseguir trabalhar e começar a competir.


 



Quais as principais dificuldades na participação na Taça AF Setúbal?

As dificuldades normais de uma equipa que começou a ser construída do zero. Ter de observar jogadores e ser obrigado a inscrever os que de alguma forma se destacaram um pouco mais para ter equipa para competir na Taça levou a algumas precipitações, até mesmo no critério de escolha porque para que fosse possível cumprir minimamente as normas da competição em termos de atletas inscritos com formação local, causava uma dificuldade acrescida. Não conseguimos a tempo útil trabalhar processos coletivos fazendo tudo muito ao improviso, testando atletas e as posições em que poderiam dar melhor resposta.


 

Qual o balanço da 1.ª volta do CRI no campeonato distrital da 2.ª divisão?

Em termos de resultados não são os que qualquer um que anda no futebol deseja, e nós não somos excepção. Queríamos estar mais acima na classificação e sentimos que temos capacidade para isso, mas dadas as circunstâncias que envolveram todo o processo, desde a dificuldade em inscrever jogadores dada a sua nacionalidade, as lesões que fomos tendo em jogadores que de alguma forma eram pedras importantes, não nos deixou estabilizar e foi complicado. Com o trabalho de todos e com o apoio da direção que continua a ajudar no que o grupo precisa, notamos uma evolução enorme enquanto equipa e isso deixa-nos otimistas em relação ao futuro.

 

E sobre as outras equipas, quais as favoritas à subida?

O Vitória FC é a equipa com as melhores condições para ser campeão distrital, mas este campeonato já mostrou que em todos os jogos pode surgir uma surpresa e causar dúvidas no desfecho final do campeonato. O Lagameças e o Cova da Piedade podem muito bem intrometer-se nesta discussão e levar alguma incerteza até final.


 

O que perspetiva até final da temporada? Expectativas.

A minha perspetiva até ao final da temporada é que a equipa continue a crescer enquanto grupo, ganhando mais maturidade e ficando mais pronta para encarar uma competição sénior, que é bastante diferente do que competir nos Sub-19. As expetativas são tentar amealhar o máximo de pontos e subir o que nos for possível na classificação geral, continuando a cimentar os nossos processos tanto individuais como coletivos.

 

Como tem sido o nível das condições oferecidas pelo clube?

O clube está também numa adaptação ao regresso dos seniores. Acho que tem sido feito o possível para que nada falte aos atletas e treinadores. Tudo o que foi prometido ao grupo tem sido cumprido. Algumas coisas ainda estão a ser trabalhadas, com toda a certeza no futuro será ainda mais apelativo representar esta instituição

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