Opinião de Nuno Ferreira conta a sua versão dos factos…
“QUANDO O GOLO FOI MARCADO ESTAVAM EM CAMPO 18 JOGADORES DE UMA DAS EQUIPAS"
O jogo entre os Pescadores e o Charneca de Caparica terminou envolto em polémica devido a um lance ocorrido nos instantes finais, já em período de compensação, que acabou por dar origem ao golo da vitória à equipa da Charneca de Caparica.
Com o intuito de esclarecer a opinião pública, o nosso jornal ouviu os dois
treinadores que têm opinião contrária sobre o assunto.
Nuno Ferreira, treinador da equipa da casa diz que em 27 anos de futebol
nunca viu uma coisa tão estranha.
“Duas equipas maduras, apesar de muitos jogadores jovens, que disputavam um
jogo sempre especial, um derby pela proximidade das duas localidades. Foram
raros ou nenhuns os momentos de supremacia de parte a parte, com muitos lances
disputados, muitos cantos de parte a parte e no geral o empate seria o
resultado mais justo pelo que se passou”, considera o treinador da equipa da
Costa de Caparica.
“À passagem do último minuto de descontos (5 minutos atribuídos pelo
árbitro) há um livre lateral a nosso favor que acaba por dar origem a um canto.
Uma bola batida ao segundo poste, acaba por ser finalizada por um dos nossos
avançados. No decorrer do lance poderá haver uma carga sobre o guarda-redes do
Charneca, assumo que sim, no entanto o árbitro assinala golo a nosso favor. A
euforia foi muita e jogadores suplentes e equipa técnica todos entraram dentro
do campo para festejar. Quem já ganhou um jogo no último minuto sabe o quão
especial é”. Mas, prossegue Nuno Ferreira, “em segundos o árbitro altera a
decisão e marca falta. Até aqui, confesso humildemente que tudo bem. O erro
existe, todos somos humanos e podemos falhar. Reconhecer o erro é uma virtude
ao alcance dos grandes homens. Aliás, este é um acontecimento que acontece no
futebol, não todos os dias, mas que sabemos que acontece”.
A gravidade da situação vem a seguir, conta Nuno Ferreira. “Ainda com todos
os jogadores convocados (18) e os elementos da equipa técnica (4) dentro de
campo a festejar efusivamente, assim como elementos da estrutura do Charneca
que protestavam a inicial validação do golo, o árbitro dá autorização para que
o jogo recomece através de livre a favor do Charneca. Ainda com a bola a rolar
o Charneca sai rapidamente para o ataque e numa jogada extremamente bem
executada pelo nosso adversário, chega ao 1-0 final”.
Os caparicanos ficaram incrédulos com o que se passou e adiantam que nunca
tinham visto um golo ser validado com 18 jogadores de uma das equipas em campo.
“Tocámos o céu e em poucos segundos chegamos ao inferno. Foi desastroso
perder assim por culpa alheia, sem responsabilidade no que se passou. Os nossos
adversários não têm a mínima responsabilidade do que se passou. Fizeram o que
lhes competia. Deixo uma Uma palavra final para os meus jogadores, reforçando o
carácter e personalidade que estes homens têm, foi difícil entrar no balneário
e ver o grupo completamente de rastos. No entanto, sei de que raça são feitos e
já na terça-feira darão a resposta que se espera”, rematou.
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