Futuro
continua a ser uma incógnita…
“O PLANEAMENTO DE TODA A ÉPOCA JÁ FOI
POR ÁGUA ABAIXO”
Nuno Garrett, presidente do clube, é da opinião que não vai haver mais competição porque a situação se está a agravar e os calendários são bastante apertados.
O Alcochetense está
naturalmente a sentir os efeitos da pandemia que se instalou por todo o lado
através da Covid-19 e mostra-se preocupado em reacção ao futuro que continua a
ser uma incógnita.
Nuno Garrett,
presidente do clube, é da opinião que não vai haver mais competição porque os
calendários são bastante apertados e considera que o planeamento da época já foi
por água abaixo.
Em relação ao
desempenho da equipa de futebol sénior, o presidente do Alcochetense confessa
que não imaginava estar nesta altura com 11 pontos de desvantagem para o
primeiro classificado mas ao mesmo tempo reconhece que não foi fácil para o
mister Pedro Duarte gerir a grande onda de lesões que atingiu o plantel no
início da época.
Apesar das
dificuldades sentidas por força das circunstâncias o Alcochetense não tem
necessidade de recorrer à linha de crédito aberta pela FPF para apoio aos
clubes não profissionais de futebol e a finalizar a entrevista que concedeu ao nosso
jornal aconselhou toda a gente a ficar em casa.
Como está o Alcochetense a viver esta situação causada
pelo novo coronavírus?
Este é um momento
insólito na vida do clube. Estamos há 15 dias sem qualquer actividade
desportiva e isso não é uma situação normal, acontece-nos o mesmo no período de
férias, mas todos nós no nosso subconsciente sabemos que não é a mesma coisa. É
um momento de grande tristeza, mas é um mal necessário.
O Alcochetense está a sofrer algumas consequências
negativas por causa da paragem dos campeonatos?
Acho que todos os
clubes na sua generalidade estão a ter consequências negativas com esta
situação em geral e o Alcochetense não será uma excepção. É o planeamento de
toda uma época que vai por água abaixo.
Acredita que nesta época ainda vai haver competição? Sinceramente não. Os
calendários como sabemos são bastante apertados, e se foi tomada a decisão de
suspender, e bem, as competições quando tínhamos cerca de 50 casos de infecção,
não vejo como retomar as competições quando tivermos milhares de casos. Para
além disso temos os atletas que estão sem treinar ou a treinar condicionados,
que não vão poder competir de um dia para o outro, pelo facto de existir uma
forte probabilidade de contraírem lesões.
Qual será a melhor solução para resolver o problema?
Essa é uma matéria
complexa que terá de ser resolvida por quem de direito. No entanto, a minha
opinião é que essa solução terá de acontecer com a maior brevidade possível sob
pena dos clubes ficarem sem possibilidade de planear atempadamente a próxima
época.
A equipa de futebol sénior tem vindo a corresponder às
expectativas?
Neste momento não
imaginávamos estar com uma desvantagem de 11 pontos para o primeiro lugar. Estávamos
convictos de que iríamos em breve entrar na nossa melhor fase da época, com o
regresso de vários atletas que recuperaram de lesões, mas com esta interrupção
isso não foi possível. O início desta época foi bastante atípico para nós, com
várias lesões graves, não foi fácil para o Mister Pedro Duarte conseguir
estabilizar o onze semana após semana, foi necessário recorrer a atletas recém-promovidos
a seniores e até mesmo juniores da nossa formação, que estiveram à altura das
exigências e nos deixaram bastante orgulhosos.
Os jogadores estão completamente parados ou a fazer
treino específico em casa?
Neste momento os
atletas estão orientados com um plano de treinos para fazerem em casa, mas
todos nós sabemos que não é a mesma coisa.
A FPF abriu uma linha de crédito para apoio aos clubes
não profissionais de futebol e futsal. Vai recorrer a ela ou não há
necessidade?
Acho que poderá ser uma
boa oportunidade para diversos clubes, mas o Alcochetense não irá recorrer a
qualquer linha de crédito. Temos limitações financeiras normais para um clube
com a nossa dimensão, que nos exige critério e rigor na gestão, mas as
políticas que adoptámos ao longo dos quase 4 anos que estamos em funções,
permitem-nos olhar para o futuro com alguma tranquilidade e serenidade.
Quer acrescentar algo mais ao que foi dito?
Gostaria de deixar
uma mensagem especial de confiança e de conforto, a todos os sócios, colaboradores,
atletas e familiares e a todas as pessoas em geral neste momento difícil. Vai
tudo correr bem. Fiquem em casa.