No jogo com o Águas de Moura…
JOÃO CARRADINHA FOI O GRANDE RESPONSÁVEL PELA PASSAGEM AOS QUARTOS-DE-FINAL
DA TAÇA AF SETÚBAL
Treinador não acredita muito na sorte nem na lotaria mas sim no trabalho, na competência e na preparação. E considera que o seu guarda-redes teve uma tarde memorável
Vítor Pereira, treinador da equipa sénior |
O Grandolense está apurado para os quartos-de-final da Taça AF Setúbal – “Joaquim
José Sousa Marques” depois de ter vencido o Águas de Moura num jogo disputado
de forma bastante renhida em que o guarda-redes Carradinha, de 27 anos, esteve em plano de
grande evidência ao defender quatro grandes penalidades, no desempate da eliminatória.
Depois de 90 minutos sem golos, a equipa de Grândola adiantou-se no
marcador logo aos três minutos da primeira parte do prolongamento mas o Águas
de Moura chegou à igualdade mesmo sobre os 120 minutos, facto que obrigou ao
desempate por penaltis que acabou por apurar o Grandolense não só porque foi
mais eficaz mas também porque o seu guarda-redes se exibiu ao mais alto nível.
Na conversa que tivemos com o treinador do Grandolense, Vítor Pereira, este
começou por “felicitar as duas equipas que estiveram em campo, sobretudo o Águas
de Moura por ser da 2.ª Divisão e pelo futebol de qualidade que apresentou. Tem
uma boa equipa, jogadores de qualidade e está muito bem orientada. Como nos
competia e como era nosso dever, fomos nós que impusemos a intensidade no jogo,
tivemos mais posse de bola, criámos mais situações e poderíamos ter resolvido a
questão ainda nos 90 minutos. Não conseguimos e o jogo foi para prolongamento que
acaba por ser um justo prémio para a entrega dos jogadores do Águas de Moura”.
João Carradinha |
E prosseguindo adiantou: “Conseguimos marcar logo no início do
prolongamento e ainda tivemos mais duas ou três ocasiões para decidir a eliminatória.
Não conseguimos e já muito perto dos 120 minutos, no último lance do jogo, o
Águas de Moura fez o empate. Seguiram-se as grandes penalidades, situação que tínhamos
preparado durante a semana e acabámos por ser compensados pela competência da equipa
e em especial do Carradinha que teve uma tarde memorável ao defender quatro
grandes penalidades, sendo três delas de grande nível”.
Quando as eliminatórias são decididas desta forma fala-se muito em sorte e
em lotaria mas neste caso não foi bem assim, dir-se-ia que foi pela competência
do seu guarda-redes porque o que ele fez não está ao alcance de qualquer um.
“Não acredito muito na sorte nem em lotaria, acredito muito mais no
trabalho, na competência e na preparação. O Carradinha não jogava há algum
tempo mas tinha vindo a trabalhar bem. Fico feliz por ele e também pela equipa
ter sido compensada pelo trabalho que tem vido a desenvolver. O Águas de Moura
foi uma equipa que valorizou a nossa passagem aos quartos-de-final”, salientou
o treinador do Grandolense.
Sobre o adversário ideal para a próximo eliminatória, Vítor Pereira não tem
preferências. “Todas as equipa que
chegaram até aqui têm como objectivo marcar presença na final e nós não fugimos
à regra. Vamos esperar para ver os adversários que nos tocam mas, uma coisa é
certa, são todos de qualidade. Como nós já conquistámos o troféu não nos importávamos
nada de repetir a façanha. Mas, para já vamos pensar em chegar às meias-finais”.