Entrevista a Joaquim Bravo, presidente da A. Geral ...
“TEMOS ANDADO COM A CASA ÀS COSTAS MAS EM FEVEREIRO JÁ DEVEREMOS IR PARA O VALE DA ROSA”
Porque o jogo da primeira jornada foi adiado a estreia na fase de apuramento do campeão vai acontecer no próximo domingo em casa contra o Feirense.
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A Escola de Futebol Feminino de Setúbal é uma referência da modalidade a nível local, regional e até mesmo nacional, fruto do trabalho desenvolvido desde Outubro de 2001. Desde essa altura têm sido muitas as atletas, algumas mesmo campeãs nacionais que têm vestido a camisola do clube.
Recentemente o protocolo estabelecido com o Vitória FC ficou sem efeito e o clube voltou a competir a nível sénior e as coisas até estão a correr bem apesar das dificuldades sentidas a nível de infraestruturas mas a tendência é para melhorar como pode ler na entrevista dada ao nosso jornal por Joaquim Bravo, presidente da Mesa da Assembleia Geral.
A equipa sénior da Escola de Futebol Feminino de Setúbal terminou a fase regular do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em primeiro lugar. Era esse o lugar desejado?
A Escola de Futebol Feminino e Setúbal voltou à competição sénior na presente época, após dois anos de parceria com o VFC, tendo conseguido, para o histórico VFC, o primeiro título de Campeão Nacional, a subida à 2.ª divisão na época 2023-2024, e alcançado os quartos de final da Taça de Portugal. Para não deixar cair um projeto feminino na cidade de Setúbal, com o apoio da CM Setúbal e do Racing Power FC, e contando com muitas das atletas do Vitória FC que haviam sido campeãs nacionais, avançámos com o projeto sénior já em final de Agosto e com a maioria das equipas formadas, pelo que terminar a primeira fase do Nacional da 3.ª Divisão em primeiro lugar foi um objetivo cumprido. Apesar de termos um plantel pequeno, temos jogadoras focadas, com enorme espírito de sacrifício e muito resilientes. São atletas que, com rigor e qualidade, demonstraram, nesta fase, consistência, superioridade e cumprimento do plano delineado. Este era de facto o lugar desejado, o apuramento direto para a 2.ª fase do campeonato.
Parece ter havido alguma luta tendo em conta que no final só terminou com um ponto de vantagem sobre o segundo classificado!
Concluir a primeira fase com apenas um ponto de vantagem sobre o segundo classificado mostra que existem projetos que também se preparam para atingir o primeiro lugar. Cedemos um empate em casa e uma derrota fora de casa, mas a diferença mínima evidencia que a competição foi bastante equilibrada. A diferença de um ponto, reforça ainda mais o mérito da equipa técnica e das atletas tanto na superação como na conquista, demonstraram ter capacidade, ser competitivas e saber lidar com a pressão para conquistar os pontos necessários nos momentos decisivos.
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A Escola de Futebol Feminino de Setúbal tem como objetivo principal focar-se e trabalhar para que, jogo a jogo, semana a semana, faça tudo para alcançar a melhor classificação possível. Se for a entrada direta na 2.ª divisão, ótimo, mas o foco será darmos tudo o que temos em todos os jogos. A nossa ambição e o nosso compromisso é continuar a crescer e a competir a um nível elevado, pois a EFFS, desde há 23 anos, é dos poucos clubes que compete exclusivamente no feminino, tendo contribuído para a formação de várias campeãs.
Alcançar essa meta representaria um marco importante para o projeto desportivo do clube e uma recompensa pelo esforço e trabalho realizado ao longo da temporada?
Não sendo um projeto lúdico queremos impactar positivamente no projeto a aposta que fizemos, ao integrar o Protocolo de Cooperação Desportiva de Desenvolvimento do Futebol Feminino no Concelho de Setúbal, que envolve a Câmara Municipal de Setúbal, cuja vereação do desporto muito tem apoiado os projetos de raiz e matriz desportiva femininos, e do Racing Power Football Club, que teve a visão de se mudar para Setúbal e, em conjunto, desenvolvermos um cluster do futebol feminino. O atual projeto da EFFS já não pode ser visto de forma isolada, mas sim de forma integrada, pois cada clube desenvolve as suas competências. O Rpower como clube profissional de topo, tem uma dimensão assente em alto rendimento desportivo, focado, em atingir o topo ao nível nacional e alcançar a dimensão europeia e a EFFS, desempenha o papel da formação de atletas nas camadas jovens e ao nível sénior, preparando-as para a alta competição.
Como perspectiva a segunda fase do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão?
Esta etapa do campeonato, vai ser muito competitiva, todos os clubes se vão debater para não serem despromovidos à 4.ª Divisão. Temos um coordenador experiente no futebol feminino, mister Pedro Vieira e uma equipa técnica liderada pela mister Patrícia Campos, coadjuvada por João Mugeiro e Nuno Madureira que, com a restante equipa técnica, gerem com muita competência, qualidade, rigor técnico e disciplina desportiva as excelentes jogadoras. Tudo faremos para subir à 2.ª divisão ou mantermo-nos na terceira. Começámos quando as outras equipas já estavam formadas e a nossa casa ainda está em obras, prevendo-se a ida para as instalações do Vale da Rosa em Fevereiro, fruto da intervenção operada pela CMS e pelo Rpower FC, onde temos as melhores condições de treino: relvado natural (novo), ginásio, banho de gelo, sala de fisioterapia e recuperação, ao invés da condições atuais de “casa às costas“.
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