ARBITRAGEM»» Árbitro denuncia situações duvidosas - JORNAL DE DESPORTO

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sábado, 14 de março de 2020

ARBITRAGEM»» Árbitro denuncia situações duvidosas

A notícia acaba de ser publicada no JN…

ÁRBITROS MOSTRAM CARTÃO VERMELHO AO CONSELHO DE ARBITRAGEM

"Digo ao operador: coloca a linha neste ponto. Quando falamos em margens de 3 centímetros"


Três árbitros de futebol acusam o Concelho de Arbitragem, liderado por Fontelas Gomes, de falsificar as classificações atribuídas pelos observadores dos jogos.

Depois do ex-árbitro Jorge Ferreira ter apresentado queixa contra o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar crimes de corrupção e falsificação de documentos. Os três homens do apito, ouvidos pela RTP, serão testemunhas no processo e põem em causa a nomeação e a despromoção de juízes da primeira categoria.

"O que está aqui montada e uma teia, uma teia que o Conselho de Arbitragem usa, de pessoas que para se calarem são aliciadas a ter outros cargos na estrutura federativa. Recentemente, temos o caso do Bruno Paixão que foi convidado a sair de vídeo árbitro especialista e foi, entre aspas, aliciado a ser observador da Federação Portuguesa de Futebol e a ser vídeo árbitro nas Arábias quando não servia em Portugal", explicou um deles, de forma anónima à RTP.

Outro homem do apito garante que "foram despromovidos árbitros que passaram nas provas físicas e tinham notas positivas e outros que não passaram nas provas físicas e permanecem na primeira divisão, muito fruto de um compadrio, de uma aproximação de conselheiros, inclusive alguns familiares, no caso do senhor Paulo Costa que tem um irmão, Rui Costa, que é árbitro da primeira divisão e é um dos casos que não passa nas provas físicas".




Num outro depoimento, um dos juízes ouvidos pela RTP atira-se ao VAR: "Nós temos um caso em Portugal de uma decisão em campo que foi tomada correctamente pela equipa de arbitragem. O VAR chamou o árbitro para corrigir o árbitro para decisão errada e mandou-o ver a decisão à zona de revisão. Apresentou-lhe um ecrã preto, sem imagem. Seguiu a indicação do VAR. E somos nós que em sala colocamos a linha do fora de jogo. Eu digo ao operador: coloca a linha neste ponto ou naquele. As margens, quando falamos em margens de 3 centímetros, se calhar se coloca naquele ponto, se colocar noutro, se calhar não tem 3 centímetros", adiantou.

Já em Julho do ano passado, o JN noticiou que um grupo de cerca de 30 árbitros, ex-árbitros, árbitros assistentes e observadores de arbitragem que, nas últimas épocas, estiveram nas principais provas de futebol e futsal nacionais, apresentaram uma queixa-crime no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto denunciando a forma de actuação da secção de classificações do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Na altura o JN adiantou que neste rol de queixosos estavam nomes como os dos árbitros Gonçalo Martins, Tiago Antunes, João Mendes, João Matos, o já jubilado Jorge Ferreira, os árbitros assistentes Rui Fernandes e Jorge Oliveira, o ex-observador Domingos Gomes e ainda um árbitro de futsal, entre outros.

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