Aos 17 anos foi titular pela equipa sénior do Vasco da Gama de Sines …
“A REPRESENTAÇÃO ENTROU DE REPENTE NA
MINHA VIDA E TORNOU-SE ALGO QUE QUERO CONTINUAR A FAZER”
Depois do sucesso como protagonista no filme “Vadio” já gravou um segundo filme “Banzo” que irá estrear em breve. O futebol foi relegado para segundo plano.
Até
aqui, tudo normal mas se dissermos que na época passada, com apenas 17 anos de
idade, foi titular pela equipa sénior no jogo que disputou em Sines, com o
Alcochetense, no dia 12 de Dezembro de 2021, relativo à 16.ª jornada do
Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, o caso muda de figura.
Mas
para além deste pormenor há ainda outro facto que faz de Rúben Simões uma
vedeta, sim vedeta, porque para além de estudante e jogador de futebol, é
também artista de cinema sendo mesmo protagonista, juntamente com Joana Santos,
do filme “Vadio”, considerada uma das mais belas primeiras obras do cinema
português, primeira longa-metragem de Simão Cayatte, que estreou nos cinemas
portugueses no início deste mês de Maio.
O filme passa-se algures
entre a margem sul do Tejo e as primeiras paisagens alentejanas, onde André, um
miúdo de 13 anos, ajuda o pai a fazer furos para tentar encontrar água, em vez
de ir à escola. Quando o pai desaparece misteriosamente, a vizinha da frente é
a única amarra que André tem ao mundo. Mas esta também tem os seus problemas
familiares. O plano final, arrasador, terno e comovente, em contraponto com a
dureza do relato, dá ainda assim um sinal de esperança no humano.
“O cinema surgiu de
maneira aleatória na minha vida”
Em entrevista ao nosso
jornal, Rúben Simões conta alguns pormenores sobre a sua actividade desportiva,
como surgiu a possibilidade de fazer cinema e da difícil decisão que vai ter
que tomar em relação ao futuro.
Na tua carreira desportiva consta uma passagem
pela equipa sénior do V. Gama quando tinhas apenas 17 anos. Foi um momento
marcante na tua carreira?
Sim, foi um momento bastante marcante.
Jogo futebol desde o escalão de traquinas e sempre no Vasco da Gama de Sines,
chegar aos 16 anos e passar a treinar com a equipa principal, e aos 17 anos ter
a estreia oficial pelos seniores no clube onde sempre joguei é um sinal de
reconhecimento e esforço compensado, que me deixou muito contente.
O cinema surgiu um pouco de maneira
aleatória na minha vida. Num dia de escola normal onde somos avisados que
várias pessoas tinham sido seleccionadas para fazer um casting para um filme,
eu incluído. Depois desse primeiro casting seguiram-se mais três fases até ser
escolhido e ter a minha primeira experiência no cinema, como protagonista do
filme VADIO.
Pelos vistos tens dois amores. De qual
gostas mais?
Desde que fiz o meu primeiro filme, que
sempre houve esta divisão de paixões. Sempre gostei de jogar futebol e não me
via a parar de jogar mas a representação entrou de repente na minha vida e
tornou-se algo que queria continuar a fazer sempre que pudesse. Via-me perante
um dilema, porque em algum ponto ia ter de escolher um. Acho que não posso
dizer de qual gosto mais, porque adoro fazer as duas coisas, mas infelizmente
esta é a minha última época a servir o Vasco da Gama. O foco por agora está
mais inclinado na minha formação profissional e alguns projectos dentro da
representação, mas quem sabe se um dia não volto aos campos.
Quais são os teus projectos em relação ao
futuro?
Em relação à representação, irá estrear
para breve o segundo filme que fiz, intitulado BANZO, filmado maioritariamente
em São Tomé e Príncipe. É um filme muito interessante que retracta o ano de 1907.
Fora isso, estou neste momento a estudar cinema e a aprofundar as artes de
representação.
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