Já conquistou quatro campeonatos e duas
taças…
“EM TOM
DE BRINCADEIRA COSTUMAMOS DIZER QUE ONDE ATERRAMOS O SUCESSO É GARANTIDO”
Tenho o privilégio de formar dupla no meio campo com o PP com quem jogo de olhos fechados. E, depois lá na frente temos o Bas Dost, o melhor avançado do distrito, a quem sabemos como servir.
Se
perguntarmos aos adeptos do futebol setubalense se conhecem Francisco João
Gonçalves Esguedelhado, provavelmente a resposta é negativa. Mas se falarmos em
França, o caso muda de figura, toda a gente sabe quem é. E, no meio da
incerteza há também a curiosidade do apelido que nada ter a ver com a fisionomia
porque de esguedelhado não tem nada.
Nasceu
na Costa de Caparica há 30 anos mas começou a dar os primeiros passos como
futebolista no Belenenses, com apenas 10 anos. Fez aí praticamente toda a sua
formação depois ingressou no Charneca de Caparica, Pescadores e V. Setúbal.
Estreou-se como sénior no clube da sua terra, teve uma breve passagem pelo
Monte de Caparica e ingressou no Cova da Piedade onde conquistou o seu primeiro
título de campeão distrital. Depois ingressou no Amora, conquistando mais um
título de campeão e duas taças associativas, o Desportivo Fabril com mais um
título e Oriental Dragon com mais uma subida de divisão.
Um
percurso verdadeiramente fantástico mas como o futebol não é tudo na vida,
França, prefere jogar pelo seguro, dando, desta forma, mais importância à sua
actividade profissional, e não abdica do seu emprego.
Nesta
fase do campeonato e após a conquista de mais um título, o nosso jornal falou
com o jogador.
Dos jogadores em actividade és muito
provavelmente o mais titulado da AF Setúbal, com quatro campeonatos distritais
e duas taças associativas. Qual tem sido a chave para o sucesso?
A chave
para o sucesso tem sido sem dúvida as equipas por onde tenho passado, com
grupos de jogadores fantásticos, com muita qualidade, bons treinadores e
direcções organizadas. Tudo isto tem contribuído para essa marca bonita. Espero
claro, continuar a conquistar mais alguns títulos.
Nas últimas três épocas, três subidas de
divisão. No Amora não continuaste, no Fabril acabaste por sair com a época a
decorrer e no Oriental Dragon também não ficaste. As razões foram sempre as
mesmas?
Sim,
sempre por questões de horários. Os treinos de manhã são incompatíveis com o
meu horário no trabalho. Tenho pena mas não posso colocar em causa o meu
trabalho que é seguro, pela incerteza do futebol.
Nestas três épocas de sucesso têm jogado
contigo, sempre na mesma equipa, o PP e o Bruninho. O entendimento em campo,
entre os três, parece ser perfeito. Isso quer dizer que jogam de olhos
fechados, ou melhor, que quando um pega na bola o outro já sabe para onde ela
vai?
É
verdade, jogo com o PP à cinco épocas e com o Bruninho à quatro. Com o PP, sem dúvida
que jogo de olhos fechados, é um jogador único com uma qualidade enorme e com
quem tenho o privilégio de formar dupla no meio campo, que tem dado frutos.
Depois temos o nosso Bas Dost na frente que é simplesmente o melhor avançado do
distrito, e já sabemos como o servir. Tem sido óptimo esta caminhada, com dois
grandes amigos.
No futuro, gostarias de fazer parte da mesma
equipa com eles?
Claro
que sim. Em tom de brincadeira costumamos dizer que onde aterramos o sucesso é
garantido. Mas isso também nos dá mais responsabilidade. Acho que esse é o
segredo do sucesso que tivemos nas últimas épocas.
Após o anúncio da tua saída do Oriental
Dragon já recebeste alguns convites?
Sim já
recebi alguns convites.
Não é
um momento fácil, ninguém estava à espera que isto fosse acontecer. Espero
sinceramente que o recomeço da época desportiva aconteça sem problemas porque
as saudades do futebol já são muitas.
Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito
obrigado pelo convite e desejo que continue com o excelente trabalho que tem
feito para com o Desporto do Distrito de Setúbal.
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