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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

RPOWER FOOTBALL CLUB»» Já trabalha para a nova época

 


Nuno Painço, presidente do clube…

 

“COM O FORTE INVESTIMENTO FEITO NO PLANTEL NÃO PODE HAVER DÚVIDAS QUANTO AO OBJECTIVO”

 

 

O objectivo não é só subir de divisão, mas também ser campeão da 3.ª divisão nacional, chegar às meias-finais da Taça de Portugal e ganhar a Taça AF Setúbal.

 


 



O Racing Power Football Club deu início à sua actividade desportiva no passado sábado no Campo Pepita, na Trafaria, que funciona como seu quartel-general, porque é aqui que vai trabalhar, e jogar, na condição de visitado, no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futebol Feminino.  


 

Ricardo Miguel Vieira que há duas épocas atrás conquistou a Taça da Associação Futebol de Setúbal pelo Amora e na época passada orientou a equipa de A-dos-Francos na Liga BPI, foi o treinador escolhido para abraçar este ambicioso projecto, que tem por objectivo colocar a equipa no principal campeonato nacional em apenas dois anos.


 

Neste sentido, a equipa vai ser formada por algumas atletas portuguesas com grande experiência, tendo grande parte delas jogado na Liga BPI e mais seis atletas estrangeiras que aguardam o sinal verde para embarcarem para Portugal.


 

Para ficarmos a saber mais pormenores sobre o projecto falámos com o presidente do Racing Power Football Club, Nuno Painço.

 

 

Com que objectivo foi criada a RPOWER FOOTBALL CLUB? 

Na época passada a RPOWER ENERGY DRINK apoiou um projecto de uma equipa sénior de futebol feminino onde disponibilizou um orçamento de 500 mil euros, tendo gasto cerca de 300 mil. Como a marca e os próprios investidores não podem ficar dependentes de decisões que possam colocar em causa a evolução do projecto e a visibilidade da marca, a administração da RPOWER ENERGY DRINK e respectivos investidores decidiram criar o seu próprio clube, com a sua própria imagem. Por isso, a criação da RPOWER FOOTBALL CLUB foi criada para dar seguimento ao projecto que iniciou a época passada. 


 

Processo complicado

 


Ao que consta, a criação do clube foi feita em tempo recorde. Foi um processo complicado?  

Criar um clube de raiz, não é fácil. Era preferível ter um clube já estabilizado e colocar lá este projecto mas não foi essa a política dos investidores e eu percebo muito bem a sua estratégia. Se não estivesse identificado não tinha avançado para este projecto de grande envergadura. Para dar um exemplo de como funciona este grupo de trabalho, refiro apenas como exemplo um facto ocorrido na época passada. Quando era team manager do Paio Pires, a cinco dias de defrontarmos o Famalicão para a Taça de Portugal, em sintonia com o treinador Faisal e o administrador da RPOWER, decidimos que tínhamos de contratar mais uma central, isto num domingo, quando as inscrições fechavam na quinta feira. Estivemos até à madrugada de segunda-feira a analisar vídeos, na terça fechámos com uma atleta de manhã, de tarde apanha o avião para Portugal vinda do Uruguai, aterra em Lisboa na quarta de manhã, vai directamente para um escritório de advogados tratar de toda a burocracia administrativa, treina já nesse dia. Na quinta-feira às 16h50 cheguei à Associação de Futebol de Setúbal mais o administrador da RPOWER ENERGY DRINK e ficámos à espera do Certificado Internacional da atleta, que chegou às 16h55, ou seja, a 5 minutos de fechar a janela de transferências. Foi um risco, foi, foi fácil não foi, mas se fosse, estavam cá outros. Existe a necessidade de se trabalhar com profissionalismo e, como é óbvio, ter dinheiro para o poder fazer. Neste caso, temos que deixar uma palavra de agradecimento à FPF e AFS, por estarem sempre disponíveis para esclarecer as dúvidas que vinham surgindo. 


 

Forte investimento

 


Por aquilo que se sabe, este parece ser um projecto bastante ambicioso. Acredita que o objectivo vai ser conseguido e que o investimento vai ser compensado? 

Vamos por partes. Em relação ao objectivo não pode haver dúvidas. O forte investimento que foi feito neste plantel que vai ser chefiado por um treinador profissional, com dois adjuntos, um preparador físico, um treinador de guarda-redes e dois analistas, é grande. Por isso, o objectivo não é só subir de divisão, mas ser também campeão da 3.ª divisão nacional, chegar às meias-finais da Taça de Portugal e ganhar a Taça da Associação de Setúbal. A RP Football Club, como diria um conceituado treinador português, vai arrasar. Temos contratado atletas portuguesas com grande experiência, a maior parte já alinhou na LIGA BPI, e temos mais seis atletas estrangeiras que aguardam sinal verde para embarcarem para Portugal. São jogadoras que vêm dar cartas no futebol feminino português, como as que contratamos a época anterior que estão todas em clubes da Liga BPPI. No futebol feminino neste momento ainda não se pode pensar em retorno no investimento que é feito. É mau para quem investe obviamente, e muito bom para a jogadora e seus agentes, que vão conseguindo sempre ganhar algum dinheiro com a movimentação das atletas. O retorno é atingir os objectivos desportivos, se assim for ninguém pensa no retorno do investimento feito. As bebidas energéticas estão muito ligadas aos desportos radicais e motorizados, a RED BULL é o caso mais evidente, mas a RPOWER também já se lançou na F1 e F2, na motonáutica e será a primeira a estar ligada ao futebol feminino. 

 

Centro de Alto Rendimento

 

A escolha pela Trafaria para quartel-general aconteceu por alguma razão especial? 

Tivemos de analisar três perspectivas. A primeira é que a nossa sede é no concelho de Almada e queremos estar ligados a ele em termos de clube. Depois, porque no concelho já existem equipas de futebol feminino, nos Pescadores e em Almada. Neste sentido, decidimos lançar um desafio ao Trafaria. A segunda perspectiva é que muitas atletas vêm da margem norte e tivemos de ver a melhor solução em termos de transportes, procurando um local que não ficasse muito longe da Ponte 25 de Abril e da habitação RPOWER que está situada na Sobreda. A terceira perspectiva tem a ver com os investidores e com a RPOWER ENERGY DRINK que querem implementar o Centro de Alto Rendimento Desportivo para o futebol feminino no concelho de Almada. Com a construção de seis campos, dois relvados e quatro sintéticos, com alojamento para 120 atletas, departamento médico de alto rendimento e ginásios, tudo o que a UEFA possa desejar para colocar selecções e equipas estrangeiras, como aconteceu agora com a Liga dos Campeões. Em Portugal não existe uma infra-estrutura deste calibre para o futebol feminino e na Europa existem casos raros. 


 

Treinador está confiante

 


Ricardo Miguel Vieira, de 29 anos, o treinador da equipa também trocou breves palavras com o nosso jornal

 

Como se sente ao assumir este projecto, considera ser um desafio aliciante? 

Confiante, é um projecto com cabeça, tronco e membros, onde qualquer treinador com ambição gostaria de estar. 

 

A equipa que vai ter ao seu dispor dá-lhe garantias para a concretização do objectivo? 

A equipa foi escolhida de acordo com a nossa ideia de jogo e dentro da ideia que a direcção tem para o clube, iremos trabalhar para tal. 

 

A preparação da equipa já está certamente planeada? Quando vai começar, já há data prevista?

Sim, nesse sentido começámos a trabalhar no passado sábado, dia 15 de Agosto, dentro das normas impostas pela Direcção Geral de Saúde. 

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