Vai ser um combate muito grande até ao fim, mas…
“NÃO FAZIA SENTIDO MUDAR
DE TREINADOR A QUATRO JOGOS DO FIM SE NÃO FOSSE PARA SUBIR DE DIVISÃO”
A Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde não começou o campeonato da forma desejada e em consequência disso a direcção do clube decidiu mudar de treinador e a estratégia resultou porque a partir daí têm sido só vitórias, a última das quais obtida no último domingo frente ao Zambujalense.
“O jogo foi disputado num
campo muito semelhante ao da Quinta do Conde, onde havíamos ganho ao Ginásio de
Corroios, mas a característica dos jogadores do Zambujalense é completamente
diferente dos jogadores do Ginásio de Corroios e é também uma equipa mais
adulta, que proporciona mais duelos que acabam causar alguns problemas aos
adversários, mas nós tínhamos preparado bem o jogo. A primeira parte foi mais
dividida, tentámos controlar a posse para manter a bola o mais longe possível
da nossa baliza para anular o processo ofensivo do adversário que tem jogadores
muito altos. Na segunda parte, com as alterações que fizemos, o jogo teve
apenas um sentido e o adversário praticamente não teve oportunidades. Nós tivemos
três ou quatro, concretizámos uma e ganhámos o jogo mas reconheço que o
Zambujalense foi uma equipa que nos deu muito trabalho porque está muito bem
organizada, é muito aguerrida, e tem um guarda-redes que foi o principal
causador do resultado não ter sido mais dilatado. Agora, vamos continuar o
nosso trabalho porque não há milagres e sem trabalho nada se consegue, não
basta carregar hoje no botão para amanhã aparecerem as coisas feitas”, disse o
treinador da ADQC, Paulo Bento.
Equipa teve uma falsa partida
Habituado a outros
palcos e outros tipos de competição, tanto em Portugal como no estrangeiro, o
técnico confidenciou ao nosso jornal que nunca lhe passou pela cabeça poder um
dia vir a treinar a ADQC na 2.ª Divisão Distrital.
“Vim por intermédio de
uma pessoa que faz parte da estrutura do clube com quem já havia trabalhado anteriormente.
Pediram-me para fazer os jogos que faltavam jogos esses que poderiam dar uma
possível subida de divisão e, como eu geralmente não viro a cara a quem colabora
comigo de forma positiva, acabei por aceitar. Até agora estou satisfeito porque
as pessoas têm sido cumpridoras e concordam comigo no que respeita ao rigor que
deve existir numa equipa de futebol. Nestas divisões os jogadores não recebem
nada mas tem que haver responsabilidade, é essa a mentalidade que através dos
meus métodos tenho vindo a implementar e na verdade eles têm-se mostrado
disponíveis nesse sentido”.
Sobre a
forma como o campeonato tem vindo a decorrer, Paulo Bento é da opinião que “a
ADQC teve uma partida em falso, com um empate e uma derrota nos dois primeiros
jogos. Agora vamos tentar recuperar, mas, para isso ser possível, temos que
vencer os jogos que faltam. Sabemos que não vai ser fácil porque cada equipa
tem as suas características e tanto o Monte de Caparica como o Trafaria se
apresentam muito fortes. De qualquer forma, nós estamos preparados e o nosso
objectivo passa por ganhar, não escondemos isso. Vamos
tentar ultrapassar os nossos adversários à custa da qualidade do nosso jogo, da
entrega, dedicação, seriedade e empenho dos nossos jogadores”, realçou.
Vitórias trazem motivação
Quanto aos objectivos, o
treinador da ADQC não esconde o jogo. “As vitórias seguidas que conseguimos nos
dois últimos jogos trouxeram-nos uma grande motivação, por isso não escondemos
que o objectivo passa claramente por subir divisão, senão não fazia sentido
terem mudar treinador a quatro jogos do fim. Já agora deixo uma palavra ao
treinador que saiu, terá desenvolvido certamente um bom trabalho mas há coisas
que são difíceis de controlar e o elo mais fraco é sempre o treinador. Penso
que as relações entre as duas partes continuam boas. Aliás, posso dizer que
tive uma conversa com ele, pessoa que eu já conhecia numa das minhas passagens
por Macau onde ele foi jogador. No dia da minha apresentação, que foi o último
treino dele, tivemos uma conversa que durou alguns minutos. É assim que se deve
estar no futebol, com este tipo de convivência entre treinadores, por isso foi
tudo bem feito. Agora o mais importante é alcançar o objectivo mas para isso
teremos que trabalhar muito porque os nossos adversários também pensam da mesma
forma, vai ser um combate muito grande até ao fim”.
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