Como jogador passou por todos os campeonatos nacionais…
"QUERO FAZER ESTA ÉPOCA O JOGO DE DESPEDIDA PARA DEPOIS ASSUMIR O CARGO DE
TREINADOR”
“Não me ofereço aos clubes e não peço favores a ninguém, se tiver que treinar será onde me queiram e onde acreditem em mim”, refere Paulo Catarino
Na última época representou o Brejos de Azeitão |
Como jogador tem um vasto currículo e muitas histórias para contar, sendo
uma delas a marca dos 300 golos, para cumprir uma promessa que havia feito à
sua mãe. Agora, que o seu percurso de jogador está a chegar ao fim, Paulo
Catarino quer abraçar definitivamente a carreira de treinador. Já teve duas
experiências como adjunto, uma de três anos no Torreense e outra de um ano do
Oriental Dragon, mas agora é da opinião que chegou a altura de se assumir como
treinador principal.
Não quer treinar só para dizer que é treinador, tem ideias bem definidas
sobre aquilo que quer colocar em prática nas suas equipas e pretende ser um
líder de proximidade com os jogadores.
Tanto quanto sabemos, está com vontade de se afirmar como treinador
principal. É realmente essa a sua intenção?
Sem dúvida que sim. Há muito tempo que é esse o meu objectivo, assim que
terminar como jogador. Após quatro anos como adjunto, três no Torreense no Campeonato
de Portugal e um ano no Oriental Dragon, sabia que mais tarde ou mais cedo
seria esse o caminho a seguir. No entanto, não quero ser treinador de redes
sociais, não quero treinar apenas para dizer que sou treinador, não quero
treinar a todo o custo, passando por cima de valores que sempre defendi como
atleta. Não me ofereço aos clubes, não peço favores a ninguém, se tiver que
treinar será onde me queiram, onde acreditem em mim e onde me dêem o mínimo de
condições para que quem trabalhe comigo acredite tanto quanto eu nos objectivos
que nos forem propostos.
Tem preferência por algum escalão ou divisão?
Tenho preferência por gente séria, honesta e realista. Por algum lado terei
que começar e quanto melhor forem as condições em termos de trabalho e de
matéria humana mais probabilidades de sucesso um treinador tem.
Tenho 49 anos, 43 deles a respirar futebol dentro do campo, tive mais de 50 treinadores em todas as divisões deste país, vivi experiências tremendas no futebol
Considera que a sua experiência como jogador poderá ser benéfica para a
carreira de treinador?
Não só considero benéfica como essencial a qualquer treinador. Tenho 49
anos, 43 deles a respirar futebol dentro do campo, tive mais de 50 treinadores
em todas as divisões deste país, vivi experiências tremendas no futebol, passei
por várias fases em termos de metodologia de treino, senti o pulso aos
balneários amadores e profissionais, sei o que os jogadores pensam e sentem nas
diversas situações que o futebol lhe proporciona e valorizo muito mais a
experiência do que a teoria. Portanto, tenho a certeza que as minhas vivências
no futebol serão determinantes em todos os processos de crescimento que terei de
passar como treinador.
Consta que Mourinho é seu amigo. Identifica-se com os seus métodos de
trabalho?
Infelizmente Mourinho não é meu amigo, porque nunca privei com ele. Mourinho
é o melhor treinador do mundo, acredito que goste de mim como pessoa porque
falei com ele por videochamada duas vezes quando estava no Manchester United, por
intermédio dos meus amigos Nuno Santos e Ricardo Formosinho. Para mim foi uma
enorme surpresa, soube que ele esteve a ver o meu reportv e bar da sportv e fez
questão de me ligar por videochamada a dar-me os parabéns e pedir-me que lhe
enviasse os vídeos dos meus golos porque queria ver como eu tinha sido como
jogador. Ainda brincou comigo dizendo que se fosse mais novo me levava para lá.
Nunca trabalhei com ele, nem sei os seus métodos de trabalho, mas sei que são
os melhores do mundo porque ninguém ganhou mais que ele. Sou, naturalmente, fã
dele enquanto treinador e enquanto pessoa.
OIÇA AQUI ALGUMAS HISTÓRIAS DE PAULO CATARINO
EM PODCAST RECORD
Para concluir, há algo mais que queira acrescentar?
Apenas dizer que espero ainda este ano fechar a minha carreira de jogador
fazendo um jogo de despedida para depois me dedicar definitivamente à carreira
de treinador. Neste momento tenho o II Nível pelo que só o futuro ditará se
ficarei por aqui ou se terei obrigatoriamente de investir em mais dois níveis,
caríssimos, se quiser atingir outros patamares. Serão os resultados que me vão
indicar o caminho a seguir.
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