Contra o Sesimbra, Beira Mar,
Palmelense e Grandolense…
O Comércio Indústria
conseguiu reunir esta época um grupo de jogadores que formam um plantel de
grande qualidade e começou o campeonato da melhor maneira obtendo duas vitórias
nos dois primeiros jogos mas a partir daí só tem empatado, sempre a uma bola e
sempre com golos sofridos de grande penalidade, situação que está a gerar algum
descontentamento no seio do grupo de trabalho que responsabiliza os árbitros
pelo sucedido.
Em entrevista ao nosso
jornal, o treinador Jorge Prazeres falou sobre o assunto e classificou algumas
das grandes penalidades assinaladas contra a sua equipa como “ridículas” e acusou
também alguns árbitros de exercerem pressão sobre os atletas e equipa técnica.
Em relação ao campeonato
Jorge Prazeres adiantou que o Comércio vai fazer o seu colocando toda a pressão
no Oriental Dragon que tem condições financeiras que ninguém mais pode igualar.
Dualidade
de critérios
O
Comércio Indústria começou muito bem o campeonato com duas vitórias mas depois
empatou os três restantes jogos. Que explicação encontra para esta situação?
O Comércio começou este
campeonato com o intuito claro de assegurar a manutenção o mais rapidamente possível,
de molde a poder definir eventualmente outros objectivos. Infelizmente as
equipas de arbitragem não têm sido felizes nos nossos jogos, errando em demasia
e condicionando claramente os nossos resultados. Basta perceber que todos os
golos sofridos foram através da marcação de grandes penalidades, algumas
ridículas. A dualidade de critérios tem sido por demais evidente, em claro
desfavor do Comércio. Ainda no passado domingo para além do penalti vergonhoso,
tivemos um golo anulado num esquema táctico onde não existe fora de jogo. Para além
dos erros grosseiros tem havido também pressão sobre atletas e equipa técnica.
É
da opinião que as arbitragens podem vir a ter influência na decisão final?
Obviamente que existe
igualmente responsabilidade da equipa por estar em construção, e, ainda longe
do potencial absoluto. Os jogadores estão a adaptar-se a níveis de exigência técnico
táctica, de intensidade e conhecimento do jogo que não estavam habituados. Mas é
evidente que as arbitragens condicionam claramente. Este campeonato nas
primeiras 10/12 jornadas normalmente fica definido para quem tem mais
argumentos. O atraso na tabela é difícil ser anulado, tendo em conta o que a estatística
das últimas edições demostra.
Três
mil euros por Bruninho e França
Tudo o que o Comércio pretende
é consolidar a sua posição. Obviamente que ninguém joga para não tentar ser
feliz no fim do campeonato, mas sem dúvida que o Dragon tem condições
financeiras que ninguém pode igualar. Ainda agora pagaram 3000 euros pelo
Bruninho e pelo França. E não vão ficar por aqui. Qualquer outra equipa vai ter
muita dificuldade em suportar a diferença de valores monetários e por
consequência do valor intrínseco dos jogadores. E não é apenas o valor
individual dos mesmos, é a mentalidade e a capacidade de domingo após domingo
terem a obrigação de ganhar e suportar essa pressão com qualidade e desempenho.
Vamos tentar fazer o melhor e no fim fazemos as contas. Temos um bom plantel e
um grupo excelente. Essas têm de ser as nossas armas.