Presidente tem a convicção que a retoma não vai correr bem…
FALTA DE VERDADE DESPORTIVA E PROTECÇÃO DOS ATLETAS NA BASE DA DECISÃO
Alcochetanos sempre defenderam o final das provas em todas as reuniões por entenderem não haver condições para a retoma.
Na sequência de alguns rumores que pairavam no ar sobre essa hipótese, o
nosso jornal contactou o presidente do clube, Nuno Reis, que confirmou a
informação que havia chegado ao nosso conhecimento.
“É efectivamente verdade que o Alcochetense não irá participar na retoma do
campeonato, se é que se pode chamar campeonato ao que irá acontecer. Desde a
interrupção, em Janeiro, que o Alcochetense defendeu o final das provas em todas
as reuniões entre a AF Setúbal e os clubes. No nosso entendimento não existia,
nem existe, condições para uma retoma das competições. A fase inicial do
campeonato foi uma confusão generalizada e temos a convicção de que a retoma
não irá correr melhor. O único objectivo que está subjacente nesta retoma, é
encontrar um clube para a AF Setúbal indicar a fim de subir ao Campeonato de
Portugal na próxima época, mas a pergunta que se coloca é se a FPF vai mesmo
solicitar às diversas Associações a indicação de clubes para subirem. Com a confusão
instalada nos diversos campeonatos distritais, temos algumas dúvidas que isso vá
acontecer, basta olhar para a posição inicial da FPF na época passada”, refere
o presidente do clube alcochetano que tem a convicção de que a retoma não irá
correr bem.
“A falta de verdade desportiva e a protecção dos nossos atletas ao nível
físico e pessoal estão na base da nossa decisão. Como é possível que ao fim de
mais de três meses parados, os atletas possam iniciar uma competição com apenas
15 dias de preparação. Vamos ver o que vai acontecer”, diz expectante Nuno Reis.
O presidente do Alcochetense esclareceu entretanto que a decisão tomada “ não
tem propriamente nada a ver com a Associação de Futebol de Setúbal porque até foram
os clubes que tomaram individualmente a sua posição com base numa proposta
apresentada pela AFS, achamos apenas que não existe condições para retomar
porque a pandemia infelizmente não acabou, e voltarão a existir novos casos de
Covid nos planteis, existirão novamente jogos adiados e continuaremos a ter
equipas com diferentes números de jogos, facto que não contribui para a mínima
verdade desportiva e a confusão vai continuar. Para além disso, se não for
possível concluir o campeonato, poderá gerar desconforto entre os clubes que
ambicionam a subida de divisão. Não querendo parecer demasiado pessimista,
desejo ainda assim que se consiga chegar a um bom fim”.
“A decisão tomada resultou duma reunião entre a direcção, equipa técnica e capitães
de equipa, que após avaliação cuidadosa de todas as informações existentes, e
considerando os prós e os contras, chegámos à conclusão que era melhor não
retomar o campeonato. Um dos pontos fortes deste clube é a solidariedade, logo,
qualquer que fosse a decisão seria aceite por todos”, deixou bem vincado Nuno Reis.
Resta acrescentar que o Grupo Desportivo Alcochetense até à suspensão do
campeonato, em Dezembro do ano passado, havia realizado apenas dois jogos, na
primeira jornada em Alcochete (0-0) com o Vasco da Gama de Sines e na segunda
jornada, em Setúbal, onde perdeu com o Comércio Indústria, por 3-1. Seguia na
tabela classificativa em 13.º lugar com apenas um ponto.
A decisão tomada pelo Grupo Desportivo Alcochetense afecta também a equipa
B que disputava o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão.
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