Equipa acaba de conquistar o acesso aos quartos-de-final da Taça da Liga…
“QUEREMOS SER CAMPEÕES NACIONAIS DA LIGA BPI
MUITO RAPIDAMENTE”
Todas as contratações foram feitas pelo treinador em conjunto com a Direcção. Da época passada só ficaram cinco atletas.
A RPower entrou esta
época para a alta-roda do futebol feminino nacional e neste início de temporada
as coisas parecem estar a correr bem…
Está
a correr dentro daquilo que estávamos à espera. A integração das novas atletas
tem corrido bem, os jogos que temos tido têm dado para a equipa técnica
observar todas as jogadoras. O nosso mister não é de muitas experiências e
trabalhámos muito antes de a época arrancar para termos a certeza dos reforços
que queríamos.
Em termos logísticos
as exigências na Liga BPI são muito maiores. O clube está preparado para isso?
Este
era o nosso objectivo desde o primeiro dia em que fundamos o clube. Estes 3 anos
deram-nos mais bagagem e experiência mas sempre estivemos preparados para isso.
Assim conseguimos algo que mais ninguém conseguiu, dois títulos de campeões
nacionais das divisões inferiores.
Ora
bem, vamos entrar num tema delicado mas tem de ser conhecido pela opinião pública.
Quando garantimos a subida à liga BPI fomos informados pela FPF que o campo da
Boa Hora não tinha as condições para estarmos na liga BPI, tanto pelas infra-estruturas
como pelo sintético. Nesse sentido, encetámos contactos em várias frentes.
Concretamente, com
quem?
Com
a CM Seixal para a utilização da Carla Sacramento, com a CM Palmela para o Municipal
do concelho e com o IPDJ para o Estádio Nacional. Como é lógico, a nossa
primeira opção passava pela Carla Sacramento por ser do concelho onde estamos
inseridos. Na primeira reunião com a Chefe da Divisão de Desporto, em que
esteve presente também a FPF, percebemos logo que iria haver dificuldades na cedência
do espaço sem o pagamento de uma verba. Não contestámos essa decisão e estaríamos
prontos a pagar metade das despesas que a Câmara tem com a RED [empresa que
trata da relva]. A nossa parte ficaria em 3750 euros e só poderíamos ter uma
unidade de treino e o jogo. Sabíamos que vários clubes utilizaram o espaço a
custo zero, mas nem isso contestámos. Fiquei deveras incrédulo quando depois
fui contactado pela CM Seixal a dizer que a proposta seria a mesma feita ao SL Benfica.
Que era…
A
despesa integral da RED no valor de 7500 euros, com uma unidade de treino e o
jogo. E ainda teríamos de construir um espaço para o atletismo treinar no valor
de dezenas de milhar de euros.
Disse
ao vereador do desporto que era uma grande falta de respeito que estavam a ter
para com a Racing Power que nunca foi reconhecida pelos títulos conquistados e
que era indecente apresentarem uma proposta igual ao Benfica que não pertence
ao concelho e tem um poder financeiro nada comparável o nosso.
Não
somos subsídio-dependentes de ninguém, nem pedimos esmolas a quem quer que
seja. Gostamos de trabalhar com toda as entidades sejam elas políticas ou
desportivas mas que nos respeitem.
Antes
de mais quero dizer que em Palmela as obras seriam muito avultadas, mas
agradecemos a disponibilidade que o executivo teve em nos receber. O Estádio do
Jamor foi uma surpresa inesperada. Quando me contactaram a dizer que o nosso projecto
tinha sido aceite foi uma alegria imensa e um alívio não só por vermos o nosso
problema resolvido mas também por ser o quarto maior estádio a nível nacional,
o estádio de todos os portugueses e a nível financeiro nem chega a metade daquilo
que pediram pela Carla Sacramento. Ao Dr. Paulo Pires, director do complexo
desportivo do Jamor, e ao Dr. João Morais, da FPF, que nos acompanhou neste
processo desde o início, o nosso profundo reconhecimento e um bem-haja por
reconhecerem em nós pessoas competentes, sérias e honestas.
Foi
muito importante a pré-época em Pinhel. Não só porque fomentou a união de
grupo, como trabalhámos em altitude e com calor. Lançaram-nos o desafio de
levarmos o futebol feminino ao interior e deram-nos condições extraordinárias.
Não somos reconhecidos no concelho onde centramos a nossa actividade mas há
outros que têm a capacidade de o fazer como aconteceu em Pinhal onde fomos homenageados
nos Paços do Concelho, pelo título conquistado. Ao presidente da Câmara de
Pinhel, Rui Ventura, foi prometido que o próximo título seria lá festejado.
Para
ser sincero, à liga dos campeões. Se lá chegaremos, isso
é outra conversa.
E em termos futuros
até onde pode ir a RPower?
Ter
as nossas raízes definitivamente onde nos queiram receber e tratar com o devido
respeito. A construção do Centro de Alto Rendimento Desportivo e cimentar o
nosso crescimento com a conquista de títulos, pela equipa profissional e pela formação,
são também objectivos. Começamos um novo ciclo de 3 anos, queremos ser campeões
nacionais muito rapidamente.
Parabéns RACING POWER FC 👏PELO APOIO AO FUTEBOL FEMININO 🧡🖤⚽🥁
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