“FOMOS MUITO FORTES NA TRANSIÇÃO E MUITO EFICAZES NAS
DECISÕES”
David Nogueira, o treinador da equipa, fala da excelente vitória alcançada em Sines, dos objectivos do clube para esta época e das suas ambições pessoais.
O
Moitense foi a equipa sensação da 3.ª jornada da fase de grupos da Taça AF
Setúbal – Joaquim José Sousa Marques ao conquistar os três pontos da vitória
num campo extremamente difícil perante um adversário de respeito, o Vasco da
Gama de Sines.
As
coisas começaram por correr bem à equipa visitante que se adiantou no marcador
com um golo de Patrick, alguns minutos depois o V. Gama empatou de penalti mas
ainda antes do intervalo Patrick voltou a marcar deixando o Moitense em
vantagem (2-1).
E,
se na primeira parte Patrick esteve em evidência na segunda foi Ary que se
destacou fazendo também um bis que deixou o marcador em 4-1, quando faltava
apenas 15 minutos para o fim. O Vaso da Gama reagiu e ainda chegou ao 4-3, mas
o mais importante foi mesmo a vitória e a excelente exibição feita pela equipa
este ano orientada tecnicamente por David Nogueira que está a viver a sua
primeira experiência como treinador de uma equipa sénior.
“O Setubalense – Diário da Região”
aproveitou a oportunidade e falou com o técnico sobre a vitória, os objectivos
da equipa para esta época e das suas ambições pessoais.
Antes do jogo começar
alguma vez pensou que as coisas pudessem correr assim?
Estávamos
muito bem preparados para este jogo mas não estávamos à espera de conseguir ter
tanta eficácia como tivemos. Em minha opinião se o resultado tivesse ficado
mais dilatado não era espanto para ninguém porque fomos muito fortes na
transição e muito eficazes nas decisões.
O Moitense esteve a
ganhar por 4-1 mas na parte final sofreu dois golos, ficou preocupado com isso?
Confesso
que fiquei um pouco preocupado porque o adversário quando fez o segundo golo ganhou
algum ânimo, mas também senti que só sofremos os dois golos finais porque a
equipa estava muito confiante e começou a fazer alguns disparates.
Objectivos
E em relação ao
futuro, a ideia passa por continuar a obter bons resultados e fazer boas
exibições?
Claro
que sim. O nosso primeiro objectivo consiste em passar à fase seguinte e chegar
o mais longe possível na Taça, este resultado foi ouro sobre azul porque é
extremamente motivante não só para esta competição como para o próprio
campeonato.
Por falar em
campeonato, quais são os objectivos?
O
objectivo interno do clube passa pela manutenção, dado o orçamento que temos
para o plantel e a algumas dificuldades que o clube costuma sentir. Mas, este
ano conseguimos alguns reforços que encaixam na perfeição no estilo da equipa,
no modelo de treino e de jogo e o objectivo vai passar por ficar numa posição
entre os sete primeiros classificados, para melhorar aquilo que temos feito nos
últimos anos.
O plantel dá
garantias de poder alcançar esse objectivo?
Sim.
Temos muita malta jovem mas também temos três ou quatro jogadores mais
experientes que certamente irão ajudar os mais novos e a mim também porque me
dão igualmente uma grande ajuda no treino e sobretudo nos jogos.
Esta é a sua primeira
experiência como treinador sénior e até agora está tudo a correr bem…
Sim,
até agora está tudo muito positivo porque ainda não perdemos qualquer jogo, nem
amigáveis, nem oficiais. Empatámos em casa com o FC Setúbal num jogo em que
jogámos 35 minutos com um jogador a menos, tivemos que correr atrás do prejuízo
mas conseguimos o empate mesmo a finalizar e agora ganhámos a uma equipa
temível que é sempre muito forte em casa.
Ambições pessoais
E em relação a
objectivos pessoais como treinador, até onde espera ir?
Eu
quero ir até onde conseguir mas para já nesta época estou focado apenas no
União Futebol Clube Moitense para atingir os objectivos. O futuro a Deus
pertence, mas o meu objectivo pessoal é ir o mais longe possível, a uma I Liga.
Modéstia à parte, acho que tenho condições para isso, mas só o trabalho e o
futuro poderão confirmar.
Quer acrescentar algo
mais ao que foi dito?
Sim,
uma palavra para os adeptos. Apesar e não termos ainda muita gente na claque,
porque cada um tem a sua vida pessoal e muitos trabalham por turnos, sempre que
possível eles têm acompanhado o clube. Foi o que aconteceu num dia de procissão
aqui na nossa terra em que conseguimos ter muita gente a ver o primeiro jogo da
época com o FC Setúbal. Isto é formidável, é sinal que estão com os jogadores e
os jogadores reconhecem isso.