Pavilhão
foi peça fundamental para a sucesso…
PORTUGAL
CULTURA E RECREIO OBTÉM FEITO INÉDITO NO FUTSAL DA REGIÃO
Foi campeão distrital em seniores masculinos e em seniores femininos tendo elas conquistado também a Taça AF Setúbal. Nunca ninguém antes havia conseguido o mesmo.
Está a ser de facto uma
época notável fruto do excelente trabalho realizado a custo zero por um conjunto
de pessoas [jogadores, treinadores e direcção] que têm sabido aproveitar da
melhor maneira as magníficas condições proporcionadas pelo seu pavilhão,
construído com o apoio da Câmara Municipal do Seixal.
“Com muito trabalho,
empenho, dedicação e humildade de toda a estrutura, superámos as expectativas”,
contou o coordenador técnico Luís Sabrosa, ao nosso jornal.
Está
a ser uma época fantástica para o Portugal Cultura e Recreio!
Conseguimos um feito
histórico na região, ser campeões distritais na mesma época em seniores
masculinos e em seniores femininos, conseguindo elas, a dobradinha, porque
foram também vencedoras da Taça da Associação de Futebol de Setúbal. Superámos
as expectativas exigidas com muito trabalho, empenho, dedicação e humildade de
toda a estrutura.
É verdade. Estamos na fase que
dá acesso à subida, nos dois escalões. A equipa feminina está em primeiro lugar
em igualdade pontual com o Parchalense e tudo depende de nós. A equipa sénior masculina
perdeu com o Atlético, uma equipa de outra dimensão com jogadores já com algum
traquejo e foi também derrotada no passado sábado em Évora, mas ainda tudo é
possível. Se ganharmos os nossos jogos poderemos juntar o útil ao agradável e
subir também de divisão. É para isso que vamos trabalhar com todas as armas que
temos e com todo o respeito pelos adversários.
Mas
o PCR não é só futsal sénior também tem camadas jovens!
Sim, temos todos os escalões
excepto os juniores (que já estão garantidos para a próxima época). Os
Benjamins, que disputaram a fase final, estavam limitados porque tinham apenas
seis jogadores, mas fizeram um trabalho meritório e aqui temos que realçar o
trabalho do treinador porque eram todos jogadores de primeiro ano que nunca
tinham estado juntos devido à situação de Covid-19. Temos também os Infantis
que estão a fazer um torneio complementar acima da média. Foi pena o treinador
ter pegado na equipa já tarde porque houve uma transição mas estão a conseguir fazer
também um trabalho de mérito. Nos outros escalões, em alguns ficámos aquém do
esperado pelo facto de não haver atletas porque os pais ainda têm receio de colocar
os filhos a praticar a modalidade. Nós aqui no clube cumprimos na íntegra todas
as medidas de precaução e tentamos proteger ao máximo os atletas mas não
podemos ir contra a decisão dos encarregados de educação. Vamos trabalhar para
que na próxima época possamos ter mais atletas e que com uma maior divulgação
os pais deixem os seus filhos praticar a modalidade que gostam.
Como
tem sido possível obter estes resultados em tão curto espaço de tempo?
Principalmente devido às
condições de trabalho. Temos um pavilhão próprio que nos permite trabalhar de
forma diferente em relação a outros. Temos sete dias por semana para trabalhar e
não temos horários a cumprir, podemos treinar de manhã, à tarde ou à noite, é indiferente.
E depois, o excelente trabalho que já vem da época anterior com as mesmas equipas
técnicas, nos femininos o Carlos Sardinha e a Inês e nos seniores masculinos o
Miguel Bento que deixou de ser jogador à alguns anos atrás, um homem que
conhece bem o futsal e que na época passada já tinha disputado as meias-finais
com o V. Setúbal, uma equipa subsidiada, ao contrário da nossa que é totalmente
a custo zero porque andamos aqui por carolice. O trabalho tem sido excelente e
as coisas têm vindo a melhorar devido também ao apoio da direcção presidida
pelo Carlos Nunes que tem estado connosco em todos os momentos, se segunda a
domingo está sempre presente e quando é assim é óbvio que os resultados
aparecem mais dia, menos dia. Esperemos agora que haja seguimento dos outros
escalões e que estes continuem o bom trabalho que estão a desenvolver.
Como é lógico, estas situações
são planeadas com devida antecedência. Temos feito reuniões semanais com o
objectivo de prepararmos a nova época na eventualidade de subirmos ou na eventualidade
de ficarmos onde estamos. Temos que fazer as coisas atempadamente, não podemos
esperar pelo fim. Um trabalho para ser bem feito tem que ser assim. Já falámos
com as equipas técnicas para que as coisas possam fluir naturalmente, é
importante saber o que eles pretendem e o que nós lhes podemos dar. Não há
dinheiro mas pode haver um almoço ou um jantar e um ou outro incentivo para reforçar
tanto a equipa feminina como a equipa masculina e queira fazer parte da nossa
família.
Para
finalizar há algo mais que importe acrescentar?
Agradecer à direcção do
Portugal Cultura e Recreio o facto de me ter convidado para fazer parte deste
projecto. Já ando nisto há 26 anos, comecei no futebol de salão, depois passei
para o futsal onde tenho representado vários clubes, incluindo o PCR onde já
tinha sido campeão feminino. Quando recebi o convite tinha outros [Barreirense
e Estoril] mas aceitei este com muito agrado. Estou extremamente satisfeito
porque as pessoas têm sido incansáveis.
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