David Nogueira não tem dúvidas…
“VAMOS LEMBRAR-NOS DESTE
DIA PARA O RESTO DAS NOSSAS VIDAS”
Foi de facto um verdadeiro dia de festa para o clube, para os jogadores, equipa técnica e para os adeptos que compareceram em grande número no Estádio Alfredo da Silva.
Porque o jogo não se podia realizar no Juncal Desportos devido à
transmissão em directo pela Sport TV, a direcção do clube entrou em
conversações com o Desportivo Fabril para que fosse realizado no Estádio
Alfredo da Silva, como de resto veio a acontecer.
Pela primeira vez no seu historial a equipa da Moita tinha oportunidade de
defrontar uma equipa da 1.ª divisão do futebol nacional, ainda que se tratasse
de um jogo a contar para a Taça de Portugal, e os adeptos não indiferentes à
importância do momento resolveram comparecer em massa no estádio para apoiarem
os seus jogadores.
Uma hora antes de o jogo começar a azáfama já era grande no espaço
envolvente com adeptos muito ruidosos a ensaiarem os cânticos para colocarem em
prática lá dentro, e os automobilistas a procurarem espaço para estacionar
porque a polícia, por questões de segurança, havia colocado fortes restrições
no acesso à volta do recinto desportivo.
Formaram-se então enormes filas, com o público a ter de percorrer cerca de
600 metros para entrar no estádio. A bancada central foi-se compondo, o
ambiente era de grande festa e havia mesmo alguém a recordar os velhos tempos
da CUF.
Quando as equipas entraram em campo foi o delírio, muitos aplausos, muitas
bandeiras a serem agitadas e muita expectativa por parte dos adeptos da
Moitense para ver como a sua equipa se iria bater perante o actual detentor do
troféu.
Ficámos a saber que todos os bilhetes disponibilizados foram vendidos e
numa estimativa muito aproximada da realidade tudo apontava para a presença de
cinco mil espectadores; ou seja, uma das maiores enchentes dos últimos tempos.
Sobre o jogo já muito se disse nas televisões, nas rádios e nos jornais mas
há ainda uma ou outra situação que importa salientar, o pontapé de canto
conquistado aos 26 minutos e a boa organização defensiva da equipa orientada
por David Nogueira que foi resistindo ao assédio dos bracarenses até aos 40
minutos, altura em que sofreu o primeiro golo.
Na segunda parte entrou com o objectivo de surpreender e logo no primeiro
minuto esteve à beira de marcar num remate de Leonardo Leiro que foi travado
por Tiago Sá. Aos 55 minutos, na sequência de um canto, Bruno Rodrigues faz o
2-0 mas o Moitense não baixou os braços e aos 71 minutos voltou a ganhar um
pontapé de canto. Depois, o desgaste físico começou a acentuar-se e os
guerreiros do Minho acabaram por elevar o marcador, que no final registava 5-0.
“Foi um dia histórico”
“Acabou o sonho, mas por tudo o que se passou em campo, nas bancadas e por
aquilo que os jogadores fizeram, foi um dia histórico. Durante muitos anos
vamos lembrar-nos dele para o resto das nossas vidas”.
Sobre o andamento do jogo e o avolumar do resultado nos últimos minutos, o
técnico reconheceu que “a condição física do adversário é completamente
diferente e o andamento é outro. Nós sentimos isso mas aguentámos bem e continuámos
com as forças que tínhamos a batalhar até ao fim”.
“Em termos motivacionais este jogo por si só foi extremamente motivante,
nesse capítulo não tivemos grande trabalho. Os jogadores estão na lua mas agora
para os trazemos para terra vai ser mais difícil”, referindo-se à sua participação
no campeonato distrital.
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