Na final
com o Monte de Caparica…
“VAMOS
ENTRAR EM CAMPO COMO FAZEMOS SEMPRE, COM O OBJECTIVO DE GANHAR”
Treinador
Paulo Martins está optimista e adianta que os setubalenses querem dignificar o
emblema que trazem ao peito.
Num breve balanço sobre aquilo que foi a caminhada da equipa vitoriana no campeonato, Paulo Martins refere que o Vitória tentou praticar sempre bom futebol mas houve também outras equipas que estiveram muito bem.
“Nós, encarámos este campeonato jogo a jogo, ficámos isentos na
primeira jornada, ou seja, começámos com menos três pontos que as equipas
vencedoras. Logo a seguir defrontámos o Comércio Indústria que tem uma equipa muito
boa, com miúdos que discutem o resultado, vencemos esse jogo e isso foi muito
importante. Seguiu-se o Lagoa da Palha que vencemos por margem bem dilatada devido
à forma séria como encarámos o jogo, porque às vezes o facilitismo leva-nos a
retardar as coisas. No Samouco fizemos talvez um dos nossos melhores jogos e na
jornada seguinte, numa semana muito difícil para nós, porque não pudemos contar
com quatro ou cinco jogadores que costumavam ser titulares, ganhámos ao
Botafogo. Mas, a grande rampa de lançamento foi o jogo que disputámos nos
Brejos de Azeitão contra um concorrente directo, não ganhámos é certo mas
também não perdemos, e fomos para a última jornada, para o jogo com o Sonho
XXI, dispostos a alcançar o objectivo”.
Trabalho foi a palavra de ordem e aí ninguém falhou, todos deram o
máximo e no fim saíram compensados porque conseguiram realmente o que queriam,
mas Paulo Martins recorda as dificuldades que sentiu de início.
“Olhando para trás temos
que ver que esta equipa começou a ser construída na semana em que começou o
campeonato. Nessa altura não tínhamos sequer um único jogador contratado
enquanto outros já tinham quatro e cinco semanas de trabalho na pré-época. Formámos
a equipa e entrámos bem frente ao Banheirense, depois fomos empatar ao Botafogo
e ganhámos ao Comércio Indústria, quando estávamos mais entrosados o campeonato
parou e isso complicou um pouco a nossa missão mas depois voltámos e nunca
fugimos ao trabalho. Os jogadores tiveram um grande sentido de responsabilidade
e quando regressámos nenhum deles veio com peso a mais e isso acabou por facilitar
o nosso processo. Depois, a mensagem que transmiti aos jogadores foi que não
podíamos tirar o pé do acelerador porque não havia espaço para recuperar de
algum percalço que pudesse haver e na verdade eles foram exemplares”.
Depois de na época passada ter subido de divisão com o Águas de
Moura, Paulo Martins voltou a sentir a sensação desta vez ao serviço da equipa
sadina e a juntar a isto há ainda o pormenor de estar há 39 jogos consecutivos
sem sofrer qualquer derrota.
“Para mim isso é um motivo de orgulho. É de facto a segunda vez
consecutiva que consigo subir de divisão em dois clubes diferentes e em dois projectos
iniciados basicamente do zero. Isto vem de encontro à ideia de jogo que tenho
mas também à qualidade dos jogadores que me acompanham e à competência de toda
a equipa técnica. Fico contente porque são já 39 jogos seguidos sem perder, se
não é recorde associativo não deve andar muito longe disso”.
Para o jogo da final com o Monte de Caparica que vai decidir quem
será o campeão, o treinador do Vitória Futebol Clube considera que “há 50% de
hipóteses para cada lado mas nós vamos entrar em campo como fazemos sempre, com
o objectivo de ganhar porque queremos dignificar o emblema, de um clube com 110
anos de história, que trazemos ao peito, mas para isso vamos ter que trabalhar
muito porque do outro lado vai estar certamente uma equipa que tem o mesmo
objectivo e que ficou também em primeiro lugar na outra série, sem derrotas”.
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