Situação já vinha a ser ponderada à algum tempo…
“A MINHA CARREIRA NÃO TERMINOU AINDA NÃO VOU ARRUMAR AS BOTAS”
De forma um pouco
inesperada, Flávio Santos deixou o comando técnico do Palmelense que estava a fazer
um bom início de campeonato. Portanto, a sua saída nada teve a ver com
resultados mas sim por questões pessoais como já havia sido tornado público e agora
foi confirmado pelo próprio em declarações ao nosso jornal.
“A minha saída ficou a dever-se a questões meramente pessoais e
puramente pessoais devido principalmente ao tempo que gasto nas deslocações que
me faz falta para solucionar pormenores de ordem familiar. Já há algum tempo
que vinha a adiar a situação mas cheguei à conclusão que não dava mais para
continuar. Creio que tomei a decisão mais correcta”, disse Flávio Santos que
confessou também não ter sido fácil de tomar.
“As coisas estavam a correr bem, tínhamos apenas dois meses de trabalho,
um plantel todo novo e em termos desportivos os objectivos estavam dentro daquilo
que tínhamos definido, seguir em frente na Taça AF Setúbal e fazer um bom
campeonato. Quando eu saí estávamos em primeiro lugar e isso era realmente muito
bom. Espero que o percurso continue a ser de sucesso para o clube e para os
jogadores, que bem merecem”, realçou o ex-treinador do Palmelense que é da
opinião que a equipa, que tem uma média de idades de 23 anos, vai efectivamente
fazer um bom campeonato porque tem muita qualidade e continuar a surpreender
como já tem feito esta época.
Interrogado se esta
pausa seria um ponto final na sua carreira, Flávio Santos disparou de imediato.
“De forma nenhuma. O bichinho está cá
dentro e hoje já tenho saudades do treino. Esta paragem é uma questão temporal,
que só o tempo irá resolver. A minha carreira não terminou nem vou arrumar as
botas, como se costuma dizer. Aliás, não ponho de lado a hipótese de voltar ao
activo ainda esta época, mas isso vai depender muito das próprias circunstâncias
e da minha disponibilidade em termos de tempo”.
A conversa que tivemos
finalizou com agradecimentos ao Palmelense pela “oportunidade que me deu”, assim como à equipa técnica que “esteve comigo sempre a 100% “ e aos
jogadores a quem “peço para continuarem a
acreditar neles próprios porque valor têm de sobra. Vontade e querer são as
palavras que deixei no balneário”.