Foi o primeiro clube do saudoso Neno e Nuno Espírito Santo...
“SANTOANTONIENSE
QUER VOLTAR A SER UM CLUBE DE REFERÊNCIA A NÍVEL DE FORMAÇÃO”
O clube de Santo António da Charneca está de regresso ao futebol já esta época com uma equipa sénior, uma de Sub-22 e outras dos escalões de formação.
Ricardo Ribeiro foi eleito presidente do clube, em Junho |
O plantel
das duas equipas já está praticamente definido e até já foram realizados alguns
jogos de preparação; ou seja, tudo está a decorrer de acordo com o que havia sido
programado.
O clube
que tem uma nova direcção desde o mês de Junho, aproveitou o ‘empurrão’ dado
pela Câmara Municipal do Barreiro que investiu cerca de 400 mil euros na
requalificação do Campo do Olival, agora designado Campo José Marques da Silva
(Padeirinho), que passou a ter relvado sintético e novos balneários, para
retomar a actividade desportiva a nível do futebol que se encontrava
interrompida há bastante tempo.
Desta
forma, o Santoantoniense quer voltar a ser aquilo que já foi noutros tempos, um
clube de referência no futebol de formação por onde passou o saudoso Neno e
também o actual treinador do Tottenham, Nuno Espírito Santo, precisamente na
época de 1985 / 1986, ainda como Infantil, tendo depois na época seguinte
ingressado nos Iniciados do Desportivo Fabril. Quer isto dizer que o
Santoantoniense, em ambos os casos, foi o ponto de partida para carreiras de
sucesso.
Ricardo
Ribeiro, que já fazia parte da direcção há algum tempo, foi eleito presidente
do clube em Junho e de então para cá não se tem poupado a esforços no sentido
de dar o rumo certo ao clube que este ano completou 86 anos de existência.
Como surgiu a ideia de regressar à competição
depois de tanto tempo de ausência?
O nosso
clube foi fundado por causa do futebol e fomos uma referência durante muitos
anos. Formámos grandes jogadores mas depois devido a alguns problemas
financeiros ficámos sem capacidade para continuar. Agora, com a oportunidade
que a Câmara Municipal do Barreiro nos deu com o arrelvamento do Campo do Olival
e com a parceria que fez connosco, fazia todo o sentido regressar. Foi isso que
decidimos fazer e avançámos porque queremos dar uma nova vida ao clube através
deste projecto de futebol.
Quer dizer então que o arrelvamento do campo
foi fundamental para o regresso à competição?
Sim, sem
dúvida alguma, sem isso não seria possível. Estamos ainda no princípio e ainda
não sabemos ao certo quantas equipas e escalões vamos ter. De qualquer forma, é
uma certeza que vamos ter formação. Tem havido muita adesão de jovens e estamos
também a ser procurados por muita gente, desde atletas que representaram o
clube e querem voltar e outros de clubes vizinhos. O campo foi inaugurado numa
data muito tardia [Junho] porque se meteram logo as férias mas agora com o
regresso às aulas vamos ter certamente uma maior adesão de jovens.
Mas o clube não é só futebol, tem também outras modalidades?
Temos o xadrez, que é uma referência a nível nacional, temos também o kickboxing, dança, yoga e as actividades sociais que nesta altura de pandemia estão suspensas. Não tem havido fontes de rendimento mas esperamos que a situação seja ultrapassada em breve porque queremos tornar o clube mais dinâmico.
Como perspectiva o Santoantoniense num futuro
próximo?
O futuro
pode passar pelo futebol que quer voltar a ser uma referência no distrito sobretudo
a nível de formação. Não queremos que as crianças pensem apenas na competição
mas sim que daqui a alguns anos se lembrem do Santoantoniense como um clube que
os formou. Esperamos também desenvolver outras modalidades, trazer mais gente
nova para o clube e fazer coisas engraçadas.
Por falar em referências, o saudoso Neno foi
uma delas?
É
verdade, o Santoantoniense foi o seu primeiro clube. Ele tinha ido ao Barreirense
fazer um treino à experiência mas não ficou porque era muito pequenino,
disseram-lhe que havia um clube aqui em Santo António, ele veio e foi aqui que
começou. Mas para além do Neno temos também a informação que o Nuno Espírito
Santo, actual treinador do Tottenham, passou igualmente pelas nossas escolas.
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