Pages

sábado, 23 de dezembro de 2023

RACING POWER»» A grande sensação do futebol feminino

Em destaque estão igualmente os escalões de formação ...   

 

EQUIPA ESTÁ EM 4.º LUGAR NA LIGA BPI, MEIAS FINAIS DA TAÇA DA LIGA E OITAVOS DE FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

 


 

Magoado pela forma como tem vindo a ser tratado pelas entidades oficiais locais o clube quer sair rapidamente do concelho do Seixal, afirma o presidente Nuno Painço.

 


 


O Racing Power Football Club esta época chegado à Liga BPI tem vindo a surpreender pelos bons resultados obtidos nas várias competições em que tem participado [4.º lugar na Liga BPI, meias-finais da Taça da Liga e oitavos-de-final da Taça de Portugal] e o mesmo está a acontecer com as camadas jovens.


 

Como é lógico, isto não acontece por acaso, mas sim devido ao excelente trabalho desenvolvido por uma estrutura que tem as suas bases fortalecidas por um projecto ambicioso verdadeiramente sustentado.


 

Mas, para falar em pormenor sobre aquilo que realmente está a acontecer, ninguém melhor que o presidente da direcção, Nuno Painço.   


  

 

 


O Racing Power está a ser um caso sério no futebol feminino do nosso país. Que balanço faz da forma como está a decorrer esta época?

O nascer deste clube e deste projeto foi mesmo para ser um caso sério no futebol feminino. Sempre transmiti esta nossa visão do que queríamos e para o que vínhamos. Nós não queremos ser considerados a equipa sensação queremos ser uma certeza e é para isso que trabalhamos diariamente. Não tendo terminado ainda a primeira volta, faltando a nossa deslocação a Famalicão e a receção ao campeão nacional, o fechar do ano civil vai ao encontro das nossas perspetivas e só não estamos mais acima da classificação por erros que cometemos e que fomos melhorando a cada dia de treino e a cada jogo. Para um clube que subiu, o calendário que nos calhou não beneficiou o nosso arranque. Perdemos na Damaia um jogo que controlamos por erros cometidos, jogámos na segunda e terceira jornadas contra candidatos ao titulo como Braga e Sporting e não ficamos nada aquém desses clubes, muito pelo contrario. Contra o Sporting não merecíamos empatar, quanto mais perder, tal não foi o grande jogo que fizemos, mas o que conta é a eficácia e o poder instalado dos grandes clubes, exista ou não VAR. Nos pequenos pormenores serão sempre beneficiados. Estar nas meias finais da Taça da Liga e nos oitavos de final da Taça de Portugal é positivo, mas se me perguntar se comprava já este balanço final, dizia-lhe que não, porque queremos mais.

 

 

Arranque fortíssimo no regresso da competição

 


Quais são as perspectivas daqui para a frente nas várias competições em que se encontra envolvida?

No regresso desta paragem vamos ter outra vez um arranque fortíssimo, com o Famalicão fora e Benfica em casa, primeira mão da Taça da Liga com o Sporting e Taça de Portugal, também em casa, com o Torreense. Temos grandes perspetivas para todas as provas, o nosso treinador é um estudioso do futebol e vive a sua profissão como ninguém e acreditamos, com os retoques que vamos fazer no plantel, vamos ao ataque conforme é apanágio no nosso ADN, seja com quem for.


 

A escolha do Estádio Nacional para a realização dos jogos em casa está a corresponder ao que era esperado?


É claro que gostaríamos que mais adeptos nos acompanhassem, sabemos que não vamos ter 40 mil adeptos, mas sabíamos que iria ser essa realidade. Dar as condições de trabalho que damos ao nosso plantel e à nossa equipa técnica não é para todos. Só assim a Liga BPI vai evoluir, se a FPF continuar a pactuar com certas instalações desportivas onde  nos deslocámos [que não dignificam nem os atletas, nem a liga BPI]. Iremos lutar para que quem não apresente condições dignas para o profissionalismo do futebol feminino não faça parte da liga BPI.

 

 


“Formar a ganhar”

 


A trabalhar noutro local estão os escalões de formação mas também aqui os resultados são muito positivos...

A nossa formação continua no Atlético Clube de Arrentela, temos uma excelente parceria e temo-nos ajudado mutuamente. A visão e objetivos que temos na equipa profissional é a mesma que temos na formação. É claro que estamos a falar de formação, mas queremos formar a ganhar, e as equipas técnicas e atletas que fazem parte dos nossos dois escalões de formação têm de ter este ADN. Queremos preparar campeãs não só para o futebol mas também para a vida. Virem para o Racing apenas por vir, para darem uns chutos numa bola, não vale a pena virem. A diferença que temos dos outros clubes é que não precisamos cobrar mensalidades ou cobrar os equipamentos ou cobrar os kits de treino, ou os exames médicos ou inscrições para sustentar ou manter a formação e por isso os nossos treinadores tomam as decisões e joga quem tiver mais qualidade para jogar e não que devem todos jogar. O clube está e estará sempre em primeiro lugar, quem não perceber isso, amigos na mesma mas cada m segue a sua vida. Terminámos a primeira fase do campeonato distrital de sub 17 em primeiro lugar, apesar da maioria das nossas atletas serem sub15 e sub16, e de defrontarmos clubes com grande referência na formação. Somos o clube que cedeu mais atletas para o torneio interassociações com 8 meninas e colocámos a Joana Pinheiro, de 16 anos, que trabalha com o plantel sénior na seleção nacional, onde  fez a sua primeira internacionalização. No campeonato nacional de sub19 estamos a fazer também um excelente campeonato, ocupamos igualmente o primeiro lugar em igualdade de pontos com o Lusitano de Évora. Mas o sucesso passa por termos decidido contratar treinadores que já treinaram equipas seniores femininas e não tiveram qualquer problema de aceitar o desafio da formação porque acreditaram no projeto. Tanto o André Branco como o Luís Ramalho estão a fazer um excelente trabalho.

 

 


“Não misturamos política com desporto


 


E em relação aos tempos mais próximos há alguma novidade que está a ser preparada?

Custa-me bastante dizer estas palavras, porque o Seixal é a minha terra, onde tenho a minha família, onde estudei e joguei no único clube enquanto atleta, o clube da minha terra onde me estreei na equipa sénior e dei a minha primeira entrevista à Radio Baía ao José Pina, com 18 anos, mas queremos sair rapidamente do concelho do Seixal, porque não misturamos política com desporto. O Racing não dá votos, por isso é desprezado pelo.poder político.local, fizeram-nos aquilo que fizeram com o Complexo Carla Sacramento onde agora está uma equipa da formação a treinar sem pagar qualquer valor quando  nos pediram 7500 euros mensais. Nunca iremos pactuar com injustiças. Temos marcada uma audiência com os partidos da oposição para saberem como foi gerido o nosso processo e que existem várias autarquias que estão de braços abertos para nos receberem. Agora cabe-nos a nós escolher o melhor caminho. Por fim, quero desejar a toda a família Racing Power um santo e feliz Natal e um ano de 2024 cheio de alegrias, saúde e muitas vitórias.

Sem comentários:

Enviar um comentário