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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

COSTA DE CAPARICA»» Análise ao jogo com o Alcochetense


Treinador Nuno Ferreira orgulhoso dos seus jogadores…

“O EMPATE SERIA MAIS JUSTO POR TODO O ESFORÇO DE UMA EQUIPA COM 9 JOGADORES DURANTE METADE DO JOGO”

"Apraz-me começar por falar no orgulho que sinto em tudo o que se passou na tarde de domingo em Alcochete. Um orgulho tremendo para com a atitude, vontade, empenho e organização dos meus jogadores. Um orgulho enorme para com a postura dos nossos adeptos. Um orgulho gigante pela postura dos nossos jogadores mesmo perante a forma como o jogo decorreu. Por mais que houvesse 3 pontos em disputa no jogo de domingo, não os trocava pelo carácter dos nossos jogadores!

Perdemos 2 jogadores por expulsão. Sofremos 2 golos de penalti. Perdemos 3 jogadores por lesão devido ao desgaste de jogar em desvantagem. Perdemos 1 jogo, perdemos 3 pontos. Terminámos o jogo com 8 jogadores. Perdemos 3 pontos, ganhámos uma equipa!


Íamos a Alcochete conscientes das dificuldades que iríamos encontrar. Equipa forte e bem organizada. Optámos por deixar que o nosso adversário assumisse o jogo e ficámos mais na expectativa de perceber até onde poderíamos chegar. Verificámos um controlo do jogo por parte do Alcochetense no decorrer dos primeiros 25 minutos mas sentimos que aos poucos começámos a encontrar o equilíbrio que tínhamos planeado desde inicio. Houve oportunidades de parte a parte com o lance mais evidente de golo a ser a favor do Alcochetense com uma bola ao poste. Por outro lado, em lances de contra ataque, conseguimos criar perigo na baliza adversária. À medida que nos aproximávamos do intervalo fomos conseguindo esse equilíbrio. Perante um jogo onde não houve maldade de parte a parte, um jogo disputado nos limites, vimo-nos privados de um jogador aos 43', num lance casual, por acumulação de cartões amarelos.

Jogo com poucas faltas

A registar que na primeira parte havíamos feito 8 faltas, contra 12 do Alcochetense. Algo bastante positivo para um jogo de Futebol Distrital. No entanto, isso não nos privou de chegarmos ao intervalo com menos um jogador. Fomos forçados a ajustar a nossa forma de jogar e a fazer uma alteração ao intervalo.

Contra a corrente do jogo, não pela supremacia do Alcochete, mas acima de tudo pela forma como não iam chegando à nossa baliza com perigo, surge um penalti que deixa algumas dúvidas de onde estou posicionado. Nesse lance o Alcochetense apanhou-se em vantagem e nós com mais uma expulsão, aos 51', ficámos a jogar de 9 contra 11. Parecia uma tarefa impossível, mas a atitude dos nossos jogadores mostrou que seria possível. Conseguimos o golo do empate num contra-ataque perfeito à passagem dos 64'.


Passámos a jogar mais com o coração do que com a cabeça e fomos aguentando as investidas do Alcochetense mas já perto do final sofremos o 2-1 numa grande penalidade que não deixa margem para dúvidas. Após defesa do nosso guarda-redes, na recarga, acabámos por sofrer o golo que ditaria o resultado final.

Interessante deixar a nota de que o jogo terminou com 13 faltas dos Pescadores, contra 20 do Alcochetense. Mais uma vez reforço, algo bastante positivo para um jogo de Distrital, o que não impediu que houvesse duas expulsões numa fase bastante prematura do jogo.

Gostaria ainda de acrescentar que se tivesse que haver um vencedor, o Alcochetense seria o justo vencedor. No entanto, gostava de acreditar que o mais justo seria o empate, por todo o esforço de uma equipa com 9 jogadores durante metade do jogo, que se apresentou em campo com um 11 inicial, totalmente oriundo da época passada.

Termino reforçando que tenho por hábito falar acerca das equipas de arbitragem, reconhecendo por vezes as dificuldades que encontram em campo. Esta semana, por uma questão de educação e forma de estar na vida e no desporto não o irei fazer, desejando as maiores felicidades à equipa de arbitragem presente no nosso jogo”.