Foi uma grande falta de respeito…
CLUBES QUERIAM FERNANDO GOMES NA REUNIÃO, COMO NÃO ESTAVA LEVANTARAM-SE E
FORAM EMBORA
Fafe (Série A), Lourosa (Série B), Praiense e Benfica
de Castelo Branco (Série C) e Olhanense e Real (Série D) tinham reunião marcada
com a Federação Portuguesa de Futebol para falarem sobre o descontentamento
perante a subida de Vizela e Arouca à 2.ª Liga. No entanto, esse encontro durou
pouco mais do que um minuto porque os clubes queriam falar directamente com
Fernando Gomes, presidente da FPF.
Fafe, Lourosa,
BC Branco, Olhanense e Real foram recebidos na Cidade do Futebol (Praiense
esteve presente por videoconferência) por José Couceiro (director técnico
nacional), Carlos Lucas (director de competições) e Luís Sobral (director geral
adjunto), pessoas que ao longo da época fizeram o trabalho com clubes e
associações que levou à reformulação de quadros. De resto, no agendamento do
encontro estava expresso que eram estes os participantes na reunião.
A
questão é que, logo no arranque, o presidente da SAD do Olhanense, Luís Torres,
falou em nome de todos, afirmando que o objectivo era falar com Fernando Gomes,
algo que nunca esteve previsto. Por isso, a reunião durou um minuto, uma vez
que os dirigentes se levantaram e foram embora.
Praiense
entrega recurso no Conselho de Justiça
O recurso do Praiense contra a decisão da Federação
Portuguesa de Futebol em indicar para a subida à II Liga o Arouca e o Vizela,
do Campeonato de Portugal, já deu entrada no Conselho de Justiça federativo, sugere
uma solução diferente: a promoção dos líderes das quatro séries da prova.
O documento, submetido a análise ainda durante a semana
que hoje termina, preconiza, portanto, a promoção de Arouca, Vizela (os
indicados), Praiense e Olhanense. O que choca de frente com as palavras de Luís
Torres, presidente do emblema de Olhão, que esta tarde, após abandonar uma
reunião na sede do organismo, sugeriu que havia, entre os seis descontentes
presentes na Cidade do Futebol , consenso entre para uma outra resolução:
"Se não houvesse solução nenhuma, aceitávamos um sorteio entre todos e as
duas bolas que saíssem”.
Os
clubes devem ser respeitados
Também Adelino Ramos, presidente do Real Massamá, se
mostrou bastante desapontado.
"Desde a primeira hora que foi transmitido a estes
clubes que a solução seria cumprir os regulamentos e isso passava pela
realização do play-off. Ora, se a FPF tem a preocupação de reunir as condições
para que os jogos da I Liga sejam realizados, não se percebe porque é que no CP
não haveria possibilidade de criar as condições para fazermos um play-off".
A FPF decidiu da melhor maneira. O que se passou nesta reunião foi uma posição
que os clubes mostraram que devem ser respeitados”, disse.
Fizemos mais de 600 quilómetros para estar na reunião
Luís Torres, director-geral da SAD do Olhanense, por sai vez,
disse: "Merecemos o respeito da FPF que mandou para a reunião um director
de competições, um vice-presidente que também é o coordenador técnico das
competições e um director-adjunto, que é o Luís Sobral. Nós, os seis,
reunimo-nos antecipadamente e dissemos que só aceitávamos falar com quem decide
porque foram essas mesmas pessoas que durante três meses nos disseram que em
último caso íamos jogar e treinar na Cidade do Futebol. Nunca nos foi dito que
ia ser feito um critério ilegal e injusto feito à medida de alguém e não
sabemos com que interesses por trás. Queríamos uma explicação por quem tomou a
decisão".
"Nova reunião agendada? É uma falta de respeito
alguns clubes fazerem mais de 600 quilómetros para uma reunião e não serem
recebidos por quem manda. O Olhanense e o Praiense vão entregar hoje uma causa contra
a FPF e os clubes estão todos representados nesta causa. O Olhanense e o
Praiense são as únicas equipas da Europa que acabaram em primeiro lugar e
descerem de divisão, que é o que acontece em consequência da alteração dos
modelos competitivos. É inaceitável o que aconteceu em Portugal", referiu
Luís Torres.