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terça-feira, 7 de junho de 2022

ENTREVISTA»» Luís Sabrosa, coordenador técnico do PCR

 

Pavilhão foi peça fundamental para a sucesso…


 

PORTUGAL CULTURA E RECREIO OBTÉM FEITO INÉDITO NO FUTSAL DA REGIÃO

 


Foi campeão distrital em seniores masculinos e em seniores femininos tendo elas conquistado também a Taça AF Setúbal. Nunca ninguém antes havia conseguido o mesmo.

 

 


O Portugal Cultura e Recreio, também conhecido por PCR, que já tinha conquistado três títulos distritais no futsal feminino, em 2008/09, 2009/10 e 2010/11, viu a sua montra de troféus ficar mais rica porque a estes juntou esta época mais dois títulos, um conquistado pela equipa sénior masculina e outro pela equipa sénior feminina, que ganhou também a Taça AF Setúbal.


Está a ser de facto uma época notável fruto do excelente trabalho realizado a custo zero por um conjunto de pessoas [jogadores, treinadores e direcção] que têm sabido aproveitar da melhor maneira as magníficas condições proporcionadas pelo seu pavilhão, construído com o apoio da Câmara Municipal do Seixal.  



“Com muito trabalho, empenho, dedicação e humildade de toda a estrutura, superámos as expectativas”, contou o coordenador técnico Luís Sabrosa, ao nosso jornal.

 

Está a ser uma época fantástica para o Portugal Cultura e Recreio!

Conseguimos um feito histórico na região, ser campeões distritais na mesma época em seniores masculinos e em seniores femininos, conseguindo elas, a dobradinha, porque foram também vencedoras da Taça da Associação de Futebol de Setúbal. Superámos as expectativas exigidas com muito trabalho, empenho, dedicação e humildade de toda a estrutura.

   


Equipas que ainda se encontram em competição a disputar a fase que as poderá levar aos campeonatos nacionais!

É verdade. Estamos na fase que dá acesso à subida, nos dois escalões. A equipa feminina está em primeiro lugar em igualdade pontual com o Parchalense e tudo depende de nós. A equipa sénior masculina perdeu com o Atlético, uma equipa de outra dimensão com jogadores já com algum traquejo e foi também derrotada no passado sábado em Évora, mas ainda tudo é possível. Se ganharmos os nossos jogos poderemos juntar o útil ao agradável e subir também de divisão. É para isso que vamos trabalhar com todas as armas que temos e com todo o respeito pelos adversários.


 


Mas o PCR não é só futsal sénior também tem camadas jovens!

Sim, temos todos os escalões excepto os juniores (que já estão garantidos para a próxima época). Os Benjamins, que disputaram a fase final, estavam limitados porque tinham apenas seis jogadores, mas fizeram um trabalho meritório e aqui temos que realçar o trabalho do treinador porque eram todos jogadores de primeiro ano que nunca tinham estado juntos devido à situação de Covid-19. Temos também os Infantis que estão a fazer um torneio complementar acima da média. Foi pena o treinador ter pegado na equipa já tarde porque houve uma transição mas estão a conseguir fazer também um trabalho de mérito. Nos outros escalões, em alguns ficámos aquém do esperado pelo facto de não haver atletas porque os pais ainda têm receio de colocar os filhos a praticar a modalidade. Nós aqui no clube cumprimos na íntegra todas as medidas de precaução e tentamos proteger ao máximo os atletas mas não podemos ir contra a decisão dos encarregados de educação. Vamos trabalhar para que na próxima época possamos ter mais atletas e que com uma maior divulgação os pais deixem os seus filhos praticar a modalidade que gostam.

 

Como tem sido possível obter estes resultados em tão curto espaço de tempo?

Principalmente devido às condições de trabalho. Temos um pavilhão próprio que nos permite trabalhar de forma diferente em relação a outros. Temos sete dias por semana para trabalhar e não temos horários a cumprir, podemos treinar de manhã, à tarde ou à noite, é indiferente. E depois, o excelente trabalho que já vem da época anterior com as mesmas equipas técnicas, nos femininos o Carlos Sardinha e a Inês e nos seniores masculinos o Miguel Bento que deixou de ser jogador à alguns anos atrás, um homem que conhece bem o futsal e que na época passada já tinha disputado as meias-finais com o V. Setúbal, uma equipa subsidiada, ao contrário da nossa que é totalmente a custo zero porque andamos aqui por carolice. O trabalho tem sido excelente e as coisas têm vindo a melhorar devido também ao apoio da direcção presidida pelo Carlos Nunes que tem estado connosco em todos os momentos, se segunda a domingo está sempre presente e quando é assim é óbvio que os resultados aparecem mais dia, menos dia. Esperemos agora que haja seguimento dos outros escalões e que estes continuem o bom trabalho que estão a desenvolver.


 


Esta época está praticamente no fim, já começaram a pensar na próxima?

Como é lógico, estas situações são planeadas com devida antecedência. Temos feito reuniões semanais com o objectivo de prepararmos a nova época na eventualidade de subirmos ou na eventualidade de ficarmos onde estamos. Temos que fazer as coisas atempadamente, não podemos esperar pelo fim. Um trabalho para ser bem feito tem que ser assim. Já falámos com as equipas técnicas para que as coisas possam fluir naturalmente, é importante saber o que eles pretendem e o que nós lhes podemos dar. Não há dinheiro mas pode haver um almoço ou um jantar e um ou outro incentivo para reforçar tanto a equipa feminina como a equipa masculina e queira fazer parte da nossa família.

 

Para finalizar há algo mais que importe acrescentar?

Agradecer à direcção do Portugal Cultura e Recreio o facto de me ter convidado para fazer parte deste projecto. Já ando nisto há 26 anos, comecei no futebol de salão, depois passei para o futsal onde tenho representado vários clubes, incluindo o PCR onde já tinha sido campeão feminino. Quando recebi o convite tinha outros [Barreirense e Estoril] mas aceitei este com muito agrado. Estou extremamente satisfeito porque as pessoas têm sido incansáveis.

 

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