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quinta-feira, 30 de abril de 2020

ANDEBOL»» Almada vai disputar acesso à 1.ª Divisão Nacional

Juntamente com o Póvoa Andebol Clube e Sanjoanense…

SUBIDAS SERÃO DECIDIDAS NUMA POULE COM REPRESENTANTES DAS TRÊS ZONAS DA FASE REGULAR



O Almada Atlético Clube vai lutar pela subida à 1.ª Divisão Nacional de Andebol juntamente com o Póvoa Andebol Clube, representante da zona norte e Sanjoanense, da zona centro.


Com o alargamento da 1.ª Divisão de 14 para 16 clubes planeado para a próxima temporada, a Federação de Andebol de Portugal vai promover uma poule de subida com os clubes que terminaram as três zonas da fase regular no 1.º lugar, que terá lugar no fim-de-semana que antecederá o início da próxima época.


Como o FC Porto B não pode subir, o Póvoa Andebol Clube que se classificou em segundo lugar será o representante da zona norte num embate com a Sanjoanense (zona centro) e Almada (zona sul), que se deverá realizar no início da época de 2020/2021.


PELEZINHOS»» Treinador deixa clube ao fim de 10 anos

Pedro Rosa sai com a consciência do dever cumprido…

“TREINEI TODOS OS ESCALÕES, À EXCEPÇÃO DOS INICIADOS, E COMECEI A SENTIR UM CERTO DESGASTE”

Pedro Rosa, que vinha realizandor um excelente trabalho no Clube Desportivo “Os Pelezinhos” surpreendeu tudo e todos com o anúncio da sua saída do clube. Neste sentido, o nosso jornal foi ao encontro do treinador para esclarecer a situação e aprofundar um pouco mais a questão. Eis o resultado da nossa conversa…


Depois de vários anos a treinar no CD “Os Pelezinhos” anunciou a sua saída do clube. Que razões o levaram a tomar esta decisão?
Esta decisão já está tomada há algum tempo. A razão que me leva a sair dos “Pelezinhos” é, essencialmente, o facto de achar que o meu ciclo no clube, neste momento, chegou ao fim. Estive no clube 10 anos, treinei todos os escalões, à excepção dos iniciados e comecei a sentir um certo desgaste, principalmente, a nível psicológico. Acho que chegou a altura de parar, reflectir e abraçar outros projectos.

Sendo a carreira de treinador algo ingrata. Alguma vez pensou que pudesse vir a estar tanto tempo no clube?
Sinceramente nunca pensei nisso. Nunca fiz planos a longo prazo. Na vida de treinador sabemos quando chegamos, mas nunca sabemos quando partimos. Quando cheguei aos “Pelezinhos” tinha terminado a carreira de jogador há dois anos e tinha concluído o curso de treinador há uns meses, vinha com ilusão e cheio de vontade de treinar. As coisas correram bem, os resultados apareceram, fui ficando, e, entretanto, passou uma década.

Guarda bons momentos nesta sua passagem pelo CD “Os Pelezinhos”?
Claro que sim. A melhor coisa que guardo são as amizades criadas e que ficarão para a vida. A este nível acho que o melhor que o futebol nos dá são as pessoas, e nesta passagem pelos “Pelezinhos” conheci pessoas fantásticas. Guardo histórias e estórias fantásticas, vividas com os meninos/jovens/homens que comigo conviveram, para além dos momentos de aprendizagem que todos eles me proporcionaram.



Em termos desportivos o balanço que faz é positivo?
Em termos desportivos o balanço que faço é positivo, pois cumprimos com o que nos foi pedido. Durante estes 10 anos as “minhas” equipas lutaram sempre pelos primeiros lugares. Subimos a equipa de juniores à 1ª divisão distrital, um desejo do saudoso Mário Mestre, e que, felizmente, conseguimos alcançar. Fomos sempre das equipas com mais golos marcados. Tentámos jogar um futebol positivo. Ajudámos a potenciar jogadores e, acima de tudo, ajudámos a formar jovens. Saio com a consciência de dever cumprido.



