Os
objectivos não estavam a ser cumpridos…
“CONTINUAREI
A TORCER PELO BARREIRENSE E A QUERER QUE ELE TENHA SUCESSO”
O técnico, que ficou com alguma mágoa por não ter conseguido cumprir os objectivos, entendeu que esta era a altura mais adequada para sair.
O nosso jornal falou com o treinador que explicou as razões por
que pediu a demissão do cargo.
“A minha saída do Barreirense teve a ver com a falta de
produtividade e com a falta de resultados positivos. Como treinador tinha que
assumir as minhas responsabilidades, que foram muitas. As coisas não estavam a
correr bem e esta pareceu-me ser a altura mais adequada para apresentar a
demissão”, começou por dizer.
De início as expectativas eram boas e a equipa até começou a ganhar, coisa que nunca mais voltou a acontecer.
“É verdade, ganhámos em Lagos onde fizemos um bom jogo mas depois
sentimos sempre muita dificuldade em obter resultados positivos. Empatámos alguns
jogos contra equipas de qualidade e mostrámos alguma competência mas nunca mais
conseguimos ganhar. As coisas pioraram e algo tinha que ser feito. Tenho muito
respeito pelo clube e pelas pessoas que o lideram. Mesmo saindo, continuarei a
torcer pelo Barreirense e a querer que ele tenha sucesso, mas não dava mais”.
Plantel
demasiado jovem
“Não quero justificar o meu insucesso com a juventude que existia.
Contudo, recordo que acabámos a época passada no dia 4 de Julho e iniciámos a nova
no dia 26; ou seja, tivemos apenas 15 dias para prepará-la e fazer o
planeamento para o Campeonato de Portugal. Isso dificultou a formação do
plantel mas ainda assim conseguimos recrutar jogadores com alguma qualidade,
mas todos muito jovens. A juventude é importante porque é irreverente mas não é
suficiente, tem que haver também alguma experiência e maturidade”, realçou o
técnico.
Para colmatar essa lacuna o clube procedeu recentemente a alguns
ajustes no plantel mas o plano não resultou porque a equipa foi goleada em
Évora.
“Demos de facto uma imagem muito fraca daquilo que é o valor da
equipa. O resultado expressivo espelha aquilo que foi o nosso jogo. Cometemos
muitos erros e deixámos o adversário jogar à vontade. É evidente que uma
derrota como esta, em termos anímicos causa efeitos adversos e difíceis de
gerir. Não me restava outra alternativa e no final do jogo, ainda dentro do
campo, reuni com os jogadores e com os dirigentes do clube que lá estavam, e
comuniquei a minha decisão, que foi aceite”, contou David Martins que ficou com
alguma mágoa por não ter conseguido cumprir os objectivos.
Ainda
nada está perdido
“Queríamos fazer uma época tranquila que permitisse ao clube
consolidar o seu estatuto e a sua posição nas competições nacionais, mas como
não estava a conseguir dar resposta às pretensões do clube, só me restava
apresentar a demissão, embora não estivesse ainda nada perdido porque para a
segunda fase todas as equipas partem com zero pontos e tudo se resolve em
apenas seis jogos”.
O ex-treinador do Barreirense, mais tarde ou mais cedo, vai querer
voltar ao activo mas não está ansioso por isso. “Não sabemos o que o futuro nos
reserva mas, como é óbvio, estarei disponível para ouvir propostas de clubes
que estejam interessados nos meus serviços. Depois, decidirei em consciência”.
A finalizar a nossa conversa, David Martins deixou uma palavra de
apreço às pessoas do Barreirense, nomeadamente da sua estrutura e da direcção,
que se “mostraram sempre solidárias e muito ligadas àquilo que era a minha
função de treinador”. Aos adeptos pede que continuem a acreditar no grupo de
trabalho, “é importante que continuem a apoiá-lo para que no final seja
possível alcançar aquilo que se pretende, a permanência no campeonato nacional”.
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