RICARDO SILVA»» Do Cova da Piedade à Austrália - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

RICARDO SILVA»» Do Cova da Piedade à Austrália

Pandemia antecipou regresso a Portugal… 


ESTAVA A IMPLEMENTAR UMA ESCOLA ACADEMIA SPORTING EM SYDNEY

 

Treinador, que está agora sem clube, mostra-se disponível para abraçar um novo projecto desde que as propostas surjam. 

 


Ricardo Silva, que nas duas últimas épocas e meia treinou os juniores do Cova da Piedade, esteve recentemente na Austrália num clube da zona de Sidney com quem o Sporting havia estabelecido um protocolo que visava entre outras coisas a criação de uma Academia. O trabalho estava a ser positivo mas a pandemia de Covid-19 acabou por influenciar o seu regresso a Portugal.

Em conversa com o nosso jornal, o técnico português fala da sua experiencia no clube australiano, das razões que o levaram a regressar ao nosso país e revelou que actualmente se encontra disponível para abraçar um novo projecto, desde que as propostas cheguem.      


Em Novembro de 2019 deixou os juniores do C. Piedade na 2.ª Divisão Nacional para abraçar uma nova experiência na Austrália. Como surgiu a oportunidade?

A oportunidade surgiu através do Sporting Clube de Portugal, que estabeleceu um protocolo com um clube australiano na zona de Sydney, o Fraser Park Football Club. Clube, esse, que está umbilicalmente ligado à comunidade portuguesa residente em Sydney. Os seus dirigentes e órgãos sociais são portugueses ou descendentes de portugueses. O objectivo era organizar o clube, criar bases para evoluir e implementar a criação de uma escola academia Sporting. Como trabalho há cerca de 10 anos nas escolas academia Sporting, surgiu naturalmente o convite.

 


Quer falar um pouco sobre o projecto que lhe foi apresentado? 

O que me foi proposto era implementar a Escola Academia Sporting em Sydney, de acordo com a realidade local, acumular as funções de coordenador técnico do clube Fraser Park e estrutura, tendo em conta a experiência europeia, leccionar formação aos treinador do clube, partilhar conhecimentos e acumular a função de treinador da equipa Sub-20.

 

Considera positivo o trabalho desenvolvido por lá?

Claramente. Saio com a consciência do dever cumprimento dentro das condicionantes que surgiram relativamente à realidade local e ao surgimento da pandemia que me obrigou a regressar antecipadamente.


 

O regresso ao nosso país ficou a dever-se à pandemia?

Sim. Não houve outra hipótese, tive que regressar de imediato. Tive conhecimento de casos em que estiveram retidos no país três meses.

 

E em relação à próxima época já tem algo de concreto?

Ainda não surgiu nada em concreto, apenas algumas abordagens superficiais. Mas, como é evidente, estou disponível para analisar as possibilidades que surgirem.

 


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