Delmino Pereira esteve na
Assembleia da República…
“QUANTO MAIS TEMPO ESTIVER PARADO O DESPORTO MAIS
DIFÍCIL SERÁ VOLTAR A ATRAIR OS JOVENS”
Delmino Pereira explicou que o regresso da actividade
competitiva é essencial para que os jovens que se afastaram do desporto, devido
às medidas de confinamento, regressem à actividade desportiva, com todas as
vantagens em termos de saúde pública e de desenvolvimento pessoal e social dos
jovens. Quanto mais tempo estiver parado o desporto mais difícil será voltar a
atrair os jovens.
“É
necessária a concretização, o mais rapidamente possível, de um plano de retoma
do desporto. Este plano terá de garantir uma coerência de medidas sanitárias em
todo o território, de modo a que não haja decisões sanitárias diferentes em
distintos locais. Além disso, será essencial um fundo de apoio à retoma da actividade
competitiva, porque à crise sanitária vem juntar-se uma crise económica que
dificultará a realização de eventos. Estas medidas são fundamentais para que o
desporto possa avançar e darão um sinal importante para a sociedade. Até ao
momento, a Assembleia da República rejeitou as propostas que o sector do
desporto foi apresentando. Essa recusa é profundamente lesiva os interesses do
desporto, porque legitima outras entidades, como autarquias ou empresas, a
alhear-se do desporto e a não considerarem este sector prioritário”, considera Delmino Pereira.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo
reivindicou medidas de incentivo para os dirigentes desportivos benévolos,
pessoas que não são remuneradas pelo trabalho que desenvolvem no desporto de
base e que terão um papel de grande importância para fazer regressar os jovens
ao desporto, sobretudo num contexto de maior exigência organizativa, também em
termos sanitários.
Delmino Pereira apontou duas medidas concretas, com as
quais o Estado poderia reconhecer a relevância do esforço dos dirigentes
desportivos voluntários e não remunerados: uma bonificação para efeitos de
acesso à reforma antecipada e um benefício fiscal, ambos em função do tempo despendido
pelos dirigentes.
“Os
dirigentes são uma força de trabalho invisível, mas central para o
desenvolvimento das modalidades desportivas. A ausência de incentivos concretos
afunda a motivação de uma comunidade que trabalha de forma voluntária, constituindo
a rede que sustenta o desenvolvimento desportivo de base”, afirma o presidente da Federação.
Sem comentários:
Enviar um comentário