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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

GRANDOLENSE»» O momento actual do futebol distrital

 


Presidente do clube sem papas na língua…


 

“A VERDADE DESPORTIVA DESTE CAMPEONATO HÁ MUITO QUE ESTÁ MELINDRADA”

 


A haver retoma do campeonato tem obrigatoriamente que ser feita realizando em primeiro lugar os jogos em atraso, diz o presidente Filipe Gomes.


 


Esta época desportiva tem vindo a decorrer a conta-gotas e a insatisfação é grande por parte da maioria dos clubes que estão privados de competir e ao mesmo tempo a passar por uma acentuada crise de ordem económica, porque não há receitas.

 

Filipe Gomes, presidente do Grandolense, na conversa que teve connosco manifestou o seu desagrado por algumas decisões tomadas sendo uma delas a forma como o campeonato tem vindo a decorrer.

 

“Discordamos completamente do que tem sido esta época desportiva. Desde o princípio que fomos firmes opositores ao início dos campeonatos por considerarmos não existirem condições para que os mesmos se realizassem, em segurança para todos. Éramos apenas quatro ou cinco clubes que partilhávamos esta opinião e acatámos a decisão. Mas a verdade é que o nosso plantel sénior, em 3 meses, apenas realizou três jogos oficiais. Realizámos em média, apenas um jogo por mês, cumprimos escrupulosamente os nossos compromissos para com os atletas, aliás, como é hábito nesta casa. Consideramos que a decisão tomada por maioria de dar início aos campeonatos distritais só veio prejudicar os clubes porque agravaram as suas situações financeiras. Congratulamo-nos por, hoje em dia, muitos clubes terem mudado a sua posição, dando-nos razão”, referiu.



Crise financeira

 

O presidente do clube alentejano reforçou a sua posição adiantando que “a verdade desportiva deste campeonato há muito que está melindrada, mas há que tomar decisões para que nenhum clube saia prejudicado no meio disto tudo. A haver retoma do campeonato, essa retoma tem obrigatoriamente que ser feita realizando em primeiro lugar os jogos em atraso. Não é plausível existirem equipas com cinco jogos e outras com apenas um”.

 

Em relação aos problemas de ordem económica, Filipe Gomes, disse que neste momento “tal como muitos outros clubes, atravessamos uma crise a nível financeiro porque as receitas são praticamente nulas e muita da despesa se mantém com pagamentos de água, luz, rendas de compra de veículos”.

 

O dirigente associativo confessou, entretanto, que não tem sido fácil lidar com a situação. “Temo-nos vindo a adaptar, embora com alguma dificuldade. A opção que tomámos foi reduzir muito o orçamento que tínhamos previsto. No nosso clube pautamo-nos sempre pela responsabilidade, e este caso não foge à regra, pois a saúde está sempre em primeiro lugar. O nosso clube tem sobrevivido graças ao apoio de alguns patrocinadores, às rendas que recebemos do aluguer das sedes sociais e ao facto da nossa autarquia ter vindo a cumprir na íntegra com o protocolo estabelecido connosco”.

 

 

Eleições na AF Setúbal

 

As eleições para a Associação de Futebol de Setúbal, que vão ser disputadas por duas listas, também foi tema de conversa. “Consideramos que, em democracia, é sempre bom haver concorrência e mais do que uma hipótese para escolher, se aproveitarmos as melhores propostas, apresentadas pelas duas listas, os objectivos da AF Setúbal sairão reforçados. Até seria salutar a existência de mais. Contudo, não concordamos com a forma como é feita a subscrição das listas, nem deveria ser obrigatória esta subscrição. Para bem da AFS, não deveria ser obrigatória a subscrição das listas, ou seja, desde que os requisitos para a eleição fossem cumpridos, qualquer lista poderia ir a votos. Em democracia, a concorrência entre listas candidatas e o confronto de ideias só beneficiará a própria a Associação”, fez questão de salientar Filipe Gomes que aproveitou para deixar uma mensagem aos nossos leitores e em especial aos adeptos do clube. “A saúde é o bem mais precioso que temos. Como tal, temos que a defender e preservar”.


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