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quinta-feira, 1 de junho de 2023

RÚBEN SIMÕES»» De jogador de futebol a artista de cinema

 Aos 17 anos foi titular pela equipa sénior do Vasco da Gama de Sines …

 

“A REPRESENTAÇÃO ENTROU DE REPENTE NA MINHA VIDA E TORNOU-SE ALGO QUE QUERO CONTINUAR A FAZER”

 



Depois do sucesso como protagonista no filme “Vadio” já gravou um segundo filme “Banzo” que irá estrear em breve. O futebol foi relegado para segundo plano. 

 

 

 


Na equipa de juniores do Vasco da Gama Atlético Clube que disputa o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, joga Rúben Simões, guarda-redes, de 18 anos, que realizou esta época, a segunda na categoria, 11 jogos.

 

Até aqui, tudo normal mas se dissermos que na época passada, com apenas 17 anos de idade, foi titular pela equipa sénior no jogo que disputou em Sines, com o Alcochetense, no dia 12 de Dezembro de 2021, relativo à 16.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, o caso muda de figura.


 

Mas para além deste pormenor há ainda outro facto que faz de Rúben Simões uma vedeta, sim vedeta, porque para além de estudante e jogador de futebol, é também artista de cinema sendo mesmo protagonista, juntamente com Joana Santos, do filme “Vadio”, considerada uma das mais belas primeiras obras do cinema português, primeira longa-metragem de Simão Cayatte, que estreou nos cinemas portugueses no início deste mês de Maio.

 

O filme passa-se algures entre a margem sul do Tejo e as primeiras paisagens alentejanas, onde André, um miúdo de 13 anos, ajuda o pai a fazer furos para tentar encontrar água, em vez de ir à escola. Quando o pai desaparece misteriosamente, a vizinha da frente é a única amarra que André tem ao mundo. Mas esta também tem os seus problemas familiares. O plano final, arrasador, terno e comovente, em contraponto com a dureza do relato, dá ainda assim um sinal de esperança no humano.


 

“O cinema surgiu de maneira aleatória na minha vida”

 

Em entrevista ao nosso jornal, Rúben Simões conta alguns pormenores sobre a sua actividade desportiva, como surgiu a possibilidade de fazer cinema e da difícil decisão que vai ter que tomar em relação ao futuro.  

 

Na tua carreira desportiva consta uma passagem pela equipa sénior do V. Gama quando tinhas apenas 17 anos. Foi um momento marcante na tua carreira?

Sim, foi um momento bastante marcante. Jogo futebol desde o escalão de traquinas e sempre no Vasco da Gama de Sines, chegar aos 16 anos e passar a treinar com a equipa principal, e aos 17 anos ter a estreia oficial pelos seniores no clube onde sempre joguei é um sinal de reconhecimento e esforço compensado, que me deixou muito contente.

 


Como surgiu a hipótese de vires a fazer cinema?

O cinema surgiu um pouco de maneira aleatória na minha vida. Num dia de escola normal onde somos avisados que várias pessoas tinham sido seleccionadas para fazer um casting para um filme, eu incluído. Depois desse primeiro casting seguiram-se mais três fases até ser escolhido e ter a minha primeira experiência no cinema, como protagonista do filme VADIO.

 

Pelos vistos tens dois amores. De qual gostas mais?

Desde que fiz o meu primeiro filme, que sempre houve esta divisão de paixões. Sempre gostei de jogar futebol e não me via a parar de jogar mas a representação entrou de repente na minha vida e tornou-se algo que queria continuar a fazer sempre que pudesse. Via-me perante um dilema, porque em algum ponto ia ter de escolher um. Acho que não posso dizer de qual gosto mais, porque adoro fazer as duas coisas, mas infelizmente esta é a minha última época a servir o Vasco da Gama. O foco por agora está mais inclinado na minha formação profissional e alguns projectos dentro da representação, mas quem sabe se um dia não volto aos campos.


 

Quais são os teus projectos em relação ao futuro?

Em relação à representação, irá estrear para breve o segundo filme que fiz, intitulado BANZO, filmado maioritariamente em São Tomé e Príncipe. É um filme muito interessante que retracta o ano de 1907. Fora isso, estou neste momento a estudar cinema e a aprofundar as artes de representação.

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