Houve alguma coisa que tenha idealizado e que não tenha conseguido concretizar?
A subida ao campeonato nacional. Depois de ter alcançado a subida à 1ª divisão distrital de juniores na época 2016/2017, eu e quem comigo trabalhava, sempre sonhámos em subir ao campeonato nacional. Sempre tive os pés assentes no chão, mas trabalhámos, semanalmente, com esse objectivo. Sei que não é uma tarefa fácil, especialmente, num clube como “Os Pelezinhos”, porque todos os anos saem jogadores iludidos com projectos que muitas vezes não são aquilo que parecem, e a cada nova época temos de começar o trabalho praticamente do zero. Na época 2017/2018 estivemos perto e, na minha opinião, com mais um pouco de competência e maturidade competitiva nos momentos decisivos podíamos ter conseguido.



E agora, como vai ser o futuro. Já tem algo em vista para a próxima temporada?
Neste momento estou em reflexão. Não vivo obcecado pelo treino e não vou treinar só por treinar. Gostava de regressar à actividade num projecto sustentado, onde possa trabalhar com alguns dos jogadores que ajudei a formar e que hoje são seniores. Posso dizer que, felizmente, já houve contactos, o que me deixa extremamente satisfeito, uma vez que as pessoas reconhecem o trabalho realizado. Vou ponderar e decidir em consciência.


Há algo mais que queira acrescentar?
Quero agradecer a todos, desde os massagistas aos directores que trabalharam comigo ao longo destes anos. Quero agradecer aos meus adjuntos e essencialmente aos atletas, porque como costumo dizer: os jogadores são o melhor que o futebol tem. Finalmente, quero agradecer ao José Pina por tudo o que tem feito em prol do futebol no distrito de Setúbal.


CAMPEONATOS DISTRITAIS»» Não há subidas ao Campeonato de Portugal

Deve ser oficializado na próxima reunião de direcção…

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL JÁ COMUNICOU A DECISÃO ÀS ASSOCIAÇÕES


A decisão de não haver subidas dos campeonatos distritais ao Campeonato de Portugal deve ser ratificada pela Federação Portuguesa de Futebol na próxima semana.

Em reunião desta quarta-feira da FPF com o plenário das Associações ficou a determinação de manter inalterados os quadros competitivos não profissionais para a próxima temporada, implicando isso que não suba ninguém dos Distritais.

A FPF vai agora ter reunião de direcção, mas explicou às associações que essa é a decisão que está sobre a mesa e deve mesmo ser oficializada em breve. Se algum clube optar por não se inscrever no próximo Campeonato de Portugal, então as associações com melhor ranking serão convidadas a indicar equipas para a substituição dos desistentes.

Em relação às subidas do Campeonato de Portugal à II Liga, mantém-se em aberto a possibilidade de duas serem promovidas, embora a realização do play-off de acesso dependa sempre da conclusão da II Liga e da autorização das entidades sanitárias.


"Sentimento de profunda injustiça, revolta e tristeza"


Devido ao adiantado da hora em que esta informação chegou ao nosso conhecimento através do jornal “O Jogo” não foi possível obter confirmação. Contudo, o treinador do Juventude de Évora, João Guerra, na sua página do facebook dava conta da situação com um sentimento de profunda injustiça, revolta e tristeza.

“Hoje, 29 De Abril 2020, em reunião da FPF, ao que parece a mesma decidiu não admitir as subidas dos campeonatos distritais ao Campeonato de Portugal, não respeitando os líderes / “vencedores” (com direito a subida como até aqui...) dos diversos campeonatos distritais 2019/2020 ao momento do término das competições.

Quem toma estas decisões não pode já ter passado pelo árduo trabalho diário em campo, pelo sacrifico e dedicação durante o processo de treino / jogo de inúmeras pessoas (individuais e coletivas)..... contra todas as adversidades do quotidiano... e NÓS passamos durante estes 75% de uma época desportiva.

Esta decisão, na minha opinião, é dizer que a base do futebol sénior em Portugal (distritais) não serve para nada.

Pois haverá certamente subidas em todos os patamares do futebol sénior português, menos para o Campeonato de Portugal.

Quem estava em zonas de descida não tem culpa do COVID-19, NÓS também não.... esta decisão é da mais elementar injustiça, pois premeia o “demérito desportivo à data”, não salvaguardando o mérito desportivo à data.

Daqui por uns anos terei de tentar explicar ao meu filho, que os campeonatos de futebol sénior distritais em 2019/2020 foram dados por terminados (e bem), mas tudo o resto que neles se passaram foi ANULADO, ou seja, como se não tivéssemos “vivido” durante 7 meses e meio .....

