ALCOCHETENSE»» Críticas ao Conselho de Disciplina - JORNAL DE DESPORTO

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

ALCOCHETENSE»» Críticas ao Conselho de Disciplina

Vice-presidente Pedro Giro, é a voz da revolta…

 


EM CAUSA ESTÃO OS CASTIGOS APLICADOS SOBRE OS INCIDENTES DO JOGO DE JUNIORES COM O AMORA

 

 

O dirigente do clube alcochetano conta tudo ao pormenor e mostra-se altamente indignado com a decisão tomada pelo Conselho de Disciplina da AF Setúbal.  

 

 

Pedro Giro, a voz da revolta...
"Neste momento o futebol do nosso distrito devido ao egocentrismo de quem o gere caminha para um abismo que vai ser preocupante a curto prazo e na pior das hipóteses até irreversível.


Na minha opinião estamos a entrar numa polarização em que começa cada vez mais a existir dois polos onde existem o “Nós e o Vós”.


Como dirigente com responsabilidades acrescidas no meu clube, Grupo Desportivo Alcochetense, e no qual onde há quase uma década vou com todo o empenho e carolice exercendo funções em prol do futebol e do clube que represento, venho sentindo cada vez mais, e de uma forma cada vez mais vincada, uma ambiguidade em vários aspectos sejam desportivos ou administrativos.



O exemplo deste “modus operandis" que se tem adaptado e implantado no futebol do nosso distrito é bem patente relativamente aos clubes representados profissionalmente em competição, onde os clubes do nosso distrito têm tido um visível decréscimo competitivo e representativo.


Clubes intocáveis



Existem clubes que parecem estar em bolsas de protecção onde permanecem quase como intocáveis ou naturalmente e estatutariamente beneficiários relativamente aos restantes. E porque falamos todos muitas vezes, existem pessoas que representam clubes há décadas onde durante muitos anos vão dando tanto do seu tempo, e são completamente “atamancados” pelos capitalistas das SADs e do cada vez mais “quero, posso e mando” e por cansaço começam a desacreditar numa realidade competitiva e justa, onde todos deveriam começar na mesma linha de partida, para não falar ainda do “fair play” financeiro que muito dava que escrever.


Exemplo disso são algumas decisões incompreensíveis do conselho de disciplina da AFS onde todos começam a perceber que muitas são decididas conforme “os ventos”. Os Árbitros para os jogos são nomeados conforme as “marés” e outras coincidências climáticas, que têm tornado estes últimos campeonatos numa série de tempestades, tornados e num turbilhão de decisões no mínimo estranhas e por vezes de coerência duvidosa.



Num jogo a contar para o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão de Juniores onde se defrontaram os líderes da prova; Amora SAD e GD Alcochetense, jogo que pessoalmente assisti e daí contar na primeira pessoa.



As ocorrências


No final da partida, e já após o apito final, depois de um jogo intenso e competitivo, os jogadores de ambas as equipas entraram em desacatos e vários elementos estranhos ao jogo entraram em campo.



No meio de toda a confusão houve um adepto da bancada do Amora SAD que, com uma mochila, tentou agredir um dos nossos jogadores que, em legítima defesa, se defendeu. Um dos nossos atletas momentaneamente desfaleceu devido a uma pancada e teve de receber assistência no momento pela nossa fisioterapeuta que felizmente acompanhava a equipa, e posteriormente teve de se deslocar ao hospital para ser assistido.


As forças policiais tiveram de ser chamadas para manter a ordem pois havia um elevado risco para integridade física dos nossos jogadores e restante staff. Eu, pessoalmente, após acalmar os nossos jogadores, tive o cuidado de me dirigir ao árbitro e lhe perguntar se estava a anotar tudo, disse-me para ficar descansado…


O Grupo Desportivo Alcochetense, devido ao facto de ser o clube adversário, enviou de imediato ao Conselho de Disciplina da AFS uma exposição a explanar o sucedido e solicitou o relatório do árbitro assim que disponível.


Para nossa resignação, ou não, e após conhecer a decisão disciplinar da AFS, o clube da casa foi apenas penalizado com 80 euros de multa e um jogador expulso. Ao invés, o GD Alcochetense, teve dois jogadores expulsos, um deles que se defendeu das agressões do adepto.


Relativamente ao recinto de jogo e talvez muito previsivelmente não houve suspensões, mesmo com o relatório do árbitro a reconhecer que houve invasão de elementos para o recinto do jogo.



Há cerca de 3 épocas atrás, por um adepto nosso ter entrado cerca de um metro no recinto de jogo sem nenhuma agressão do mesmo, o GD Alcochetense foi multado com o dobro do valor agora aplicado ao Amora SAD e levou o campo interditado por um jogo. Aqui entra de novo a história do “Nós e do Vós”.


Julgo que a minha indignação é igual à de muitos que todos os fins-de-semana sentem estas injustiças e se sentem impotentes, que trabalham arduamente durante a semana e que também merecem e têm o direito de serem reconhecidos.


Creio que o que todos (ou quase todos) queremos é uma associação cada vez mais unida, mais justa e forte, dentro e fora. Principalmente saudável e competitiva. E ter a noção que os “capitalistas” e as Sad vivem do futebol, e os “carolistas” vivem para o futebol, isso faz toda a diferença”.

 

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