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terça-feira, 8 de setembro de 2020

VITÓRIA FC»» Maria das Dores Meira escreve carta a Pedro Proença

 

Setubalenses ainda acreditam que podem ficar na I Liga…

 

“SUGERIMOS QUE O PRESIDENTE DA LIGA AFIRME PUBLICAMENTE A NECESSIDADE DE O TAD SE PRONUNCIAR EM TEMPO ÚTIL”

 

 

Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, enviou hoje por correio electrónico, uma carta ao presidente da Liga Portugal (subscrita por todos os vereadores presentes na última reunião de câmara) onde se sugere que o Dr. Pedro Proença "afirme publicamente a necessidade de o TAD se pronunciar em tempo útil para que, consoante a decisão judicial, possa, ou não, ao Vitória Futebol Clube ser reconhecido o direito de participar nas competições profissionais da próxima época futebolística".

 

 


Eis o texto integral da carta:

 

Exmo. Sr. Presidente da Liga Portugal

 

Na última reunião de câmara, o executivo camarário de Setúbal aprovou por unanimidade a elaboração da carta que lhe dirigimos, com o inerente pedido de reunião com carácter de urgência.

 

Escrevemos, assim, na dupla qualidade de executivo da Câmara Municipal de Setúbal e de representantes de todos os que partilham incondicional admiração pelo Vitória Futebol Clube, instituição centenária e um dos mais destacados símbolos desportivos do nosso país.


Unidos por uma causa comum ― o Vitória ― emblema municipal de toda uma região, o executivo camarário decidiu tomar posição depois de, enquanto presidente desta Câmara Municipal, ter adoptado uma série de medidas ― que seguramente serão do seu conhecimento ― para apoiar o clube e proteger o mais importante património do Vitória, o Estádio do Bonfim, que é, igualmente, património de todos os setubalenses, de eventuais ameaças.


 

O objectivo desta minha carta é, pois, o de lhe transmitir a profunda tristeza dos setubalenses com a decisão da Liga Portugal de excluir o Vitória Futebol Clube das competições profissionais, mesmo sabendo-se que o clube sadino ganhou no campo esse direito e que possuía condições mais do que suficientes para que a sua inscrição fosse aceite, condições que seriam formalizadas rapidamente, não se desse o caso de vivermos um período de apertadas e complexas restrições impostas pelo estado de pandemia.

 


Afirmou o senhor presidente, em declarações à comunicação social, que, nas competições profissionais, “não está quem quer, mas quem pode”. Na verdade, está já o senhor presidente da Liga a determinar que o VFC não pode estar nas competições profissionais (numa quebra de imparcialidade a que está obrigado e que estranhamos), quando, como sabemos, está pendente ainda uma decisão do TAD sobre esta matéria, o tribunal que, esse sim, deve determinar se pode ou não o Vitória participar nos campeonatos de futebol profissional.


 

Lamentamos e condenamos tais declarações proferidas na sua qualidade de presidente da Liga Portugal e sugerimos que o senhor presidente afirme publicamente a necessidade de o TAD se pronunciar em tempo útil para que, consoante a decisão judicial, possa, ou não, ao Vitória Futebol Clube ser reconhecido o direito de participar nas competições profissionais da próxima época futebolística.

 

Todos os que se sentem parte deste grande clube que é o Vitória, nos quais se incluem todos os membros do executivo desta Câmara Municipal, estão dispostos a levar até às últimas consequências o apuramento da legalidade e da imparcialidade das decisões da Liga Portugal, mas desejando arduamente que tudo se possa resolver com rapidez para que o Vitória se mantenha no lugar que lhe pertence, em nome da verdade desportiva.

 

Subscrevem esta carta os vereadores Manuel Pisco, Carlos Rabaçal, Carla Guerreiro, Pedro Pina, Ricardo Oliveira, Fernando Paulino, Paulo Lopes, Nuno Carvalho e Fernando José.

 

A Presidente da Câmara Municipal,

Maria das Dores Meira

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