Infelizmente não pudemos (JSC) terminar esta bela caminhada como queríamos e julgo que merecíamos... dentro do campo e a festejar junto dos nossos familiares e adeptos… “ .


quarta-feira, 29 de abril de 2020

BASQUETEBOL»» Federação já tomou decisões

Inscrições para a nova época decorrem até 30 de Junho…

“NÃO HAVERÁ DESCIDAS DE DIVISÃO MAS HAVERÁ COMPETIÇÕES DE APURAMENTO PARA AS SUBIDAS”

Federação Portuguesa de Basquetebol deu por concluídas todas as competições nacionais seniores que não terão campeões.


No seguimento das decisões já tomadas e depois de ouvidos todos os clubes participantes nas cinco principais competições de seniores, as associações regionais e as associações de agentes, a Federação Portuguesa de Basquetebol decidiu dar por concluídas todas as competições nacionais de seniores, BCR e Masters da época 2019/2020, não havendo mais qualquer jogo até ao final da presente época desportiva;

Não será atribuído qualquer título de campeão nacional, em nenhuma categoria, na época 2019/2020 e em todos os níveis competitivos de seniores, não haverá descidas de divisão mas haverá competições de apuramento para as subidas, que se iniciarão em Setembro com os agentes desportivos inscritos para a época de 2020/2021, ficando a FPB de divulgar nos próximos dias a informação das equipas elegíveis para participar no apuramento, assim como a data previsível para a sua realização e respectivo regulamento.


Para as competições europeias de 2020/2021, a ordem de prioridade a comunicar à FIBA relativamente ao sector masculino, terá por base a classificação da fase regular à data da suspensão das competições. No sector feminino, porque o vencedor da Taça de Portugal tem direito a participar nas competições europeias, o vencedor desta competição tem a primeira prioridade, seguindo-se os clubes por ordem da classificação da Liga Feminina à data da suspensão das competições.


Excepcionalmente para a época 2020/2021, os clubes que entendam não estar em condições para participar no nível competitivo para o qual têm direito desportivo, podem inscrever-se num nível abaixo sem qualquer penalização desportiva ou disciplinar. Mas, esta medida só abrangerá os clubes que formalizarem esse interesse até ao dia 15 de Junho.

As inscrições nas provas federativas decorrerão até 30 de Junho de 2020 para todos os níveis competitivos de seniores, excepto para a 2.ª Divisão Masculina e Feminina, cujo prazo termina a 15 de Agosto.

Conforme já foi anunciado as associações regionais mantêm o número de vagas nos Campeonatos Nacionais na época 2020/2021, exceptuando o caso do Campeonato Nacional de Sub-14, nas situações em que são necessários apuramentos.

MODALIDADES DE PAVILHÃO»» Em Portugal não se joga mais esta época

Por não haver as condições mínimas exigidas…

COMPETIÇÕES SENIORES DE BASQUETEBOL, ANDEBOL, VOLEIBOL E HÓQUEI EM PATINS SEM CAMPEÕES


De acordo com o jornal “Record”, a temporada 2019/20 das principais modalidades de pavilhão em Portugal não terá qualquer campeão. Basquetebol, andebol, voleibol e hóquei em patins vão – nas próximas horas - dar por encerradas as respectivas épocas no que às provas seniores diz respeito (as competições jovens foram rapidamente anuladas logo a pandemia do coronavírus fez com que Portugal adoptasse medidas de confinamento), seguindo o caminho que, bem antes, a Federação Portuguesa de Futebol adoptou para o futsal, outro desporto de pavilhão com enorme implantação no nosso país.




Desde há muito que as federações tinham percebido que, mesmo existindo retoma, seria bastante complicado (em certos casos impossível) disputar tudo o que estava previsto. E essa constatação não se baseava apenas nas dúvidas face à questão sanitária. Em causa estava também o tempo necessário para regressar ao activo e, claro, a impossibilidade evidente de várias equipas poderem apresentar-se em condições minimamente condignas.

A saída do país da grande maioria dos atletas estrangeiros e os problemas financeiros e logísticos que subitamente se abateram sobre muitos emblemas – com autarquias e patrocinadores a adiarem ou a anular comparticipações previstas - tornaria qualquer hipótese de retoma improvável.



