Associados voltaram a confiar no presidente…
“OBJECTIVOS PARA O NOVO MANDATO PASSAM PELO REFORÇO DA DINÂMICA JÁ
EXISTENTE”
Aumentar o número de atletas, continuar a somar títulos de campeão e prosseguir com a transformação em curso no Juncal estão também nos planos para os próximos anos.
Em entrevista ao nosso
jornal, o presidente do clube mais representativo da Moita fala dos objectivos
para o novo mandato, recorda como aconteceu a sua ligação ao clube, da forma
como tem vindo a evoluir e do excelente desempenho que a sua equipa de futebol
sénior está a ter esta época que pode voltar a colocar o clube no roteiro da
Taça de Portugal.
Acaba de ser reeleito
presidente da direcção do Moitense. Que representa para si esta reeleição?
Esta
reeleição, e consequente entrada para o décimo primeiro mandato, representa
acima de tudo uma oportunidade de mais dois anos para continuar a acrescentar
mais ao que até aqui foi conseguido com muito esforço, empenho e dedicação.
Quais são os
objectivos para o novo mandato?
Os
objectivos para o novo mandato assentam em termos desportivos, no reforço da
enorme dinâmica já existente. Temos todas as condições para aumentar significativamente
o número de atletas, e, com isso, uma afirmação ainda maior do estatuto que por
direito próprio nos pertence. Continuar a somar títulos de campeão é algo que
temos sempre no pensamento. Continuaremos a transformação em curso no espaço do
Juncal, até que sejam atingidos todos os objectivos que temos em mente para
aquele lugar, e que a exemplo do que tem sido prática, são de elevada ambição.
A minha
ligação ao Moitense remonta à minha infância. Nasci na Moita há 61 anos, vivi
ao lado de uma antiga sede do clube, onde jogava matraquilhos e ping-pong com
outros miúdos daquela rua, e desde muito cedo os directores deixavam-me pintar
o placard que anunciava os jogos dos juvenis, juniores e seniores, únicos
escalões existentes na altura. Em 1975, com 15 anos ingressei nos juvenis, e
nesse ano entrei para sócio. Na segunda época nesse escalão, 1976/77, atingimos
de forma brilhante, o Campeonato Nacional. Na época desportiva 1998/99, o meu
filho pediu-me que o levasse aos Infantis do Moitense. Assim que entrei a
porta, disseram-me, não vens apenas trazer o teu filho, vais ficar cá connosco.
Assim foi, exerci tarefas de treinador nos dois primeiros anos, vice-presidente
no terceiro, e de seguida presidente. Assim se passaram 23 anos.
Que diferença existe
entre aquilo que era e aquilo que é nos dias de hoje o Moitense?
Vinte anos
se passaram desde que sou presidente do União FC Moitense, e no que respeita a
diferenças físicas, o que está à vista fala melhor que eu. Sem a transformação
operada e ainda em curso, o Moitense estaria condenado a não ter presente, e
muito menos futuro, tudo o resto vem por acréscimo. No entanto, e independentemente
de tudo isso, absolutamente indispensável para que no contexto actual o clube
seja em termos desportivos aquilo que hoje é, a aquisição do velho campo do
Juncal por usucapião na primavera de 2005, na qual me empenhei e consegui,
assim como vedar o espaço exterior onde se localiza o campo número 2, foi algo
que prometi a mim mesmo, como forma de obrigar ao respeito pelo espaço do
Moitense, o que antes não acontecia. Pessoalmente tratei também de registar,
legalizar o que devia estar mas não estava registado em nome do clube. O museu
do União FC Moitense, inaugurado em 31.01.2008, é também uma muito agradável
realidade.
Esta época a equipa
de futebol sénior tem tido um excelente desempenho. Como presidente do clube
como vê esta realidade?
Sem dúvida
que a nossa equipa sénior tem tido na presente época um excelente desempenho.
Tal como ninguém sai às pedras da calçada, também aqui nada acontece por acaso.
Possivelmente, temos o mais parco orçamento do campeonato. No entanto, tudo o
que envolve o plantel funciona com o máximo profissionalismo, dentro do
amadorismo. Este é o segredo para o sucesso.
Tendo em conta a
classificação tudo aponta para que a equipa volte a participar na Taça de
Portugal. Isso é importante para o clube?
O nosso
primeiro objectivo era fazer um campeonato tranquilo e garantir o mais cedo
possível a manutenção. Devido à paragem por razoes sobejamente conhecidas
regressámos à prova sem pressão, mas com o pensamento num lugar que nos permita
representar o concelho da Moita na próxima edição da Taça de Portugal. A última
vez foi em 2004, e fizemos história ao eliminar o Camacha treinado na altura
pelo mister Leonardo Jardim. Aconteça o que acontecer, é muito importante não
só para o clube, como também para a afirmação do futebol concelhio, voltar a
ter um representante na Taça de Portugal.
Em termos desportivos
a nova época já está a ser preparada?
Com
os Órgãos Sociais eleitos, estão reunidas as condições para começarmos a
preparar a próxima temporada. No entanto, todos os esforços estão concentrados
na presente época desportiva, mais uma em que o União FC Moitense, provou
efectivamente o que é ter Mérito Desportivo. Mas como é evidente, isto é
entendido apenas por entendidos em desporto, e quem conhece o verdadeiro
significado das palavras atleta e dirigente desportivo.
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