Guarda-redes
marcou o terceiro golo da sua equipa…
“SÓ TEMOS QUE AGRADECER O
FACTO DE NÃO TERMOS SIDO FALADOS COMO TALVEZ MERECÊSSEMOS SER”
“Sentimos sempre muita confiança
no trabalho efectuado dentro de portas, mesmo sabendo que não era valorizado
por outras equipas, por alguns sites desportivos ou jornais do distrito. Fomos sempre
vistos como os outsiders do campeonato e isso ajudou-nos imenso. Só temos que
agradecer o facto de não termos sido falados ou mencionados como talvez merecêssemos
ser. Não sei isso se deve ao facto de não ter as mesmas capacidades financeiras
/ logísticas ou mesmo visibilidade, ou nome, que grande parte dos outros clubes,
mas sentimos que nunca fomos seriamente levados como um possível candidato à subida”.
Sobre o jogo que deu a
subida, Pedro de Andrade diz que “foi encarado com muita seriedade e
tranquilidade porque o grupo sempre teve consciência do trabalho que estava a
ser feito desde a pré-época. Entrámos como fazemos sempre, com o pensamento de
que era apenas mais um jogo e que valia os mesmos três pontos que os outros 28
jogos que já tínhamos disputado, e o resultado está à vista. Mais uma vitória
categórica que nos levou à subida de divisão”.
Foi
o mister que mandou bater o penalti
Em relação ao penalti e ao
golo que marcou, o guarda-redes refere que não foi chamado por ser dia de festa.
“O resultado estava em 2-0, e, como sabemos, é sempre um dos resultados mais perigosos.
Foi o mister Ricardo Jesus que assim entendeu. Já tínhamos falado sobre essa
possibilidade, sempre mostrei total disponibilidade para marcar penaltis, fosse
ao minuto um ou ao minuto noventa. Neste jogo o mister decidiu que seria eu a
bater aquele penalti, apenas isso”.
Pedro de Andrade confessou
ao nosso jornal que este foi o seu primeiro golo. “Já há muito tempo que
gostava de ter esta experiência e tive-a agora, fui feliz e pude sentir a
alegria que os meus companheiros têm ao fazer um golo. Já tinha feito algumas
assistências mas um golo é sempre um golo, tem um gostinho especial. Tenho a
plena consciência que a minha função não é essa, é exactamente oposta, evitar
que os adversários sejam felizes, desta vez fui eu feliz da maneira que eles
gostam de ser”.
Tendo em conta a idade, o
seu futuro como jogador é, neste momento, uma incógnita, mas por aquilo que diz
está preparado para fazer mais uma época.
“Tenho a noção que a minha
carreira está muito perto do fim e isso deixa-me triste, custa-me imenso pensar
nisso porque a este nível não é o dinheiro que nos move. No meu caso, é o
sentimento de um amor enorme por este desporto que me faz abdicar de muitas
horas junto das pessoas mais importantes da minha vida, como minhas filhas,
minha mulher e meus pais. Mas, sinto-me preparado para mais uma época, tendo a
consciência que já não tenho 20 ou 30 anos, para que isso possa acontecer tenho
que me sentir útil. Mas, para ser sincero nesta altura o meu foco são os próximos
três jogos que aí vêm porque o campeonato ainda não acabou”.
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