A medida agora conhecida vai, pois, no sentido do que defendiam a maioria dos clubes participantes nas competições em causa. Posição contrária, desde o primeiro momento, tinham os grandes. Benfica, Sporting e FC Porto (os dragões com a excepção do andebol, por considerarem que terminada a primeira fase da prova faria sentido validar a competição e atribuir o título) desejavam poder levar até ao fim os campeonatos, mesmo procurando soluções de disputa diferentes (sem todas as equipas envolvidas) mas onde a possibilidade de atribuição dos títulos fosse real.

Agora, com o cair do pano sobre a temporada 2019/20, começa a ser momento de pensar na época seguinte. Porém, mais uma vez, existem poucas certezas e inúmeras dúvidas. Ainda assim, há mais tempo para planear tudo, nomeadamente planos alternativos, pois não é de excluir, neste momento, que as provas não funcionem dentro dos parâmetros (e dos períodos) tradicionais.

ALCACERENSE»» Nova equipa técnica para 2020/2021

Na época que agora terminou treinava os juniores…

PAULO RENATO É A APOSTA PARA A NOVA ÉPOCA DESPORTIVA

Jogou nas camadas jovens do Sporting, representou a selecção nacional em todos os escalões, desde os Sub-16 aos Sub-21 e vestiu  a camisola das quinas 69 vezes.


O Atlético Alcacerense já apresentou a equipa técnica que vai orientar o plantel sénior na época de 2020/2021.

O clube acaba de anunciar que “ao leme da equipa canarinha estará o treinador Paulo Renato, um filho da terra com vasto historial no clube como formando, jogador e técnico. Será coadjuvado por José Ricardo Rodrigues e Fernando Onça, ambos alcacerenses de gema, e pelo treinador de guarda-redes Paulo Afonso, técnico que conta também com uma já longa ligação ao clube e em especial à formação”.

A direcção do Alcacerense adianta que “esta é uma equipa técnica cuja experiência e amor a Alcácer e ao Atlético nos dá todas as garantias e a esperança de que o objectivo de lutar pela subida à 1.ª divisão distrital da AF Setúbal estará presente desde o início ao fim da época”.



De referir que o novo treinador da equipa sénior do Atlético Alcacerense tem um vasto historial no futebol. Actualmente com 32 anos, Paulo Renato, começou a jogar nos Pelezinhos, depois ingressou no Sporting onde jogou nos escalões de iniciados, juvenis e juniores, foi cedido por empréstimo ao Real, Olhanense, Estrela da Amadora e Mafra.

Já desvinculado dos leões transferiu-se para o Trofense, Atlético, Oliveirense, fez uma incursão pelos Estados Unidos e pelo Quarteirense, jogou três épocas no Operário da Lagoa (Açores) e terminou a sua carreira de jogador no Atlético Alcacerense na época de 2017/2018.

Como treinador, foi adjunto no Operário e nas duas últimas temporadas orientou os Infantis e os Juniores do Alcacerense.

Representou a selecção nacional em todos os escalões, desde os Sub-16 aos Sub-21, vestiu 69 vezes a camisola das quinas, jogou 5172 minutos e marcou dois golos.

NITA RODRIGUES»» O defesa-central mais goleador do campeonato


Esta época levava já seis golos marcados…



“REGRESSEI ÀS ORIGENS POR NÃO QUERER ANDAR POR AÍ A GANHAR UNS TROCOS”


O jogador que chegou  a representar o V. Guimarães e outros clubes em competições nacionais, algo desiludido com algumas situaçoes de origem contratual, optou por regressar a Sines onde continua a dar nas vistas no clube que o viu nascer para o futebol …




Nita Rodrigues é um dos jogadores mais competentes do campeonato distrital da 1.ª divisão, tem uma excelente envergadura (1,86m), joga na posição de defesa-central e sobe constantemente até à grande área contrária onde vai fazendo com frequência alguns golos quase sempre de cabeça. É um daqueles jogadores que qualquer treinador gosta de ter na sua equipa, pela solidez defensiva e apetência pelo golo.

Esta época, no seu clube de origem, o Vasco da Gama de Sines, marcou seis vezes nos 18 jogos realizados, tornando-se no defesa-central mais goleador do campeonato.

