Joaquim Tavares está expectante
em relação ao que vai acontecer…
“SE HOUVER SUBIDAS DEVERIA
SER CONSIDERADA A CLASSIFICAÇÃO DA PRIMEIRA VOLTA”
A ADQC está a viver a actual
situação com grande apreensão e relega o aspecto desportivo para segundo plano mas
ao mesmo tempo mostra-se preocupado com o futuro do clube que fica impedido de
prosseguir aquilo que havia projectado por questões financeiras e também pela
falta de capacidade de trabalho em função do isolamento social.
Sobre os campeonatos, o
presidente do clube, Joaquim Tavares, concorda com o términus das competições
mais jovens, mas considera discutível, outras decisões. No caso dos seniores entende
que no caso de haver subidas o mais justo seria ter em conta o posicionamento
das equipas no final da primeira volta.
Joaquim Tavares espera que
tudo volte à normalidade o mais rápido possível com o mínimo de sofrimento e
perda de vidas humanas. Mas, enquanto isto mostra-se expectante em relação à próxima
época porque nada vai ser como dantes.
Como
está a ADQC a viver a actual situação causada pelo coronavírus?
A ADQC está a viver este
momento com grande apreensão, em primeiro lugar e acima de tudo em relação à
saúde de cada um dos membros da família ADQC e não só e, num nível inferior de
preocupação, relativamente ao aspecto desportivo e de desenvolvimento do clube.
Esta situação não nos coloca em dificuldades mas impede-nos de realizar algumas melhorias que pretendíamos fazer no clube e que iríamos ter condições para o efeito
O
clube está a sentir os efeitos negativos desta paragem obrigatória?
Estamos a sentir esta
paragem porque estamos todos impedidos de fazer aquilo que mais gostamos que é
trabalhar em prol do clube e dos atletas e estes de treinar e jogar. Do ponto de
vista financeiro, reduzimos drasticamente as receitas mas também as despesas.
Esta situação não nos coloca em dificuldades mas impede-nos de realizar algumas
melhorias que pretendíamos fazer no clube e que iríamos ter condições para o
efeito. Não só pela questão financeira mas também pela capacidade de trabalho
que todos perdemos em função do isolamento social a que estamos sujeitos.
A
FPF decidiu dar a época por terminada nos escalões de formação. Concorda com
esta decisão?
Não havendo datas suficientes
para concluir os campeonatos, já previa que tal viesse a suceder. Contudo, o
facto de não se produzirem quaisquer efeitos em termos de atribuição de
campeonatos, subidas e descidas já me parece discutível e muito penalizador
para clubes e atletas (opinião registada antes da oficialização da decisão por
parte da AF Setúbal).
E
se esta medida for também aplicada pela AF Setúbal nas competições seniores?
Tal como nos escalões de
formação, não me parece que a prova possa ser retomada a tempo de ser concluída
ainda nesta época. Não se prevê que a situação fique controlada tão cedo, por
isso, não vejo outro desfecho, infelizmente.
Caso não pretendam fazer descidas de divisão (e parece-me bem) poderemos, excepcionalmente, aumentar o número de equipas nos campeonatos das divisões superiores.
Em
sua opinião qual seria a melhor solução?
Deveremos procurar uma
solução que, não sendo a ideal seja a menos penalizadora, menos injusta e mais
equilibrada. Penso que o mais adequado à situação será operar pelo menos
subidas, considerando a classificação da primeira volta de cada campeonato uma
vez que é o momento da competição em que já todos jogaram contra todos. De
resto, na AFS e penso que nas restantes Associações também, abundam as provas
jogadas a uma só volta pelo que, por analogia poderá aplicar-se a esta situação
extraordinária. Caso não pretendam fazer descidas de divisão (e parece-me bem)
poderemos, excepcionalmente, aumentar o número de equipas nos campeonatos das
divisões superiores.
Para
finalizar, quer acrescentar algo mais ao que foi dito? Espero
que tudo volte à normalidade o mais rápido possível e com o mínimo de
sofrimento e perda de vidas humanas. Para além desta época estou muito
preocupado com a próxima. Nada vai ser como dantes. Para além das sequelas
humanas, que são irreparáveis, veremos quais as consequências económicas,
financeiras e desportivas que advirão desta situação. Prevejo grandes
dificuldades para todos. Por fim, alertar de novo os nossos atletas para a
necessidade de permanecerem em casa e deixar uma mensagem de esperança na
certeza de que tudo faremos para voltar o mais cedo possível, mas em segurança,
à actividade. Um agradecimento e uma palavra de especial reconhecimento a todos
os profissionais deste País que continuam a trabalhar para que nada nos falte e
a nossa solidariedade para com todos aqueles que de uma ou outra forma já foram
atingidos por esta calamidade.