Tendo em conta as dificuldades surgidas…
“OS
JOGADORES FORAM UNS VERDADEIROS HERÓIS SÓ TEMOS QUE ESTAR AGRADECIDOS”
Com as nossas armas, conseguimos levar o barco a bom porto, o que nos deixou extremamente felizes e com o sentimento de dever cumprido, salienta o comandante.
Dinis Rosa, que vai continuar como treinador
da equipa, considera que a posição alcançada no campeonato foi positiva e
adianta mesmo que os jogadores, com quem trabalha há algum tempo, foram uns
verdadeiros heróis.
O objectivo foi alcançado, mas não foi nada fácil de conseguir. Em
traços gerais, que análise faz do desempenho da sua equipa?
O objectivo
foi claramente conseguido e face ao contexto que tivemos que vivenciar esta
época, enquanto clube e equipa, não tenho dúvidas que pedir mais do que
fizemos, num campeonato com tantas assimetrias a nível de recursos e tão
extenso na sua duração, seria na minha opinião, algo não impossível, mas com
toda a certeza, muito difícil e claramente irrealista. Conquistámos pontos a
todas as equipas do campeonato, à excepção de uma, mostrando sermos uma equipa
competitiva. Face a este contexto, e tendo terminado a época em 13.º lugar,
considero que o desempenho da equipa foi bastante positivo.
Em determinada altura a equipa sofreu cinco derrotas seguidas e caiu na
zona de despromoção. Chegou a temer o pior ou nem por isso?
Apesar de
termos consciência do nosso valor, tivemos a clara noção com o decorrer do
campeonato, que não iriamos ter uma missão nada fácil. Poderíamos ganhar a
qualquer equipa, mas também, e devido à qualidade dos adversários, perder.
Defrontar durante praticamente quase toda a segunda volta, adversários com mais
sete dias de recuperação que nós, visto só termos descansado na última jornada,
num campeonato tão prolongado como este, e num plantel pouco extenso, foi algo
que nos deixou com alguma apreensão sobre a forma como iriamos dar resposta às exigências
da competição. Nesse sentido, estaria a mentir se dissesse que não foi algo que
não chegássemos a temer. De qualquer das formas, com as nossas armas,
conseguimos levar o barco a bom porto, o que nos deixou extremamente felizes e
com o sentimento de dever cumprido.
Sim, os
jogadores foram uns verdadeiros heróis, a quem só podemos estar agradecidos. A
esmagadora maioria dos jogadores que compunham o nosso plantel, já haviam sido
nossos jogadores no passado. Uns, foram campeões connosco no Pinhalnovense por
uma vez. Outros, por duas vezes no Amora. Outros, já haviam subido à primeira
divisão distrital connosco no Trafaria. Logo, o nosso plantel, embora pouco
extenso, foi constituído na sua esmagadora maioria por atletas com os quais já
trabalhámos no passado, nos identificamos e com os quais já vivenciámos
derrotas, mas também conquistas. Face a isso, saberíamos perfeitamente o que
esperar do nosso grupo de atletas. As inúmeras ausências aos treinos, verificadas
durante toda a época, maioritariamente por questões de ordem profissional,
foram algo que infelizmente também nos limitou bastante. E, por razões de
diversa ordem nos foi impossível controlar, tivemos que nos adaptar não apenas
do ponto de vista metodológico, mas também enquanto equipa e suas dinâmicas de
gestão, correspondendo nesse difícil enquadramento, o plantel às exigências da
competição e ao que era esperado.
Considera que este campeonato teve alguns pontos negativos?
Sim, claro.
Os pontos negativos que todos conhecemos e sobre os quais deixo para quem tenha
competências diferentes das minhas, para os enumerar e analisar. Ao invés,
destaco pela positiva a grande competitividade existente neste campeonato, o
surgimento de jovens atletas com grande qualidade, estreantes muitos deles
neste campeonato e a boa prestação de equipas como o Trafaria, que após muitos
anos arredados deste patamar competitivo, e com recursos diferentes,
conseguiram os seus objectivos.
Há algo mais que queira salientar?
Sim,
gostaria de agradecer ao presidente Wilson Lima e ao vice-presidente, Barbosa,
pelo suporte, confiança e tudo fazerem ao seu alcance para termos as melhores
condições de trabalho possíveis. A todos os elementos da minha equipa técnica
(Desidério Pascoal, Tiago Lima, Pedro Seborro e Calita), pelo apoio
incondicional e ajuda nesta caminhada. E claro, a todos os jogadores deste
plantel que estiveram connosco até ao fim e se doaram em prol de um objectivo
comum. O meu muito obrigado! E, por fim, desejar ao senhor Pina, que continue o
seu excelente trabalho em prol do desenvolvimento do futebol e do desporto em
geral no nosso distrito de Setúbal.
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