O recurso aos tribunais será inevitável…
PEDRO PROENÇA ACUSADO DE TER CONDICIONADO O RESULTADO DA REUNIÃO
QUE DITOU A DESPROMOÇÃO
O Cova da Piedade vai responsabilizar a título pessoal o
presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, “pelos
factos ocorridos na reunião da direcção” que conduziram ao cancelamento da II
Liga e consequente despromoção do clube.
Em
comunicado, os piedenses acusam Pedro Proença de ter conduzido a reunião de direcção
da Liga, em 05 de Maio, “de forma a condicionar o seu resultado” com recurso a
expedientes “reprováveis e violadores da lei” e reiteram a intenção de levar o
assunto “até às últimas consequências”.
“O
Clube Desportivo Cova da Piedade - Futebol SAD vai por todas as razões que lhe
assistem, repor a legalidade e responsabilizar quem tem que ser
responsabilizado até às mais últimas consequências”, garante o documento
assinado pela administração da SAD.
Na
reunião em questão, a direcção da Liga aprovou o fim definitivo do campeonato
da II Liga e as descidas ao Campeonato de Portugal dos dois últimos
classificados no momento da interrupção da prova, Cova da Piedade e Casa Pia,
devido à pandemia de covid-19.
Agora,
os piedenses juntam-se aos “outros clubes” que vêm “insurgir-se e colocar em
causa a postura e os actos” de Pedro Proença pela existência de ”uma agenda
pessoal e paralela àquela que seria do conhecimento dos vários clubes".
“A
confirmar-se o recente episódio, agora tornado público, protagonizado pelo Sr.
Pedro Proença, revela uma personalidade napoleónica, com agendas paralelas, em
busca de protagonismo pessoal e porventura populista em tempos de crise,
totalmente divorciado das suas funções e das atribuições legais que a sua
conduta deveria respeitar”, justifica a SAD piedense.
O
documento não especifica, no entanto, se o “episódio” a que se refere se trata
do alegado apelo de Pedro Proença ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa, para interceder no sentido da transmissão em sinal aberto dos
jogos da I Liga que faltam disputar.
Por
outro lado, reafirma ainda que “o recurso aos tribunais será inevitável” e
garante que o clube irá “por todas as razões que lhe assistem” procurar “repor
a legalidade e responsabilizar quem tem de ser responsabilizado”.