Nunca representou outro clube nem vestiu outra camisola…
“FOI AQUI DE CRESCI, NUNCA
SENTI NECESSIDADE DE PROCURAR CARINHO NOUTROS CLUBES”
Na homenagem, jogador sentiu um misto de emoções: orgulho com o sentimento de missão cumprida e tristeza pelo pai não estar entre nós para assistir.
Começou a jogar na ADS em 1996, fez toda
a sua formação no clube e jogou na equipa sénior até ao dia 29 de Maio, último
jogo do campeonato distrital da 2.ª divisão frente ao Lagameças. Para além de ser
uma referência era um dos capitães da equipa e o clube como forma de
reconhecimento pela sua dedicação resolveu homenageá-lo.
E, foi exactamente isso que
nos levou a procurar o jogador para sabermos
como ele reagiu à surpresa e saber
mais alguns pormenores sobre o seu percurso de jogador.
Como
se sentiu com a homenagem que lhe foi prestada pelo clube?
Bom, para além de
lisonjeado, senti um misto de emoções. Foi o orgulho com um sentimento de
missão comprida e ao mesmo tempo uma tristeza pelo meu pai não estar entre nós
para assistir à surpresa. Foi ele quem me levou ao primeiro treino, foi uma das
pessoas mais importantes pela prática de algo que sempre gostei.
Ao
longo da sua carreira desportiva jogou sempre na AD Samouquense. Por amor à
camisola ou porque nunca recebeu propostas de outros clubes?
Foi aqui que cresci enquanto
homem e enquanto jogador e foi aqui que fiz amizades de uma vida. Como cresci
no Samouco, foi fácil ser fiel à ADS. Nunca houve uma necessidade de procurar
carinho em outros clubes. Respeito quem o faz, mas eu, enquanto jogador, nunca
senti a necessidade de sair do clube.
No
seu perfil oficial de jogador há um longo período sem registo. Quer dizer que
esteve inactivo ou por qualquer outra razão?
É natural porque a ADS
esteve sem plantel sénior durante algum tempo, fosse a competir na distrital de
Setúbal ou na Inatel. Acabou também por coincidir cronologicamente na formação
da minha vida profissional. Ou seja, não havendo equipa e estando eu a estudar,
acabou por influenciar a ausência desse registo.
Mais importante que ser
capitão, é incutir aquilo que muitos conhecem por mística de um clube. Tivemos
este ano, jogadores novos de idade e novos no que diz respeito a ser a primeira
vez que representaram a ADS. Eu acho que era essa uma das missões que nós,
capitães, tínhamos, a par da equipa técnica que também foi composta por ex-jogadores
do clube. Mas em balanço geral, acho que para qualquer jogador, é sempre uma
honra capitanear um grupo de homens em defesa de um emblema, ou camisola.
Está
actualmente com 37 anos. Sente-se com vontade de continuar a jogar?
Fisicamente sinto-me capaz
de continuar, mas chega uma altura da nossa vida que existem factores com mais
peso quando toca a tomar decisões.
Qual
o balanço que faz desta época desportiva a nível individual e colectivo?
A nível individual foi uma
época positiva, com alguns golos, mas nunca estipulei objectivos individuais.
Acho que o mais importante é ajudar o grupo. A nível colectivo, iniciámos o
projecto para esta época de uma forma bem estruturada, mas o grupo sentiu de
algum modo os maus resultados e no primeiro terço da época foi difícil
conseguir uma segunda vitória consecutiva. Se isso acontecesse, dava um ânimo e
uma auto-estima diferente. Depois com o trabalho e a união, conseguimos as duas
vitórias seguidas e aí conseguimos ter alguma estabilidade emocional e
conseguimos não só fazer uma boa segunda volta como também, boas exibições.
Acabámos por encontrar na parte final uma confiança que ajudou à boa sequência
de resultados favoráveis e isso deixa uma motivação extra ao grupo para a
próxima época, porque é sinal que o trabalho pode ser bem feito. Basta melhorar
alguns aspectos.
Há
algo de importante que ainda queira referir?
Deixar um abraço a todos os
jogadores, treinadores e staff com quem tive o gosto e a oportunidade de jogar.
Em relação a esta época, um abraço para todos os samouqueiros, aos meus colegas
de equipa, treinadores e um abraço especial ao presidente António Pinto, Margal
e ao David.
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