Pages

quinta-feira, 7 de abril de 2022

BAILÃO»» Voltou a fazer aquilo que mais gosta no Almada

 

Tem marcado golos em todos os jogos…


 

DA EQUIPA TÉCNICA ANTERIOR DO BARREIRENSE ÀS FUNÇÕES DE JOGADOR EM ALMADA


 

 


João Antunes, mais conhecido por Bailão, um dos futebolistas mais conhecidos e credenciados da região, com passagem por vários clubes, Seixal, Vitória FC, Palmelense, Fabril, Zambujalense, Alfarim, Barreirense e Casa Pia.

 

Actualmente com 34 aos, Bailão havia arrumado as chuteiras como jogador para se dedicar à carreira de treinador, integrando a equipa técnica liderada por David Martins no Barreirense, mas por força das circunstâncias acabou por voltar a jogar futebol, ingressando no Almada que disputa a 2.ª Divisão da AF Setúbal.


 

A sua qualidade é inegável como tem ficado patente nos jogos disputados e em todos eles tem deixado a sua marca; ou seja, em todos eles tem marcado golos e já lá vão seis.


 

Em entrevista ao nosso jornal Bailão conta como tudo aconteceu.

 

 

Depois de teres feito parte da equipa técnica do Barreirense regressaste ao futebol como jogador no Almada. Como surgiu esta hipótese?

As duas primeiras épocas como treinador foram uma experiência muito marcante no meu clube do coração, com uma equipa técnica fantástica. Mas, depois da nossa demissão no final de Janeiro, abriu-se uma janela temporal para esta pequena aventura e então falei com a minha família e decidi aceitar, até final da época. A verdade é que, desde que parei em 2019, têm surgido vários convites para voltar a jogar, desde o Campeonato de Portugal até esta divisão, sendo que esta hipótese do Almada surgiu por intermédio do David Maside, que foi meu colega, e que me deu total liberdade para enquadrar esta aventura com as minhas responsabilidades profissionais e com a minha vida familiar.

 

Na equipa há gente conhecida e alguns ex-companheiros. Foi isso que te fez voltar a calçar as chuteiras ou o prazer de vibrar com os golos?

O facto de ter muitos ex-colegas e amigos no plantel e na equipa técnica pesou, sem dúvida, foi decisivo até porque alguns deles fizeram também a sua pressãozinha. Ainda assim, quando se trata de uma bola aos saltos sou como uma criança, eternamente apaixonado por calçar as chuteiras e jogar. Felizmente tenho ainda conseguido associar isso aos golos, que é um prazer único sem dúvida.


 

Estou a divertir-me e a ter prazer

 


No início da época o Almada chegou a ter vários pontos de vantagem, depois quebrou um pouco e agora está a voltar aos bons resultados. Acreditas que ainda pode terminar numa das posições que garanta a subida de divisão?

Encontrei na equipa um grupo de rapazes humildes e solidários mas também ambiciosos. Creio que há aqui matéria-prima para divisões superiores, e falo de gente mais nova que não conhecia, efectivamente. A equipa técnica também é jovem, metódica e ambiciosa. Estou certo que enquanto nos for possível vamos acalentar o sonho da subida, as condições de trabalho são as possíveis mas ainda assim penso que podemos derrotar qualquer adversário e por isso obviamente lutaremos até ao fim.  


 

Jogar na 2.ª Divisão Distrital não é desmotivante para um jogador habituado a outras andanças?

Fiz um percurso no futebol que me deixou satisfeito e realizado e deixei de jogar quando quis. Portanto, sinto-me livre para aceitar este ou qualquer desafio como uma possibilidade de me divertir e ter prazer. Estou a divertir-me e a ter prazer com estes treinos e jogos, com este grupo, e isso é independente da divisão em que se compete, sendo que a competição é algo que me alimenta e motiva naturalmente. Pode ver-se sempre o copo meio cheio ou meio vazio e futebol é sempre futebol, em qualquer nível. Nesta fase, há quem se vire para o padel, para o running, para o crosssfit ou para outras modalidades, mas eu gosto é de futebol e de competir, sendo então uma situação pontual e não me sentindo eu superior a ninguém nem a nada, não é de todo desmotivante.

 

 


Já me sinto treinador



Nos tempos mais próximos vais querer continuar como jogador ou pensas voltar ao cargo de treinador, se a oportunidade surgir?

Sinto-me livre e isso é o mais importante. Embora esteja agora a jogar, já me sinto treinador, estou a terminar o UEFA C e é por aí, ou até pela direcção desportiva que certamente darei seguimento à minha ligação ao futebol. Aliás, antes de abraçar este desafio, conversei com o David Martins que me deu também o seu apoio no sentido de o aceitar até final da época.


 

Há algo mais que queiras acrescentar?

Aproveito para paralelizar este espaço e o José Pina pelo seu trabalho, que garante alguma visibilidade aos clubes e aos intervenientes que, por gosto e paixão pelo jogo, conseguem algum reconhecimento por aquilo que fazem, promovendo o futebol da nossa região. Aproveito também para desejar um final de época sem "casos" com especial menção aos meus desejos da permanência do Barreirense no Campeonato de Portugal, do Alfarim na 1.ª Divisão Distrital e da subida do Vitória FC à Liga 2.

Sem comentários:

Enviar um comentário