O jogador, actualmente com 29 anos, começou a jogar precisamente no Vasco da Gama onde permaneceu até aos juniores, na primeira época de sénior actuou no Praia de Milfontes, depois voltou a Sines, ingressou no Vitória de Sernache, foi para o V. Guimarães, Sourense, Moura, Mineiro Aljustrelense e novamente Vasco da Gama, que é o seu clube de coração. 

Nesta breve entrevista, Nita Rodrigues, falou de si, da sua carreira e revelou algumas das suas características como jogador.




Até ao momento em que o campeonato foi interrompido tinha seis golos marcados. Ou seja, foi o defesa-central mais goleador da competição. Que significado tem isto para si?
Tem um grande significado porque, época após época, tenho feito sempre alguns golos que me proporciona grande satisfação por ser defesa-central. Não é muito habitual um jogador do sector mais recuado fazer tantos golos mas tudo isto é fruto de muito trabalho não só individual como colectivo e eu fico muito satisfeito por isso.


Tenho um grande poder de impulsão e isso facilita bastante nos golos que marco, principalmente de cabeça. É sempre bom qualquer equipa ter um jogador com as minhas características...

 


Como é possível um defesa fazer tantos golos?
No meu caso pessoal creio que é pelo facto de ter uma grande impulsão. Isso facilita bastante nos golos que marco, principalmente de cabeça.


Considera importante uma equipa ter um jogador com as suas características?
Sim, acho importante. Qualquer equipa gosta de ter um jogador com as minhas características. É sempre bom uma equipa ter alguém que se destaque.





Começou a jogar no Vasco da Gama, depois andou por outras paragens e em competições de nível superior mas voltou às origens. Porquê?
Sim, foi no Vasco da Gama que dei os primeiros toques, mas tinha uma ambição como todos os jovens têm e decidi partir para procurar o sonho. Consegui chegar a bons clubes, tive as minhas experiências, algumas melhores que outras e atingi o objectivo de representar um dos melhores clubes de Portugal (V. Guimarães). Depois, não me consegui adaptar da forma mais conveniente.


Eu vinha da distrital e era jovem, não tinha bem a noção daquilo que ia encontrar, mas escrevi uma página linda na minha história, isso ninguém me tira, nem apaga.


E acabou por regressar?
Aquele patamar era muito exigente. Eu vinha da distrital e era jovem, não tinha bem a noção daquilo que ia encontrar, mas escrevi uma página linda na minha história, isso ninguém me tira, nem apaga. Mais tarde decidi voltar a Sines porque não estava disposto a andar por aí a ganhar uns trocos. Como tenho objectivos de vida, voltei a Sines.




Que análise faz a este campeonato que foi mais curto do que seria de esperar?
Estava a ser um bom campeonato. Começámos mal mas passado algum tempo lá nos endireitámos e estávamos no bom caminho. Estava a ser um campeonato muito interessante porque não existiam equipas menos boas, todas eram competitivas. De qualquer forma, reconheço que o Oriental Dragon era de longe a melhor do campeonato.


Na próxima época vai continuar em Sines?
Sim, claro sem dúvida alguma.


Como está a viver este período de pandemia. Tem ficado em casa?
Está a ser complicado. É uma situação muito triste aquela que estamos a viver mas acredito que vai passar rápido. Não tarda muito, estamos todos a fazer aquilo que mais queremos e estar com quem mais gostamos. Continuo no meu trabalho, numa fábrica, mas com as respectivas precauções.

terça-feira, 28 de abril de 2020

ALCOCHETENSE»» Ruizinho revela muita vontade e ambição

Quer chegar longe e pisar os palcos com que sempre sonhou…

“ESPERO UM DIA PODER VESTIR A CAMISOLA DA SELECÇÃO ANGOLANA”

O jogador, que foi o terceiro melhor marcador do campeonato, diz que gostava também de ser visto como uma referência pelos mais novos.



Rui Társio Alves Silva, angolano, de 23 anos, apelidado de ‘Ruizinho’, joga futebol, é avançado e gosta de marcar golos. 

Em Portugal começou a jogar no Mafra, transferiu-se depois para os Açores onde jogou no Prainha (Ilha do Pico) e posteriormente ingressou no Alcochetense.

Nesta época, a segunda em Alcochete, foi um dos jogadores que mais se destacou na 1.ª Divisão da AF Setúbal e o melhor marcador da sua equipa, andou muitas jornadas na frente da tabela e acabou na terceira posição logo atrás de Bruninho (O. Dragon) e Márcio Madeira (V. Gama).

