A última vez que perdeu pontos no ‘Olival’ foi a 13 de Janeiro de 2019…
HÁ UM ANO SEMPRE A
GANHAR NOS JOGOS DISPUTADOS EM CASA
Paulo Martins está no Águas de Moura há época e meia e durante este período, sob o seu comando, a equipa tem um registo simplesmente fantástico. Há um ano que está 100% vitoriosa em casa e em 30 jogos realizados [14 na época passada e 16 na presente temporada], sofreu apenas uma derrota.
“É verdade, a última vez que perdemos
pontos em casa foi no dia 13 de Janeiro de 2019, quando empatámos com o
Comércio Indústria e a derrota foi sofrida na época anterior em Santo André”,
confirmou Paulo Martins que, para além destes dados, tem também um outro registo
curioso.
Águas de Moura e FC Porto eram as duas únicas equipas do país sem golos
sofridos em casa, para o campeonato. Dupla que acabou por ser desfeita no
passado domingo porque o Águas de Moura consentiu um golo no dérbi que disputou
em casa com o Lagameças.
“Foi um golo sofrido na sequência de
uma bola parada, num livre em que a bola bateu na barreira e traiu o nosso
guarda-redes. Mais tarde ou mais cedo tinha que acontecer mas andar lado a lado
com o FC Porto foi uma coincidência engraçada e motivo de orgulho tanto para
jogadores como para a equipa técnica e naturalmente para a direcção do clube”,
referiu o técnico de 42 anos que no seu curriculum tem passagens pelo U.
Montemor e Atlético Alcacerense, depois de uma longa carreira de jogador que
começou nos Pelezinhos e prosseguiu depois no V. Setúbal, Amora, Câmara de
Lobos, Seixal, Portosantense, Pinhalnovense, Juventude de Évora e U. Montemor.
Sobre a carreira da sua equipa no campeonato, Paulo Martins diz que “um dos nossos segredos tem sido o grande
respeito pelos adversários, a responsabilidade dos jogadores e a concentração
que têm colocado em todos os jogos”.
A equipa é uma das mais produtivas do campeonato e a que possui a defesa
menos batida. Terá isto alguma coisa a ver com o facto de enquanto jogador ter
sido defesa. Paulo Martins considera que não.
“Ter andado lá dentro é importante
mas entendo que neste caso o mérito é dos jogadores pela maneira como defendem
e pela forma como ocupam os espaços quando não têm bola e pela ideia de jogo
que temos conseguido implementar e que os jogadores têm interpretado de forma
correcta. O facto de ter sido defesa não tem nada a ver com isto porque se
assim fosse como não tinha sido ponta de lança a equipa também não marcava
golos. As coisas têm corrido bem mas o sucesso é dos jogadores porque eles é
que são os artistas. Nenhum treinador no mundo consegue ter sucesso se os
jogadores não colocarem em prática as suas ideias”.