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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

II DIVISÃO AF SETÚBAL»» Rescaldo do Águas de Moura - Quinta do Conde

Treinadores falam sobre o jogo…

ÁGUAS DE MOURA VENCE QUINTA DO CONDE E ASSUME LIDERANÇA ISOLADA NO FIM DA PRIMEIRA VOLTA

Era o jogo grande da jornada porque se defrontavam os dois primeiros da classificação geral. A ADQC marcou primeiro mas o Águas de Moura deu a volta na segunda parte. Contudo, não deixou de haver alguma polémica por causa da arbitragem.


O Campo do Olival, em Águas de Moura, recebeu no passado domingo o jogo mais importante da 15.ª jornada do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, que encerrou a primeira volta da competição.

Frente a frente estavam os dois primeiros classificados que se encontravam separados apenas por um ponto, com vantagem para a equipa da Quinta do Conde, situação que se alterou com a vitória obtida pelo Águas de Moura, nesta partida. 

Quem começou melhor foi a equipa visitante que se adiantou no marcador aos quatro minutos com um golo de João Santos. O encontro foi prosseguindo mas até ao intervalo não se registaram mais golos.

Como o resultado não satisfazia as suas pretensões, o Águas de Moura entrou forte e acabou por dar a volta ao resultado com a obtenção de dois golos por Hugo Figueiras (47’ e 52’), que acabou por ser a grande figura do jogo.

Sob arbitragem de André Vasques (Setúbal) as equipas alinharam da seguinte forma:

ÁGUAS DE MOURA: Colaço; Gaspar (José Martins, 45’), Filipe, Lincoln, Joel; Márcio Delgado, Hélder Martins, António (Mendi, 83’); Hugo Figueiras (Edi, 65’), Eva e Carrilho (Daniel Baião, 75’).
Treinador: Paulo Martins.

QUINTA DO CONDE: Pedro de Andrade; Rafael Guerreiro (Rúben Moreira, 87’), David Pinto, Cláudio Ferreira, Ivo Mendonça (Diogo Oliveira, 59’); Hernâni Aguiar, Diogo Bernardo, João Santos (David Júnior, 45’); Nuno Ferreira (Gonçalo Agostinho, 72’), China e Bruno Tavares.
Treinador: Luís Ferreira (Jardel).


A OPINIÃO DOS TREINADORES…

Paulo Martins:
“Estamos no bom caminho


Na opinião de Paulo Martins, treinador do Águas de Moura, foi “um jogo bem disputado entre duas das melhores equipas do campeonato mas ficou condicionado pela arbitragem que deu muita liberdade em campo, não mostrou os cartões que devia e permitiu muitas faltas que nos obrigaram a fazer três substituições por lesão. Sofremos um golo muito cedo e na primeira parte não estivemos tão bem como seria desejável mas depois com as alterações que fizemos ao intervalo, preenchemos mais o meio campo e acabámos por ser superiores. A ADQC tem uma boa equipa e vai com certeza lutar até ao final, juntamente com o Seixal, pela subida de divisão. Foi uma vitória sofrida mas não há campeões sem sofrimento, penso que estamos no caminho certo”.

Em relação à segunda metade do campeonato, Paulo Martins diz que “as perspectivas são melhores do que quando começámos porque estamos na frente e temos vantagem sobre os adversários mas faltam 15 finais. Com as entradas do Rúben Góias (Samouquense), do Daniel Baião e do José Martins, que já alinharam neste jogo, ficamos com um plantel de muita qualidade”. 


Luís Ferreira (Jardel):
“Houve falta de coragem para marcar penalti aos 94 minutos”


Jardel, técnico do Quinta do Conde, por sua vez, referiu que “as duas equipas procuraram a vitória, cada uma à sua maneira e no seu estilo de jogo. O que não pode acontecer é num jogo entre os dois primeiros classificados ter uma equipa de arbitragem sem capacidade para dirigir um jogo desta importância. A equipa do André Vasques merece todo o respeito porque tentou fazer o melhor mas isso não chega para estes jogos. Não podemos ter um árbitro assistente inexperiente, talvez 16 ou 17 anos e um outro assistente que não sabe distinguir um fora de jogo de um jogador isolado por um movimento de rotura ou estar acampado. E, também não podemos ter um adversário que aborda mal o lance e domina a bola com o antebraço, após esta ter batido no chão, aos 94 minutos e não haver coragem para marcar penalti”.

Jardel é também da opinião que este “é um campeonato muito difícil onde todos podem perder pontos com todos. As equipas do meio da tabela para baixo agigantam-se para tentar roubar pontos aos primeiros e complicar as contas. A metade de cima vai procurar a subida, esperando sempre o deslize dos primeiros. Portanto, a pressão vai estar sempre em quem estiver nos dois primeiros lugares”.