Esta época levava já
seis golos marcados…
“REGRESSEI ÀS ORIGENS
POR NÃO QUERER ANDAR POR AÍ A GANHAR UNS TROCOS”
O jogador que chegou a representar o V. Guimarães e outros clubes em competições nacionais, algo desiludido com algumas situaçoes de origem contratual, optou por regressar a Sines onde continua a dar nas vistas no clube que o viu nascer para o futebol …
Nita
Rodrigues é um dos jogadores mais competentes do campeonato distrital da 1.ª
divisão, tem uma excelente envergadura (1,86m), joga na posição de
defesa-central e sobe constantemente até à grande área contrária onde vai
fazendo com frequência alguns golos quase sempre de cabeça. É um daqueles
jogadores que qualquer treinador gosta de ter na sua equipa, pela solidez
defensiva e apetência pelo golo.
Esta
época, no seu clube de origem, o Vasco da Gama de Sines, marcou seis vezes nos
18 jogos realizados, tornando-se no defesa-central mais goleador do campeonato.
O
jogador, actualmente com 29 anos, começou a jogar precisamente no Vasco da Gama
onde permaneceu até aos juniores, na primeira época de sénior actuou no Praia
de Milfontes, depois voltou a Sines, ingressou no Vitória de Sernache, foi para
o V. Guimarães, Sourense, Moura, Mineiro Aljustrelense e novamente Vasco da
Gama, que é o seu clube de coração.
Nesta
breve entrevista, Nita Rodrigues, falou de si, da sua carreira e revelou
algumas das suas características como jogador.
Até ao momento em que
o campeonato foi interrompido tinha seis golos marcados. Ou seja, foi o
defesa-central mais goleador da competição. Que significado tem isto para si?
Tem
um grande significado porque, época após época, tenho feito sempre alguns golos
que me proporciona grande satisfação por ser defesa-central. Não é muito habitual
um jogador do sector mais recuado fazer tantos golos mas tudo isto é fruto de
muito trabalho não só individual como colectivo e eu fico muito satisfeito por
isso.
Tenho um grande poder de impulsão e isso facilita bastante nos golos que marco, principalmente de cabeça. É sempre bom qualquer equipa ter um jogador com as minhas características...
Como é possível um
defesa fazer tantos golos?
No
meu caso pessoal creio que é pelo facto de ter uma grande impulsão. Isso facilita
bastante nos golos que marco, principalmente de cabeça.
Considera importante
uma equipa ter um jogador com as suas características?
Sim,
acho importante. Qualquer equipa gosta de ter um jogador com as minhas
características. É sempre bom uma equipa ter alguém que se destaque.
Começou a jogar no
Vasco da Gama, depois andou por outras paragens e em competições de nível
superior mas voltou às origens. Porquê?
Sim,
foi no Vasco da Gama que dei os primeiros toques, mas tinha uma ambição como todos
os jovens têm e decidi partir para procurar o sonho. Consegui chegar a bons
clubes, tive as minhas experiências, algumas melhores que outras e atingi o
objectivo de representar um dos melhores clubes de Portugal (V. Guimarães).
Depois, não me consegui adaptar da forma mais conveniente.
Eu vinha da distrital e era jovem, não tinha bem a noção daquilo que ia encontrar, mas escrevi uma página linda na minha história, isso ninguém me tira, nem apaga.
E acabou por
regressar?
Aquele
patamar era muito exigente. Eu vinha da distrital e era jovem, não tinha bem a noção
daquilo que ia encontrar, mas escrevi uma página linda na minha história, isso
ninguém me tira, nem apaga. Mais tarde decidi voltar a Sines porque não estava
disposto a andar por aí a ganhar uns trocos. Como tenho objectivos de vida, voltei
a Sines.
Que análise faz a
este campeonato que foi mais curto do que seria de esperar?
Estava
a ser um bom campeonato. Começámos mal mas passado algum tempo lá nos
endireitámos e estávamos no bom caminho. Estava a ser um campeonato muito
interessante porque não existiam equipas menos boas, todas eram competitivas.
De qualquer forma, reconheço que o Oriental Dragon era de longe a melhor do
campeonato.
Na próxima época vai
continuar em Sines?
Sim,
claro sem dúvida alguma.
Como está a viver
este período de pandemia. Tem ficado em casa?
Está
a ser complicado. É uma situação muito triste aquela que estamos a viver mas
acredito que vai passar rápido. Não tarda muito, estamos todos a fazer aquilo
que mais queremos e estar com quem mais gostamos. Continuo no meu trabalho,
numa fábrica, mas com as respectivas precauções.