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“SOU UM TREINADOR QUE GOSTA DE COMPETIÇÃO E DE TRABALHAR
NO LIMITE”
Paulo Bicho, de 45 anos, suspendeu a sua carreira de treinador na época passada quando treinava com sucesso a equipa de juniores de Atlético Clube de Arrentela que lutava pela subida de divisão quando a competição foi suspensa por causa da Covid-19.
Esteve um ano parado mas o
bichinho do futebol é muito forte e como tal agora está disposto a regressar já
esta época, mostrando disponibilidade para isso.
Paulo Bicho, recorda-se, foi
jogador de futebol. Fez toda a sua formação no Seixal Futebol Clube jogando nos
escalões de iniciados a seniores, depois ingressou no Arrentela, passou pelos
Pescadores, Cova da Piedade, Almada, Marítimo Rosarense, Luso e Botafogo.
Para ficarmos a saber o que
o levou a querer regressar ao futebol, o escalão em que pretende vir a
trabalhar e o que pensa sobre o papel do treinador em tempo de pandemia, fomos
ao seu encontro.
Depois
de uma breve paragem na carreira de treinador estás na disposição de regressar.
Isso quer dizer que já estavas com saudade do futebol?
Sim estou com saudades da competição e do treino, as duas coisas completam-se.
Sim, sinto saudades da envolvência com os atletas, saudades do balneário, foram
muitos anos como jogador e treinador e é difícil despegar do futebol. Saudades
do treino, de transmitir ideias, de treinar essas mesmas ideias e ver a
evolução do colectivo.
Quando suspendeste a actividade estavas a treinar os juniores do Arrentela. É neste escalão que pretendes regressar ou estás receptivo a outros escalões?
Sim, é verdade, estava nos juniores do Arrentela numa época que acabou com
um sabor muito amargo na boca. Uma época que foi muito boa, e bem-sucedida por
todo o conjunto, com excelentes resultados. O objectivo era a subida de
divisão, trabalhámos muito para isso e na semana que a competição foi suspensa tínhamos
ido ao Seixal fazer uma excelente exibição. Pessoalmente tenho como objectivo
trabalhar o melhor possível para atingir bons resultados. Gosto de trabalhar em
escalões a partir dos juvenis mas dou preferência a escalões superiores,
nomeadamente sub-22 e seniores, sempre com o objectivo e com exigência de
ganhar.
A
situação de pandemia que estamos a viver tem sido muito problemática para os
escalões de formação. Isto também veio complicar de alguma forma o trabalho do treinador?
A pandemia de covid-19 tem sido muito má para o desenvolvimento do atleta,
principalmente por estarem sem competição. Os treinos que tiveram que ser
suspensos deram lugar a treinos individuais mas como o futebol é um desporto
colectivo, só com um colectivo forte é possível ganhar. Na minha opinião o que
alimenta a semana de treino, é a competição, o lutar por ser titular, os
objectivos da tabela classificativa. Sem competição é difícil para o treinador
exigir e tirar o máximo rendimento do atleta porque ele sabe que não tem jogos
e os jogos que tiveram eram de pouca importância. Eu sou um treinador que gosta
de competição, gosta de trabalhar no limite e exigir muito porque só com
trabalho conseguimos bons resultados sejam desportivos, profissionais ou
humanos.
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