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quinta-feira, 30 de junho de 2022

“OS PELEZINHOS”»» Entrevista ao treinador Pedro Rosa

Clube tem um projecto inovador…


“A EQUIPA TINHA VALOR E QUALIDADE MAS FALTAVA-LHE UM BOCADINHO DE MATURIDADE”

 


Técnico sadino é da opinião que se o desempenho na primeira volta tivesse sido melhor poderia ter lutado pelo quinto lugar.

 


 


Clube Desportivo “Os Pelezinhos” foi uma das novidades no Campeonato Distrital de Seniores da 2.ª Divisão, na época de 2021/22.

 

Com um projecto inovador, em que só podem actuar jovens que passaram pelo clube como jogadores, de início o grupo de trabalho sentiu algumas dificuldades mas com o decorrer do tempo as coisas melhoraram e a segunda volta foi completamente diferente.

 

Entre a 19.ª e a 30.ª jornada, em 12 jogos obteve uma derrota, um empate e 10 vitórias, sendo cinco delas seguidas. Foi, sem dúvida alguma, a sua melhor fase do campeonato que concluiu em 8.º lugar, uma posição deveras positiva.    

 

Pedro Rosa, o treinador que assumiu o comando da equipa à 5.ª jornada e já se comprometeu com o clube para a próxima temporada, aceitou o nosso desafio e falou daquilo que foi o desempenho da formação sadina.


 

Que balanço se pode fazer do comportamento da equipa no campeonato?

O balanço que fazemos em relação ao comportamento da equipa no campeonato é bastante positivo. Quando entrámos, à quinta jornada, foi-nos pedido para valorizar os jogadores e uma classificação a meio da tabela. Na altura, depois de analisarmos diversos aspectos, dissemos aos responsáveis que precisávamos de, sensivelmente, dois meses para começarmos a apresentar resultados. Penso que cumprimos os objectivos estabelecidos e os resultados obtidos na segunda volta comprovam-no.

 

O oitavo lugar alcançado está de acordo com o real valor da equipa?

O oitavo lugar está de acordo com aquilo que fizemos ao longo da época. Contudo, penso que se tivéssemos tido outro desempenho na primeira volta poderíamos ter lutado pelo quinto lugar. A equipa tem valor, tem qualidade, faltava-lhe um bocadinho de maturidade, até porque muitos destes jogadores estiveram dois anos sem competir.


 


Os Pelezinhos apresentaram uma das equipas mais jovens do campeonato. Isso quer dizer que o projecto correspondeu às expectativas?

Este projecto tem algumas premissas, nomeadamente o facto de apenas poderem integrar a equipa atletas que passaram pelos escalões de formação do clube e com um limite de idade de 22 anos. O objectivo do clube é ajudar estes jovens atletas a fazer a transição para seniores, dando-lhes tempo de jogo e preparando-os para no futuro sedimentarem a sua presença no futebol sénior. Deste ponto de vista o projecto correspondeu na plenitude a todos os objectivos que foram perspectivados.

 

A primeira volta não foi famosa em termos de resultados, mas a segunda foi muito boa. O que aconteceu para que tivesse havido esta mudança?

A grande mudança foi, essencialmente, a nível mental. Na primeira volta, apesar dos resultados menos conseguidos fomos quase sempre competitivos, disputámos os jogos até ao fim e perdemos muitas vezes pela margem mínima, perdemos muitos pontos nos detalhes. No início da segunda volta estabelecemos como objectivo fazer mais 30 pontos, acabámos por fazer mais 33 pontos. Penso que a definição dessa meta foi essencial para que os jogadores tivessem algo concreto por que lutar e se tivessem unido nessa conquista.


 

Em relação à próxima época, que pode adiantar?

Em relação à próxima época posso adiantar que iremos dar continuidade ao projecto, mantendo a maioria do plantel, integrando os juniores que vão subir a seniores e recrutando dois ou três atletas já identificados e que reúnem os requisitos para poder integrar a equipa.

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