Pages

sexta-feira, 31 de maio de 2024

ALCOCHETENSE»» Diogo Piqueira pendurou as chuteiras

As principais razões têm a ver com ...

 

 

FAMÍLIA, GRANDE NÚMERO DE LESÕES E SITUAÇÃO PROFISSIONAL PESARAM NA DECISÃO

 


 

O agora ex-jogador vai continuar ligado ao clube, que é a sua segunda casa, mas para já sem funções específicas.

 


 


Diogo Piqueira, jogador de referência do futebol distrital e um verdadeiro símbolo do Grupo Desportivo Alcochetense, o único clube que representou ao longo da sua carreira, colocou um ponto final na sua condição de atleta no dia 19 de Maio, no Estádio António Almeida Correia - Foni, no jogo que disputou com o Vasco da Gama de Sines relativo à 29.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão. E, bem se pode dizer que foi uma despedida em beleza porque teve o privilégio de marcar o último golo da sua equipa, que venceu por 3-0.

 


29 épocas, 280 jogos, 15 golos, um título de campeão distrital e duas taças da AF Setúbal são os números oficiais do percurso de Diogo Piqueira, de 35 anos, o “grande” capitão da equipa que explicou nesta entrevista as razões porque terminou o seu percurso futebolístico, porque vestiu sempre a camisola do Alcochetense, os desejos de continuar ligado ao clube e os momentos mais altos da sua carreira.


 

 

 

Por que razão resolveu colocar um ponto final na sua carreira de jogador?

A decisão acaba por ser um conjunto de três fatores: em primeiro lugar a minha família voltou a aumentar em Janeiro de 2024 e cada vez mais tem sido difícil gerir os tempos familiares e ajudar a minha companheira com as nossas crianças; em segundo lugar o meu corpo, nas últimas três épocas tive inúmeras lesões que me afastaram da competição por bastante tempo e penso que era sinal que estava a receber do meu corpo e em terceiro lugar a minha situação profissional que está cada vez mais exigente e com maior responsabilidade.

 


Na sua carreira desportiva vestiu sempre a camisola do Alcochetense. Foi por amor ao clube ou porque não recebeu outros convites?

Inicialmente o sonho de todos os jogadores é chegar aos maiores palcos e eu não fujo à regra. Os convites que tive foram sempre do mesmo campeonato em que o GDA estava e isso acabava sempre por não fazer sentido mudar. Com o decorrer das épocas acabas por perceber que ser profissional fica cada vez mais difícil e aí acabei por definir como sonho defender o meu clube e a minha terra até terminar carreira.

 



Nos seus horizontes não está a perspectiva de continuar ligado à modalidade, no desempenho de outras funções?

Está. Já desempenhei o papel de treinador adjunto durante muitos anos na formação do GDA. Foi um período muito agradável e passados já vários anos tenho o prazer de ter jogado e de terminar como colega de muitos desses jovens que ajudei a formar. Irei naturalmente continuar ligado ao clube até porque entrei com 7 anos e é a minha segunda casa literalmente, mas para já sem funções específicas.


 

Ao longo do seu percurso de jogador, qual o momento que mais marcante da sua carreira?

Quando fazemos uma retrospectiva, os troféus são algo que fica sempre na memória e por isso o título de campeão da 1.ª Divisão Distrital no meu primeiro ano de sénior e as duas taças da AF Setúbal, mas também a eliminação na Taça de Portugal (em 2011) da União de Leiria, que na altura estava na 1.ª Liga.

 


Na hora da despedida quer deixar alguma mensagem aos adeptos do futebol e em especial aos seus fãs?

Agradecer antes de mais as mensagens de carinho que tenho recebido nas últimas semanas. Dizer que felizmente temos no plantel mais gente da terra e com a identidade do clube e que o futuro será risonho. Continuarei a ajudar o clube mas agora fora de campo e espero que venham cada vez mais pessoas apoiar o nosso desportivo.

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário