HUGO GRAÇA»» Capitão do GD Sesimbra deixa o futebol - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 26 de junho de 2024

HUGO GRAÇA»» Capitão do GD Sesimbra deixa o futebol

Foi campeão no Amora, Barreirense e Sesimbra...

  

 

“PODERIA CONTINUAR A JOGAR MAS DEIXEI NESTA ALTURA PORQUE ASSIM SAÍ CAMPEÃO”

 

 


Jogador tinha decido ainda antes da época começar que este seria o seu último ano como jogador porque quer dedicar mais tempo à família

 


 


Hugo Graça colocou um ponto final na sua carreira de jogador ao serviço do Grupo Desportivo de Sesimbra onde se sagrou campeão distrital da segunda divisão, numa época que foi verdadeiramente espectacular.  

 


Em mais de 20 anos de carreira passou pelo Amora, Fabril, Barreirense e Sesimbra e em todos eles deixou bem vincada a sua qualidade de jogador que leva no seu currículo três títulos de campeão distrital e três taças associativas.


 


Porque a razão decidiste deixar o futebol nesta altura?

Tinha decidido antes da época começar que este seria o meu último ano como jogador. As razões são várias, querer passar mais tempo com a família e com os amigos. Todos sabemos que o futebol nos "rouba" muito tempo e depois há também as lesões que me afectam bastante em termos psicológicos. E, por outro lado, porque considero que o meu trabalho está feito enquanto jogador.  

 


Tens 34 anos, não te sentias com capacidade para fazer mais uma ou duas épocas?

Sim, sentia, e sei que conseguia, mas entendo que esta é a melhor altura para sair, porque saio campeão. Esta época senti-me bem física e psicologicamente e isso foi muito importante. Poderia sair para o ano mas podia não correr tão bem como este.  Assim, saio campeão e feliz com o futebol.

 



No teu percurso de jogador passaste por clubes como o Amora, Fabril, Barreirense e Sesimbra. Houve algum que te tenha marcado mais?

Todos os clubes por onde passei me marcaram, de certa forma. Joguei muitos anos no Amora, foi lá que fiz a minha formação e é um clube com muita história, à qual me orgulho de ter pertencido. É, e será sempre, um clube que  está no meu coração, sinto por ele um carinho enorme. Depois, joguei nos dois maiores clubes do Barreiro onde fui sempre bem tratado. Não foram épocas fáceis devido à pandemia de Covid mas no Barreirense subimos de divisão e tínhamos um balneário fantástico. Por último representei o GD Sesimbra a quem agradeço assim como a todas as pessoas,  em especial aos adeptos que nos acompanharam, às famílias e à direção, nomeadamente ao presidente. Foi um clube que me tratou sempre muito bem e pelo qual ganhei um carinho muito grande. Vou ser mais um a torcer para que o clube consiga atingir patamares mais altos, tem todas as condições para isso. Quero também deixar uma palavra de agradecimento a todas as pessoas com quem me cruzei no futebol, presidentes, diretores, fisioterapeutas, massagistas, técnicos de equipamento, treinadores, e colegas que encontrei neste caminho 


 

E foste campeão praticamente em todos eles…

 não fui campeão no Desportivo Fabril, estávamos no Campeonato de Portugal, que na altura era a terceira divisão, porque ainda não existia a Liga 3. Nos outros clubes sim, fui sempre campeão e ganhei três taças da associação. Fui também campeão pela seleção de Setúbal, facto que, se não estou em erro, nunca tinha acontecido. Mas nada disto seria possível sem os meus colegas.

 


Para muita gente és considerado um jogador de referência no futebol da região, tens consciência disso?

Enquanto jogador nunca pensei nisso, nem consigo responder bem a essa pergunta, mas se por alguns sou considerado uma referência, fico muito agradecido. É sinal que fiz coisas boas no futebol.

 

Qual foi o momento mais marcante da tua carreira?

Os títulos são sempre algo que nos marcam. Quando somos campeões é motivo de muita alegria e é sempre marcante, mas para além disso houve um momento que me marcou. Foi no Amora quando eliminámos o U. Madeira para a Taça de Portugal, no prolongamento, por 3-2. Estávamos na época 2014/2015 quando os madeirenses subiram à I Liga e isso deu ainda mais valor à nossa vitória.


 


Que tens a dizer sobre aquilo que foi conseguido esta época pelo Sesimbra?

Foi uma época fantástica com um grupo espetacular. Estive em muitos balneários onde era grande a união, mas este foi diferente porque se conseguiu construir um grupo de homens e fomos irmãos ao longo da época, uma família como todos dizíamos e, quando assim é, tudo se torna mais fácil. Muitas vezes o segredo de ganhar jogos e títulos começa na união de um balneário onde todos remam para o mesmo lado, foi o que aconteceu. Só um grupo assim consegue na junção do campeonato e taça marcar 155 golos e sofrer apenas 20 e fazer uma época a praticar bom futebol, daí termos tido apenas uma derrota e um empate. Foi um orgulho enorme ser um dos capitães e ter representado o clube.  

 


Há algo mais que queiras dizer?

Deixar uma mensagem a todos os que amam o futebol e ainda têm o privilégio de poder jogar. Aproveitem ao máximo o tempo do futebol, desfrutem o máximo que puderem e deem sempre o máximo para atingir o vosso sonho ou objetivo, criem laços de amizade com os colegas e divirtam-se em campo. Num instante tudo passa e depois já não dá para voltar atrás. O futebol deu-me amizades, deu-me ferramentas, fez de mim mais homem, saber trabalhar em equipa, esforço e dedicação

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