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domingo, 7 de fevereiro de 2021

QUINTA DO CONDE»» As dificuldades causadas pela pandemia

 


Não tem sido fácil lidar com a situação…



“ESPERAMOS QUE NÃO SEJAM TOMADAS DECISÕES AVULSAS SE AS PROVAS NÃO CHEGAREM AO FIM”


 

Presidente Joaquim Tavares diz que a ADQC foi na época passada a única equipa prejudicada, em todo o futebol distrital.

 

 


A Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde ainda não esqueceu o que se passou a época passada com a sua equipa de futebol sénior que foi impedida de subir à primeira divisão devido a uma decisão algo controversa e o seu presidente lança o alerta para que esta época não voltem a haver prejudicados, se o campeonato não terminar.


Joaquim Tavares, nesta entrevista, falou dos problemas que afectam o clube em tempo de pandemia, das dificuldades sentidas para gerir a situação, da falta de receitas, da forma como o campeonato tem decorrido e adiantou que não subscreveu nenhuma das duas listas concorrentes às eleições da Associação de Futebol de Setúbal. 


 

Quais são os maiores problemas que estão a afectar o clube neste tempo de pandemia?

O simples facto dos treinos terem que decorrer de forma limitada é desde logo um problema complicadíssimo. No caso dos seniores, sub-22 e futsal, as intermitências e agora a interrupção das competições representam um problema acrescido e cujas consequências ainda se desconhecem, uma vez que não sabemos se haverá condições para o recomeço das mesmas.


 

Certamente não terá sido fácil viver com a situação?

Não é nada fácil lidar com esta situação tanto do ponto de vista organizacional, como emocional e competitivo. A falta de convívio quer de atletas quer de adeptos prejudicam sobremaneira a ligação ao clube. Estes são efeitos tão nefastos que vão perdurar muito para além da pandemia. Estamos a fazer treinos online, sobretudo nos escalões de formação, de modo a que os atletas mantenham a actividade física possível.

 

Como tem sido possível sobreviver sem a entrada de receitas?

Nos clubes portugueses já é difícil viver com as receitas habituais. Perdendo uma grande parte dessas receitas, torna-se quase impossível, sabendo que muitas despesas se mantêm. Não fossem os apoios que a Câmara Municipal de Sesimbra vai mantendo e seria de todo impossível superar esta fase.

 


Qual a sua opinião sobre a forma como tem vindo a decorrer a época desportiva?

Estava nas mãos dos clubes e da Associação de Futebol de Setúbal dar início ou não aos campeonatos. O que nem clubes nem Associação poderiam controlar era a actividade do vírus. Os atletas amadores comportam um risco de contágio e propagação muito superior ao dos profissionais, na medida em que, para além do círculo do clube e familiar inserem-se também no círculo profissional ou escolar. Desde logo era previsível que vários jogos tivessem que ser adiados, o que tem vindo a acontecer. Contudo, a grande maioria dos clubes, onde a ADQC se incluiu, votaram pela realização dos campeonatos, a uma só volta. Portanto, nada há a obstar em relação à realização das provas. Esperemos que as mesmas possam chegar ao fim. No entanto teremos que ser corajosos, sensatos, responsáveis e altruístas para só recomeçarmos as provas se estiverem reunidas as condições sanitárias em que os intervenientes não sejam vítimas ou motores de contágio e propagação do vírus. 

 

 


As eleições e a injustiça da época passada

 

Na Associação de Futebol de Setúbal vai haver eleições. Que pensa sobre o facto de virem a ser disputadas por duas listas?

É sempre importante os eleitores poderem escolher entre duas ou mais alternativas. Como é sabido, a ADQC não subescreveu nenhuma das listas. Assim sendo esperemos que os clubes façam a escolha que melhor sirva os interesses do futebol. 

 

Quer salientar algum facto importante que não tenha sido abordado?

Esperemos que, caso as provas não cheguem ao fim, não sejam tomadas decisões avulsas, com regras diferentes para cada um dos campeonatos, tal como sucedeu na época passada. Se o campeonato tivesse chegado ao fim, teria havido uma descida da 1.ª para a 2.ª divisão e uma subida para o Campeonato de Portugal. Logo dar-se-iam duas vagas na 1.ª divisão. Como houve uma desistência na 1.ª divisão, teria forçosamente que haver três subidas. Foi assim que se procedeu sempre na AFS e foi assim que aconteceu nos escalões de formação, onde não houve descidas de divisão e se fez um alargamento para permitir subidas. As desistências foram completadas com subidas suplementares. Por exemplo no escalão de iniciados subiram cinco equipas da 3.ª à 2.ª divisão e outros exemplos se poderiam dar. No caso dos seniores, a AFS optou por não fazer descidas nem alargamento e usar um critério de desempate diferente do usado para os escalões de formação. Aliás, sempre defendi que não deveria haver descidas e deveria haver alargamento. Esta decisão da AFS tornou a ADQC na única equipa desportivamente prejudicada, em todo o futebol distrital, com o COVID 19.

 

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