Presidente do clube sem papas na língua…
“A VERDADE DESPORTIVA DESTE CAMPEONATO HÁ MUITO QUE ESTÁ
MELINDRADA”
A haver retoma do campeonato tem obrigatoriamente que ser feita realizando em primeiro lugar os jogos em atraso, diz o presidente Filipe Gomes.
Filipe Gomes, presidente do Grandolense, na conversa que teve
connosco manifestou o seu desagrado por algumas decisões tomadas sendo uma
delas a forma como o campeonato tem vindo a decorrer.
“Discordamos completamente do que tem sido esta época
desportiva. Desde o princípio que fomos firmes opositores ao início dos
campeonatos por considerarmos não existirem condições para que os mesmos se
realizassem, em segurança para todos. Éramos apenas quatro ou cinco clubes que
partilhávamos esta opinião e acatámos a decisão. Mas a verdade é que o nosso
plantel sénior, em 3 meses, apenas realizou três jogos oficiais. Realizámos em
média, apenas um jogo por mês, cumprimos escrupulosamente os nossos
compromissos para com os atletas, aliás, como é hábito nesta casa. Consideramos
que a decisão tomada por maioria de dar início aos campeonatos distritais só
veio prejudicar os clubes porque agravaram as suas situações financeiras. Congratulamo-nos
por, hoje em dia, muitos clubes terem mudado a sua posição, dando-nos razão”,
referiu.
Crise
financeira
O presidente do clube alentejano reforçou a sua posição
adiantando que “a verdade desportiva deste campeonato há muito que está
melindrada, mas há que tomar decisões para que nenhum clube saia prejudicado no
meio disto tudo. A haver retoma do campeonato, essa retoma tem obrigatoriamente
que ser feita realizando em primeiro lugar os jogos em atraso. Não é plausível
existirem equipas com cinco jogos e outras com apenas um”.
Em relação aos problemas de ordem económica, Filipe Gomes,
disse que neste momento “tal como muitos outros clubes, atravessamos uma crise
a nível financeiro porque as receitas são praticamente nulas e muita da despesa
se mantém com pagamentos de água, luz, rendas de compra de veículos”.
O dirigente associativo confessou, entretanto, que não tem
sido fácil lidar com a situação. “Temo-nos vindo a adaptar, embora com alguma
dificuldade. A opção que tomámos foi reduzir muito o orçamento que tínhamos
previsto. No nosso clube pautamo-nos sempre pela responsabilidade, e este caso
não foge à regra, pois a saúde está sempre em primeiro lugar. O nosso clube tem
sobrevivido graças ao apoio de alguns patrocinadores, às rendas que recebemos
do aluguer das sedes sociais e ao facto da nossa autarquia ter vindo a cumprir
na íntegra com o protocolo estabelecido connosco”.
Eleições
na AF Setúbal
As eleições para a Associação de Futebol de Setúbal, que vão
ser disputadas por duas listas, também foi tema de conversa. “Consideramos que,
em democracia, é sempre bom haver concorrência e mais do que uma hipótese para
escolher, se aproveitarmos as melhores propostas, apresentadas pelas duas
listas, os objectivos da AF Setúbal sairão reforçados. Até seria salutar a
existência de mais. Contudo, não concordamos com a forma como é feita a
subscrição das listas, nem deveria ser obrigatória esta subscrição. Para bem da
AFS, não deveria ser obrigatória a subscrição das listas, ou seja, desde que os
requisitos para a eleição fossem cumpridos, qualquer lista poderia ir a votos.
Em democracia, a concorrência entre listas candidatas e o confronto de ideias
só beneficiará a própria a Associação”, fez questão de salientar Filipe Gomes que
aproveitou para deixar uma mensagem aos nossos leitores e em especial aos
adeptos do clube. “A saúde é o bem mais precioso que temos. Como tal, temos que
a defender e preservar”.
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