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sábado, 6 de março de 2021

ÉLIO SANTOS»» No GD Alfarim não houve casos positivos


Jogadores sempre tiveram vontade de continuar a treinar e jogar…

 


“TRABALHAR NESTAS CONDIÇÕES DE PÁRA-ARRANCA NÃO É NADA AGRADÁVEL”

 



Élio Santos, um dos treinadores mais experientes do futebol distrital, nunca pensou que uma situação como aquela que estamos a viver pudesse vir a acontecer. Mostra-se preocupado com os efeitos da pandemia mas revela que a sua maior preocupação sempre foi treinar e jogar e adianta que raramente o assunto foi abordado no balneário. 
  


Na conversa que tivemos Élio Santos fez questão de salientar o facto de no Grupo Desportivo de Alfarim não ter havido nenhum caso positivo de covid-19.


“As regras de segurança impostas pela Direcção Geral da Saúde foram sempre cumpridas e em consequência disso nunca deixámos de trabalhar, excepto agora neste período porque fomos obrigados a isso”, realçou.



“Tenho 28 anos de treinador e nunca pensei que uma coisa destas pudesse vir a acontecer. Nós treinamos em função do jogo porque é ele que nos dá alma. Trabalhamos diariamente para que as equipas fiquem mais dinâmicas e para que o processo de sistematização seja feito com rigor e, mesmo assim, já é difícil colocar a equipa a jogar aquilo que queremos, para ganhar. Quanto mais agora com esta situação”, referiu a propósito das consequências da paragem forçada.

 

Élio Santos adiantou que cumpriu sempre as regras de segurança, uso de máscara e higienização, mas confidenciou que “raramente falei no assunto aos jogadores, que mostraram sempre vontade de continuar a jogar e treinar, para fazer esquecer a situação que é falada a todo o momento, em todos os sítios”.

 


Sobre a pandemia e algumas das regras impostas pelo estado de emergência, o treinador do Grupo Desportivo de Alfarim mostra-se algo descontente.


“Acredito que não é fácil lidar com a situação e decidir mas parece-me que há aqui algum jogo de interesses. Há coisas que não dá para entender e cito apenas um exemplo. Ainda hoje fui comprar o almoço e não pude comprar um sumo mas ao lado num supermercado já o podia fazer. Portanto, em minha opinião temos que continuar a vida como ela é, a ter preocupações garantidamente mas também temos que quebrar esta onda que nos vai inundando diariamente através das notícias divulgadas pela comunicação social”.



Voltando à vertente desportiva, Élio Santos acrescentou que “trabalhar nestas condições de pára-arranca não é nada agradável porque o processo de treino deve assentar sempre na sistematização para que os seus jogadores a devido tempo possam ter determinadas competências de forma estruturada e um maior entrosamento. Se o campeonato recomeçar teremos que ter duas ou três semanas para poder aplicar as ideias, mas é muito complicado, é um ano completamente estragado. Nada nos garante que as coisas possam correr bem e que não haja mais casos de covid”. 


E, a finalizar deixou a sua opinião sobre a forma de resolver a questão da competição. “Se o campeonato começou deve acabar. O Alfarim tem um orçamento modesto mas há que olhar bem e respeitar os clubes que investiram muito neste campeonato. Sei que há gente preocupada e eu se estivesse no lugar deles também estava”.   

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