Na conversa que manteve connosco o jogador revelou muita ambição, confessou que gostava de ser visto como uma referência pelos mais novos e mostrou-se satisfeito por estar em Alcochete onde trabalha afincadamente para dar o seu melhor com o objectivo de um dia poder chegar à selecção do seu país.


Esta época marcaste 19 golos, 13 no campeonato, 4 na Taça AF Setúbal e 2 na Taça de Portugal. Quer dizer que foi uma época positiva em termos individuais?
Sim, foi uma boa época em termos individuais. Trabalhei muito para isso e tive todo o apoio que precisava dos meus colegas, de toda equipa técnica e dos dirigentes do Alcochetense. Quando trabalhamos num ambiente de harmonia, como era o do Alcochetense, as coisas tendem a correr sempre da melhor maneira possível.


Andaste durante algum tempo na frente da tabela dos melhores marcadores, depois foste ultrapassado pelo Bruninho e pelo Márcio Madeira mas mesmo assim terminaste em 3.º lugar. Alguma vez chegaste a pensar que poderias ser o melhor marcador?
Sim, devo ter sido o jogador que mais tempo ficou no topo da tabela dos melhores marcadores e sabia que a concorrência era forte. Quero parabenizar o Bruninho e o Márcio pelo feito. Eu entro sempre em campo com o pensamento de ajudar ao máximo a minha equipa, seja com uma assistência, com um corte, ou com um golo. Nunca joguei apenas pelo golo, trabalhava sim para ser o melhor marcador, mas acima de tudo o melhor jogador em todos os aspectos de jogo.

Esta foi a tua segunda época no Alcochetense e pelos vistos correu muito melhor que a primeira, pelo menos em matéria de golos…
Sim, correu muito melhor. Na primeira época tive algumas lesões que me fizeram perder alguns jogos. Nesta segunda época tive uma maior sequência de jogos e fisicamente sentia-me muito bem. Foi uma época melhor não só pelos golos mas sim em todos os aspectos de jogo, o grupo fez-me crescer como jogador. E só tenho que agradecer aos meus companheiros de equipa.

O Alcochetense é uma casa onde quem entra nunca pensa em sair e quem sai deseja um dia voltar. 


Já pensaste no teu futuro. Ou seja, naquilo que vai ser a próxima época. Vais continuar em Alcochete?
O Alcochetense é uma casa onde quem entra nunca pensa em sair e quem sai deseja um dia voltar. O ambiente do grupo e a humildade das pessoas faz com que te sintas bem a todo instante. Neste momento, tenho pessoas que tratam desse tipo de assuntos mas como é evidente ambiciono muito e sonho alto, mas sempre com os pés no chão. Se for para sair de certeza que irei sair pela porta da frente e com a liberdade de poder voltar um dia, caso fique no clube ficarei satisfeito na mesma, pois sei que fico em casa.

O futuro a Deus pertence e acredito que o presente também, mas eu posso mudar o meu presente para melhorar o meu futuro. Então trabalho firme hoje para abrir outras portas amanhã.



Quais os teus projectos futuros no futebol. Até onde esperas chegar como jogador?
Hoje, aos 23 anos, continuo a sonhar da mesma forma como quando tinha 10/11 anos de idade. Espero chegar longe e pisar palcos que sempre sonhei. Quero ser visto como uma referência pelos mais novos e espero um dia poder vestir a camisola da selecção angolana e defender as cores do meu país. O futuro a Deus pertence e acredito que o presente também, mas eu posso mudar o meu presente para melhorar o meu futuro. Então trabalho firme hoje para abrir outras portas amanhã.

Como estás a viver neste período de pandemia, tens ficado em casa?
Não está a ser fácil, principalmente por não poder jogar futebol, a pandemia impediu-me de fazer aquilo que mais amo. Mas, agradeço todos os dias por estar bem de saúde, e toda a minha família e amigos também. Quanto a minha rotina, tenho um plano de treinos e tenho cumprido com rigor todos os dias, passo a maior parte do tempo em casa na companhia da minha mãe. Tenho tido também aulas online e tenho aproveitado esse tempo para capacitar-me em outras áreas e aprender muita coisa nova.