Treinador Carlos Sardinha e os objectivos da equipa…
“QUEREMOS
SER CAMPEÕES E GANHAR A TAÇA DISTRITAL”
Equipa seixalense, que está a fazer um excelente campeonato, terminou a primeira volta sem sofrer golos.
Carlos Sardinha sente orgulho nas suas atletas porque estão a
cumprir na íntegra tudo o que lhes tem sido pedido. As coisas estão a correr
bem e o objectivo traçado está mais perto mas o treinador faz questão de
salientar que ainda nada está ganho.
“O facto de termos terminado a primeira volta do campeonato sem sofrer golos é o culminar de um grande esforço colectivo. Tínhamos como principal objectivo fazer a primeira volta sem derrotas, e aqui importa salientar que fizemos mais três para a Taça Distrital que também concluímos sem sofrer golos. A equipa tem sido muito regular, mostrado boa atitude colectiva e todo o grupo de trabalho está imbuído num espírito verdadeiramente ganhador”, referiu a propósito Carlos Sardinha que gostaria de manter as redes da sua baliza invioladas mas reconhece que não vai ser fácil.
“O inevitável, mais tarde ou mais cedo vai acontecer. Nessa altura
vamos ter que ser fortes psicologicamente para não sofrer o segundo golo. A
equipa está unida e muito coesa no processo defensivo, isso ficou bem patente
no jogo com o Vitória de Setúbal que foi o que apresentou um grau de maior
dificuldade”, considera o treinador que revelou também outros pormenores sobre
o trabalho desenvolvido pela equipa que é constituída por um misto de juventude
e experiência. “As mais jovens transmitem irreverência e as mais velhas
transmitem tranquilidade. São apenas 11 jogadoras, um plantel curto mas equilibrado.
Nos treinos não conseguimos dissociar o processo defensivo do processo ofensivo
e daí marcarmos muitos golos nos jogos, ao contrário do que acontece nos
treinos, provavelmente porque trabalhamos bem tanto um aspecto como o outro”,
salientou.
Faltam
cinco finais
Em jeito de remate final, Carlos Sardinha deixou a sua opinião
sobre o momento actual do futebol feminino na região.
“Neste momento estão a tirar muita gente do futsal para o futebol,
compreendo os motivos mas há que realçar o empenho e o interesse das atletas
que abdicam de muitas horas da sua vida para treinar e jogar. Dou como exemplo
uma atleta que é polícia e chegou a dormir dentro do carro quando saiu do
serviço para conseguir estar a tempo e horas no jogo e uma outra atleta que se
deslocou de propósito de Santiago do Cacém, onde está a fazer um estágio
profissional, para Setúbal. E isto acontece sem nada receberem em troca. Devia
também ser feito um esforço maior para termos um campeonato com mais equipas”.
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