Apenas
o Maia não assinou o documento...
FUTSAL
FEIJÓ É UM DOS 23 CLUBES QUE SUBSCREVERAM A PROPOSTA
Devido à pandemia provocada pela covid-19, a FPF decidiu que não vai haver descidas do escalão principal e a realização da Taça Nacional, prova em que os campeões distritais e alguns segundos classificados iriam disputar a subida, é uma incógnita.
A Federação Portuguesa de Futebol recebeu uma proposta, subscrita por 23 clubes que iriam disputar a Taça Nacional de futsal feminino, a defender a criação de uma II Divisão, para que a modalidade possa evoluir.
Devido à pandemia provocada pela covid-19, a FPF decidiu que não vai haver descidas do escalão principal e a realização da Taça Nacional, prova em que os campeões distritais e alguns segundos classificados iriam disputar a subida, é uma incógnita.
Para Catarina
Rondão, treinadora e presidente do Grupo Desportivo de Valverde, equipa do
concelho do Fundão, campeã em Castelo Branco, esta é a oportunidade ideal para
concretizar uma ambição de há muito, a criação de uma II Divisão nacional, que
atenue a discrepância para quem passa dos campeonatos distritais para a I
Divisão e o contrário.
"Tendo
em conta as circunstâncias, esta é a oportunidade de concretizar uma ideia que
é consensual entre os clubes. Há tempo para se falar, para se pensar, para
aplicar. Nós temos a ambição de chegar à I Divisão, não sabemos o que vai
acontecer com a Taça Nacional e, neste momento, está uma época inteira no
caixote do lixo. Esta proposta beneficiaria toda a gente", frisa, em
declarações à agência Lusa, a presidente do Valverde, emblema com duas
jogadoras internacionais no plantel.
Dos clubes
apurados para a Taça Nacional, apenas o Maia não subscreveu o documento. Os
restantes emblemas contaram com o apoio das respectivas associações de futebol,
através das quais fizeram chegar a proposta à FPF.
Catarina
Rondão, ex-jogadora de quem partiu a iniciativa, a que os vários clubes se
associaram, explica que as campeãs distritais jogariam a próxima temporada na
II Divisão. Ninguém é despromovido do principal escalão e, sem a realização da Taça
Nacional, também ninguém sobe. Uma solução em que "ninguém seria
prejudicado".
A proposta
tem em vista "tornar a modalidade mais competitiva" e é considerada
pela dirigente "fundamental para o desenvolvimento do futsal
feminino", para facilitar a adaptação entre escalões.
Catarina
Rondão, que ajudou a sua equipa a vencer todos os jogos do campeonato só com
vitórias e goleadas, considera ser "penoso e desmotivante" para as
jogadoras passarem da I Divisão para um distrital pouco competitivo.
Por outro
lado, acredita que existindo uma prova intermédia para os "campeões
crónicos", as restantes formações de cada distrito se sentiriam mais
motivadas para também lá chegarem e acabariam por ser formadas mais atletas.
Não é uma ambição nossa, é de todo o futsal feminino, para que possa crescer. Ao criar-se uma II Divisão, vão criar-se condições para as equipas crescerem, chegarem mais preparadas à I Divisão
Paulo
Santos, treinador e vice-presidente do Futsal Feijó, há quatro épocas vencedor
da Taça, Supertaça e campeonato de Setúbal, só com vitórias, sente as mesmas
dificuldades e preconiza a mesma solução.
"Não
é uma ambição nossa, é de todo o futsal feminino, para que possa crescer. Ao
criar-se uma II Divisão, vão criar-se condições para as equipas crescerem,
chegarem mais preparadas à I Divisão, ao mesmo tempo que abre maior espaço para
outras equipas evoluírem nos distritais", refere o responsável do Futsal
Feijó.
O
treinador realça ainda estar por cumprir, neste capítulo, a igualdade de género
entre o futsal feminino e o masculino.
"Apelo
a que se olhe para o futsal feminino. Há muita margem para crescer, haja
vontade da federação", deixou bem vincado Paulo Santos.